PRÓLOGO

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Boooooa tarde^^ Em homenagem a uma leitura que está de aniversário, estarei iniciando as postagens hoje;)

Obs: Esse prólogo estava disponível no pequeno conto que lancei no amazon, então quem o adquiriu já terá lido.

Boa leitura^^


Nathan Backer


Naquela bela manhã de primavera, o céu azul e sem nuvens, proporcionava uma visão gloriosa de Nova York para além do horizonte.

Eu tinha finalmente conquistado o que tanto almejei, mas a tristeza marcava o meu rosto desde o abandono de Millie, longos meses atrás.

Apesar de todas as merdas que fiz, eu possuía uma característica no qual eu me orgulhava: os meus vinham em primeiro lugar. E aqueles sentimentos haviam rasgado o meu coração por causa de atitudes impensadas. Eu me considerava um homem forte, orgulhoso e bem sucedido, aquela era uma verdade amarga que abalava as minhas estruturas.

Eu havia seguido o desejo da vingança ao invés do coração, quando desprezei ao doce amor de Millie. Um erro caro e pelo qual eu ainda estava pagando.

Paolo, tinha conseguido o paradeiro dela em Nova York. Alívio tomou o meu peito no momento em que eu a vi pela primeira vez em longos dias. Aquela situação não era a que eu almejava para ela, aliás, nunca quis feri-la. Ou quis?

Por um tempo apenas a observei de longe, temendo assustá-la e com isso afastá-la ainda mais de mim. Era óbvio que ela não me perdoaria tão cedo e me ver diante dela naquele momento onde as coisas ainda estavam recentes, apenas pioraria a minha situação.

Deixei Mark supervisionando os negócios em Londres e me dediquei a observar os passos de Millie através das sombras. Aquilo era patético até para mim. Mas o amor possui esse poder sobre as pessoas, não? Ele praticamente nos desarma, derruba todas as barreiras construídas ao redor do coração e toma conta de tudo. Preenchendo. Absorvendo.

Desde o momento em que Millie abandonou Londres eu sabia que não haveria mais espaço em seu coração para o perdão. Apenas o desejo de se ver livre de mim, do homem que a traiu, desprezou, sua confiança e amor. Mas eu não conseguia aceitar aquele fim. Eu não poderia aceitar.

Em meu coração fervilhava a vontade de reconquistá-la. O desejo persistia, mesmo com os avisos do meu brilhante intelecto, que sabia ser praticamente inútil aquela insistência quando Millie havia sido enfática ao me dizer que jamais me perdoaria.

Meu celular tocou naquele instante e interrompeu um dos raros momentos em que eu conseguia me isolar do mundo para ter um pouco de paz.

Minhas sobrancelhas espessas e escuras se ergueram ao ouvir de Mark que eu deveria retornar imediatamente à Londres para resolver alguns problemas urgentes na empresa.

Estarei aí na primeira hora de amanhã – murmurei enquanto caminhava lentamente pelo recinto no qual eu tanto observava minutos atrás. – Mas estou com o celular para quaisquer urgência de maior importância, Mark. Até.

Encerrei a ligação sem me dar ao trabalho de escutar seus argumentos. O homem de negócios em mim, havia sido recluso do meu interior e naquele momento existia apenas o homem apaixonado e obstinado.

— Senhor Nathan. – Uma voz masculina se fez presente. – Eu quase não acreditei quando você me convocou para uma pequena reunião nesta manhã. – disse, oferecendo a sua mão em cumprimento. – Espero que não seja algo relacionado a qualidade do atendimento – acrescentou de forma nervosa. – Clientes assíduos como você em minha boate são como tesouros que gosto de preservar.

Trilogia Pecaminoso: Da vingança ao Perdão (DEGUSTAÇÃO)Onde histórias criam vida. Descubra agora