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Elisa temia por sua amiga. Logo essa história toda seria descoberta e isso não daria em boa coisa. Ambas sabiam que Guilherme havia feito perguntas a respeito de seu paradeiro e era questão de tempo até ele juntar dois mais dois.

Depois daquele dia, Alícia começou a passar mais tempo na sala de Guilherme. Ele contava com a menina para tudo. Além de organizada, inteligente e ótima profissional, ela trazia paz e ele pagaria apenas para olhar para ela, se fosse o caso.

Está próximo do aniversário de Anna, Guilherme decide que é hora de fazer-lhe uma surpresa. Liga para sua mãe e mente que não poderá ir em casa por um tempo. Tudo parte de seu plano.

Anna comemora, pois vai voltar para casa. Todos os seus aniversários foram comemorados com suas mães, este não seria diferente. O melhor é que caía no feriado, ou seja, estaria livre para viajar.

Elisa acompanha a amiga e ambas vão para sua cidade natal. Sua mãe ficou muito feliz com sua vinda. E, decidiram de última hora, que fariam uma festa, comemorando o emprego, o aniversário e a universidade.

Guilherme entra em contato com sua mãe, que confirma a chegada de Anna, assim que ele diz que fará uma viagem de trabalho para outra localidade.

É o dia da festa de Anna. São poucos os que estão presentes, ela não era uma menina de muitos amigos. Na metade da festa, lá pelas dez da noite, a campainha toca. Pela janela da cozinha ela vê, Guilherme está aqui.

Se desviando de um e outro, ela alcança seu quarto e se tranca lá. Saindo de seu banheiro está Elisa, que não entende porque a amiga está pálida e assustada. Anna explica que Guilherme está lá e sua amiga entende, ambas tentam bolar um plano. 

Estão sentadas na cama, pensando como fazer para sair de lá sem serem vistas, quando ouvem batidas na porta.

— Princesa? Anninha? Você está aí? - Guilherme insiste em vê-la. O problema é que ele está cinco anos atrasado.

— O que faz aqui? - Elisa fala do outro lado da porta, se passando por Anna.

— Eu vim te ver, princesinha. - A voz dela estava tão diferente. Mas era um alívio saber que estavam tão próximos, ainda que separados por uma porta.

— Eu não quero te ver. - Elisa repetia o que Anna sussurrava.

— Vamos conversar, Anna. Por favor.

— Você está um pouco atrasado, príncipe.

—Eu não vou desistir de te ver.

Elas começam a colocar o plano em prática. Anna desceria pela janela e fugiria. Enquanto isso, Elisa se passaria por ela e distrairia Guilherme.

Quando, enfim, Anna estava a uma distância segura, Elisa abriu a porta. Guilherme a olhou e analisou. Sua menina não era loira, tampouco tinha os olhos claros.

— Você não é a Anna. - Ele fala com raiva, ela o distraíra por meia hora.

— Ei, Sherlock. Será que agora você entende que ela não quer te ver? - Elisa estava satisfeita em poder dar uma boa lição no cara a sua frente.

— Quem é você?

— Elisa, melhor amiga da Anna. E é um enorme desprazer te conhecer.

Talvez um "felizes para sempre"Onde histórias criam vida. Descubra agora