Capítulo 13

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옛 생각이 나 니 생각이

BigBang,
If you.

     Acho um banco branco posto de frente para o mar e eu não penso duas vezes antes de sentar ali. A chuva só aumenta e meu corpo já está todo encharcado, mas não me importo. Quero poder sentir a dor que está presente no meu coração sem precisar escondê-la de ninguém. Os pais do Jiyong, e até mesmo ele, não podem me ver assim.

      O que eu diria?

      "Estou chorando porque o homem que amo me tratou como lixo hoje."

     Os pais do Jiyong não sabem dessa farsa de namoro, então não tem como isso acontecer. Só preciso de algum tempo de silêncio e paz, mesmo que seja nessa chuva.

     Choro sem pudor e a cada segundo que passa, as lágrimas parecem se tornarem mais fortes, pesadas e frequentes, mesmo que estejam misturadas com a água da chuva. Meu rosto deve estar muito inchado e sequer consigo ver um palmo do que acontece a minha frente, por conta da minha visão turva. Enterro a cabeça nas minhas mãos e deixo-me ser levada pelas emoções.

     O que será de mim agora? E do Jiyong?

     Nós temos um acordo bem claro. Jiyong só pararia de me ajudar quando o Alex fosse meu, mas o que acontece agora? Jiyong desistirá de mim?, bem capaz, afinal não é culpa dele.

     Eu que sou uma burra comandada por impulsos ridículos que só me levam abaixo. Foi assim no passado e está sendo assim agora. Afinal, antes do Alex só teve o Jiyong em minha vida...

     Lembro-me perfeitamente da primeira vez que o vi. Parecia algum filme de comédia romântica da nerd e o popular. Naquela época, Jiyong estava com os cabelos verdes. Ele era uma espécie diferente de badboy, pois seu estilo também puxava para um lado mais gótico, com aquela touca preta cobrindo parte dos cabelos coloridos e aqueles brincos exageradamente grandes. Ele demonstrava rebeldia, diferentemente de mim. Com meus óculos quadrados e o uniforme no padrão exigido pelo colégio. Acho que era a única menina com a saia abaixo dos joelhos e que usava os cabelos presos em um rabo de cavalo desajeitado.

     Lembro-me que esbarrei nele na saída da sala da diretoria. Fui até lá para receber os parabéns da diretora pelas minhas notas, já ele provavelmente foi lá para receber mais uma reclamação. Nos esbarramos e eu caí no chão junto com meus cadernos de ciências e matemática. Sim, eu lembro perfeitamente disso. Jiyong passou direto e entrou na sala, sem me direcionar o olhar. Apenas dizendo:

     - Cuidado por onde anda, loser.

     Apesar de tentar odiá-lo com todas as minhas forças, eu não consegui. Eu falhei. E bastou mais algumas semanas para que eu começasse a encarar o G-Dragon sem nenhum pudor pelos corredores do colégio e nas aulas que tínhamos juntos também. Era como ver uma obra de arte, cada um dos seus movimentos eram hipnotizantes e viciosos. Aquele menino, de fato, me pegou de jeito sem nem ter alguma intenção de fazer isso.

     Graças aos céus, ele não tinha nenhuma namorada doida e popular para completar todo o clichê em que estava envolvida, mas ainda assim era dolorosa a forma como ele me olhava. Como se eu fosse tão pequena diante da sua esplendorosa imponência.

     Tudo mudou, ou pelo menos foi isso que pensei quando eu o ajudei a inocentá-lo e tirá-lo de mais uma enrascada. Como a diretora me conhecia, acreditou na minha mentira descarada. Pois, de fato, Jiyong estava fumando no território escolar. Eu o encobri, como uma escudeira fiel.

Conselheiro Amoroso | G-DragonOnde histórias criam vida. Descubra agora