Capítulo 32

3.2K 380 269
                                    

결국.. 인연이 아닌 걸까

G-Dragon,
Without You.

     Ele quer me perguntar o que aconteceu, posso perceber isso pela forma que sua boca abre e fecha a cada segundo. Uma série de ações suas seguem-se em seguida: ele coça a nuca, suspira, desviar o olhar para o chão, respira fundo, torna a me olhar, esfrega as mãos... Mas não parece chegar à uma conclusão do que falar.

     Essa é a primeira vez que Joon Young me vê chorando. Tenho certeza disso. Nosso relacionamente nunca foi conturbado e isso é um pilar importante para que eu me mantenha sã. Infelizmente, Jiyong atrapalhou tudo isso hoje.

     Joon Young parece perdido, tentando achar um motivo ou as palavras certas para perguntar o que aconteceu. Isso é algo novo para nós, como casal, por isso é preocupante e crucial na relação.

     Diante do seu silêncio, eu tomo uma decisão rápida e mais direta.

     Sem saber exatamente onde isso irá nos levar, mas decidida a melhorar as coisas no meu relacionamento, eu, sem ao menos pensar duas vezes, corro até Joon Young, lanço-me em seus braços e o beijo com todo desejo que tenho por ele.

     Ele hesita por um breve momento, mas logo suas mãos estão envolta da minha cintura e ele corresponde meu beijo a altura. Cubro-o com meus toques, que passam dos seus cabelos para bochechas, maxilar, pescoço e clavícula. Aproveito desse momento e procuro esquecer tudo que aconteceu hoje; toda a a intensidade de quando estava com o Jiyong. Minha atenção agora é apenas do meu futuro marido. Do Joon Young.

     Ele me aperta contra si e me dá a segurança que preciso quando estou com alguém. Segurança que jamais senti antes. Quando separamos nossas bocas, ele fala:

     - Quer falar sobre isso? Estou aqui para ajudar e apoiar você em tudo. Pode confiar em mim. - Ele passa o polegar direito pela minha bochecha.

     Sei que ele se refere ao fato de que eu estava chorando há poucos minutos. Acho fofo da sua parte, porém não há maneira de dizer que estava chorando por causa do cara que partiu meu coração duas vezes e que agora está de volta na cidade.

     Nego firmemente, após considerar minha resposta.

     - Não, meu amor - acaricio seu rosto e cabelos, lançando-lhe o meu melhor sorriso. Pois ele merece o melhor de mim. - Eu só quero que você me beije com todo seu amor. Eu sou feliz apenas por te ter ao meu lado. Às vezes sinto que não te mereço e...

     - Do que você está falando? - Joon Young me mantém firme presa a si, interrompendo todo meu discurso prestes a ser dito. - Não diga isso. Nunca. Eu que sou sortudo por ter você. Eu te amo, April.

     Abro a boca pronta para dizer o mesmo, mas paro no meio do caminho. Não acho que ainda estou pronta para isso. Então apenas assinto e quando vejo sinto lágrimas descerem pelos meus olhos. Joon Young as enxuga e torna a me beijar, dessa vez de forma mais calma, sem pressa.

     Ele entende que não estou pronta para dizer aquelas três palavras e também não me força a dizê-las.

     Conforme vamos aprofundando o beijo, ele vai andando para trás até estarmos em um lugar mais afastado do elevador. Quando nos separamos novamente, ele sorri sugestivamente e me leva até o nosso apartamento, para continuarmos de onde paramos.

[...]

Jiyong

     Corro as mãos pelos cabelos, com o olhar baixo e perdido. Não sei o que deu em mim de uma hora para outra, eu devia ter dito o que sinto. Devia ter me declarado para ela. Mas as palavras engasgaram-se na minha garganta, eu havia perdido o sentido de tudo. Atortoado pela sua presença tão próxima a mim, eu hesitei, ponderei, considerei, até que travei, disse o que não deveria e aí perdi tudo.

     Tudo foi escorrendo por entre meus dedos, como areia do deserto.

     Viro o corpo nos calcanhares e encaro a entrada do seu prédio. A vontade que tenho é de voltar no tempo, exatamente para a parte em que eu a tinha em meus braços e nós dançávamos com os sentimentos sendo transmitidos ali, de uma maneira natural e genuína.

     - Argh! - reclamo, chutando o ar e batendo no meu rosto por ser tão burro e inseguro perto dela.

     As pessoas que passam pela rua me encaram com expressões confusas, mas não me importo.

     Só há uma coisa que circula pela minha mente agora: será que ainda há tempo de consertar isso?

     Não pode ter sido tudo em vão. O fio de esperança que ainda corre dentro do meu peito não me deixa desistir por completo. Quero acreditar que seus pensamentos ainda a traem e sempre a levam até nós, como acontece comigo; quero acreditar que o que ela disse é uma completa mentira; quero acreditar que eu ainda sou o único que ela ama com todo seu coração.

     Mas não posso ficar apenas achando. Eu preciso de uma confirmação, e é isso que me motiva agora.

     Sem pensar nas consequências ou como ela irá reagir caso me veja novamente, eu avanço em direção a entrada do prédio e corro até o elevador, pronto para ir ao seu encontro e tirar minhas dúvidas a limpo. Dessa vez sem hesitar ou titubear.

     Já dentro do elevador, aperto o botão do seu andar várias vezes, como se isso fosse fazer com que ele feche as portas mais rápido.

     No caminho, mexo nas minhas mãos, nervoso e ansioso para o que acontecerá em seguida, e ando de um lado para o outro dentro do pequeno espaço para acalmar meu estado.

     A esperança vai crescendo.

     E crescendo.

     E crescendo.

     Infelizmente, ela fica tão alta que quando as portas se abrem, e eu vejo a April aos beijos com outro cara no outro lado do corredor, a queda é grande.

     Abro a boca, sem palavras ou reação para aquilo. Sinto algo dentro de mim quebrar mais, algo que já estava ruim, que só restava os cacos. Abaixo a cabeça e deixo meus cabelos caírem no rosto, tudo que preciso agora é de um momento para superar e processar tudo.

     Não consigo assistir isso e fingir que tudo está bem. Porque realmente não está.

     Inspiro e expiro lentamente para controlar meus sentimentos e meu coração partido mais uma vez. A garganta fechada dificulta o processo e os olhos marejados afetam minha vista, mas eu me mantenho firmemente em silêncio.

     Eles não notam minha presença, nem eu faço menção de chamar atenção. Apenas, silenciosamente, após cansar daquilo e decidir ir embora de uma vez por todas, aperto o botão do primeiro andar e refaço meu caminho até a saída do prédio.

     Quando chego na calçada, a chuva volta a cair, dessa vez com mais força. Porém não me importo com isso. E, em meio a tantos guardas-chuva armados e pessoas tentando se proteger da água, eu refaço meu caminho até o bar mais próximo daqui, ou como gosto de chamar: a sarjeta o qual me jogo todas as noites desde que a perdi.

***

Tradução da frase:

"No final, nós nunca fomos destinados a ser?"

*eu sei que o capítulo ficou curtinho, mas eu tinha que terminar essa parte da história :(. O próximo será maior, prometo*

*Conselheiro Amoroso só terá mais dois capítulos, talvez três no máximo*

Espero que tenham gostado, não se esqueçam de votar e comentar por favor <3

Beijos amores e até o próximo capítulo.

Conselheiro Amoroso | G-DragonOnde histórias criam vida. Descubra agora