Arrumo o meu lençol preto no corpo , esse lençol é dado para os piores pacientes .
Por quê eu estou aqui ? Vou contar a minha história e não me achem louca .
Meu pai e minha mãe sempre declararam o seu ódio pela minha digníssima pessoa desde o meu nascimento .
Meu nascimento foi prematuro e indesejado , eu nasci com exatos 7 meses . Meus avós contaram que meus pais me largavam na " nossa " residência e iam para a puta que pariu . Literalmente .
Eles sumiam e não deixavam nenhum recado sobre qual era o lugar que eles iriam . Eles eram donos de várias boates e passavam mais tempo nas mesmas do que comigo .
Sempre fui solitária , passando a minha infância inteira sozinha dentro daquela maldita casa . Meus avós cuidavam de mim quando eu era bebê , mas eles morreram quando eu tinha 7 anos .
A partir daí , comecei á ficar sozinha e sem ninguém para conversar . Comecei a criar amigos imaginários , que me ajudavam quando eu mais precisava .
Eles se chamavam Tobb e Jess . Tobb era o mais " santo " , sempre me dando conselhos úteis e bondosos . Jess era meu monstro interior , parecia que meus dois amigos representavam os meus dois lados internos . O bem e o mal .
Aos 12 anos , depois de uma longa viagem para Miami , meus pais voltaram cheios de malas pretas . Achei estranho , eles nunca foram ricos .
Perguntei se eles haviam trazido algum presente para mim , mas eles negaram , dando altas risadas .
Como eu sempre fui um pouco mais " cheinha " que as outras crianças , meus pais começaram a tirar sarro do meu peso e corpo . Lágrimas começaram a escorrer pelos meus olhos , eles podem me odiar , mas nunca se atreveram à ter esse ato horroroso . Eu sentia raiva e nojo deles .
Nem as meninas da escola chegavam a me ofender tanto . Minhas mãos tremiam de ódio , Jess deve estar contente agora .
Nessa época , meu quarto era só meu . Corri até ele e fechei as portas , escorregando pela mesma . Vou pro banheiro e pego a minha lâmina , passando pelos meus pulsos com força .
Jess surge ao meu lado , com um sorriso vitorioso no rosto .
- Eu sabia que você ia fazer isso , mas eu sempre estarei contigo . Conte comigo nas piores situações .
E sumiu . Simplesmente sumiu . Olho para o meu lado e não vejo mais ela .
Vejo a porta ser aberta com brutalidade , revelando meus pais furiosos .
- De novo isso ? - gritou a minha mãe furiosa - para de ser trouxa , garota inútil .
- ME DEIXEM EM PAZ .
- Ora , ora . Saía do banheiro , não se corte .
Saio do banheiro de cabeça baixa , sem conseguir olhar para nenhum lado do quarto . Vou para o lado da minha cama , pegando a faca que está embaixo do meu colchão .
- Tá de cabeça baixa ? Que dó dela - ironizou o meu pai -
- CALEM A PORRA DA BOCA .
- Você está tão surtada - falou a minha mãe chegando perto de mim - e isso me agrada tanto .
- EU FALEI PRA VOCÊS CALAREM A BOCA - tampo os meus ouvidos -
- Mostre quem você realmente é , seus avós não gostariam de ver quem você se tornou .
- Não fala deles , por favor - falo baixo , minha voz sumiu por conta do meu choro -
- Sua vó era tão boa , mas seu avô era um velho inútil - falou meu pai sorrindo -
- Não fala deles - falo com uma força surpreendente que saiu de dentro de mim -
- Quer ver os seus avós ? Nós podemos te ajudar nisso .
Arrumo a faca na minha mão , apertando - a com força . Sinto uma força me invadir , me fazendo cravar a faca no peito da minha mãe . Ela cai no chão , sangue escorre por todo o seu peitoral .
Meu pai me olha espantado , com os olhos arregalados . Vou até ele com um sorriso maldoso nos lábios .
Consigo ver Jess sorrindo com esse meu ato , me fazendo curtir esse momento . Faço o mesmo que fiz na minha mãe com o meu pai , o vendo cair no chão e na minha frente .
- Isso aí garota - falou Jess sorridente - esse é o seu verdadeiro eu .
- Essa sou eu - falo com um sorriso debochado -
Ela some , me deixando sozinha nesse quarto sujo de sangue . Homens de branco invadem o meu quarto , sem nem pedir licença .
- Vamos levar a senhorita . Venha conosco .
- Mas eu vou para onde ?
- Para o manicômio , vamos .
Eles me seguram pelo braço , como se eu fosse machucar eles .Atualmente ...
Faz 10 anos que estou aqui , já me acostumei com a solidão desse quarto branco .
- Vamos para o consultório . Você precisa fazer os seus exames semanais .
- E eu preciso mesmo ir ? - levanto com raiva - vocês são um bando de filhos da puta .
- Fique calma . Ao contrário , nós teremos que te injetar um calmante .
Me rendo e acompanho ele até o consultório , ou simplesmente , sala 11 . Ele fecha a porta de ferro e segura o meu braço .
- Vamos , o enfermeiro está te esperando .
- Sério isso ? - debocho - quem vai me atender é simplesmente um enfermeiro ?
- Sim , o Dr Ziggly está doente e voltará em duas semanas .
- Aff , vamos então .
Chegamos na porta da sala e ele abre a porta , me deixando lá fora e saindo em seguida .
- Olá - falou a voz atrás de mim -
- Olá - me viro e o meu queixo cai - Ivan ?
- Olívia ? - veio correndo até mim - que saudade da minha cantora preferida .
Abraço ele na mesma intensidade , seu abraço é confortável e sua mão aperta fortemente a minha cintura .
- Eu também estava morrendo de saudade - falo sorrindo de lado , sempre tive uma atração por ele -
Nos separamos e eu começo a analisar ele . Seus cabelos são longos e castanhos , ondulados . Suas covinhas chamam a minha atenção , me fazendo ter pensamentos impuros . Seu corpo é forte , mas ele é da mesma altura que eu e parece ter 19 anos .
- Qual a sua idade ? - falo sorrindo -
- Eu tenho 19 anos - sorriu gentil - e você ?
- Tenho 22 e estou aqui desde os meus 12 anos .
- Por quê você veio parar aqui ?
- Eu matei os meus pais - falo e ele não se espanta - por quê você não ficou espantado ?
- Eu não sou como as outras pessoas , eu já convivi com todos os tipos de pessoas possíveis .
Meu instinto me pede para beija - lo , e é isso que eu faço . Ele fica surpreso com a minha atitude , mas me retribui o beijo do mesmo jeito que eu o beijo .
Ele vai até a porta , trancando - a em seguida .
- Não quero que ninguém nos ouça - sussurrou no meu ouvido -
Sorrio e ataco os seus lábios com desejo , puxando - os com voracidade . Ele faz carinhos no meu pescoço com o seu dedo polegar , me fazendo arrepiar .
Sua mão vai para a minha cintura , apertando - a de modo rápido e excitante . Ele me senta na mesa do consultório , mordendo levemente a minha clavícula exposta .
Minha blusa é arrancada em um piscar de olhos , eu nem percebi que ele tinha encostado na mesma . As mãos dele vão para o fecho do meu sutiã , o tirando rapidamente .
Ele observa os meus seios com desejo , seus olhos denunciam isso . Sua boca para no meu seio esquerdo , mordendo de leve o meu mamilo , enquanto sua outra mão massageia o meu seio direito .
Arqueio as minhas costas , ele sabe muito bem como fazer uma mulher se sentir bem . Ele desce as suas mãos para o cós da minha calça azul , a arrancando na hora .
- Sabia que eu amo mulheres que usam azul ? - sussurrou e mordeu o lóbulo da minha orelha -
- Bom saber , agora continua .
Ele sorri divertido e brinca com a barra da minha calcinha , cortando a lateral dela .
- Ei - exclamo - eu tenho que usar ela .
- Mas eu não quero que você use ela agora .
Ele retira a camiseta laranja , me fazendo pirar no seu peitoral . Sua calça é arrancada lentamente , junto com a sua boxer marrom .
Ele vem até mim e me prende em seu corpo . Ele me " invade " sem nenhum aviso , me fazendo sentir a adrenalina em meu corpo .
Uso as minhas longas unhas , arranhando suas costas . Ele arfa e continua rapidamente com os movimentos , sem parar para descansar .
Ele sai de dentro de mim e se senta no sofá , vou até ele e me sento em seu colo , com uma perna para cada lado .
Meus movimentos começam lentos , no estilo vai e vem . Aumento o ritmo , sentindo o seu líquido me invadir .
Sou deitada no sofá preto de canto , ele vem devagar até mim . Sua boca segue por toda a extensão da minha cintura , parando na curva do meu pescoço .
Ele me penetra , me fazendo ficar assustada com o seu incrível tamanho . Seus movimentos são rápidos e inteligentes .
Ele chega ao limite , me fazendo ficar cansada , por conta do seu peso em cima de mim .
Ele sai de dentro de mim , me fazendo sorrir ao sentir ele me abraçar de lado .
- Você foi incrível - me elogiou - e eu amo a sua loucura . Pessoas normais são chatas .
- Eu também gosto muito de você - beijo ele - acho que tem mais pacientes que precisam ser atendidos .
- Não se preocupe , você é a minha última paciente .
Sorrio e subo em seu colo , começando tudo de novo .