Estava cansada aquela vida não era minha, decidi sair daquele lugar. Samantha ficaria brava comigo, mas não ligava, ela sabia muito bem que minha vida não era igual a dela, popular, linda, com namorado... Isso me fez me lembrar de Rodrigo, aquele sorriso... Aqueles olhos, aquela risada... Isso me fez sentir calafrios, não que Rodrigo gostasse de mim, era claro que não! Ele tinha sua namorada, seus amigos, era popular, inteligente, e eu? Uma garota excluída, com apenas Samantha como minha amiga, gostando de um menino que nem era afim de mim e diga se de passagem, era um pouco inteligente até mas não tanto como ele. O ar fresco daquela noite de lua cheia me atingiu em cheio assim que sai pela porta da boate, tinha dois seguranças bem grandões em cada lado da porta e umas três pessoas ainda esperando para entrar. Suspirei e comecei minha caminhada para casa que não era tão longe assim e que tiraria apenas quinze minutos do meu tempo.
Mal virei a esquina quando um carro preto parou ao meu lado e dois caras saíram de dentro do mesmo, dei um grito e quando percebi que eles iam me pegar comecei a correr, mas eles estavam em dois e corriam mais rápido que eu apesar de meu corpo ser ágil, eles me pegaram e um deles colocou um pano na minha boca fazendo meus pensamentos irem se esvaindo cada vez mais rápido e então em menos de alguns segundos minha visão e minha consciência entraram em um mundo de escuridão total.
Acordei com minhas mãos amarradas, minha boca também e meus olhos também estavam tapados com alguma coisa, o carro sacudia e a voz de três homens enchia o espaço, eles estavam se gabando que iriam pegar muitas hoje a noite e ia faze-las pedir, porcos machistas, tentei fingir que ainda estava dormindo, mas meu corpo não obedeceu, fui invadida por um medo enorme e me mexi descontrolada sem poder respirar direito.
---- Olhem, a florzinha acordou -Um deles riu e o resto dos porcos riram juntos, me mexia descontrolada em pânico- Calma ai amorzinho, nós não vamos te machucar... Ainda, se sabe do que estou falando... -Engoli a saliva da minha boca enquanto lutava para respirar, o carro parou, os homens abriram as portas do carro e um deles abriu a que estava ao meu lado, me livrou da venda dos meus olhos e me arrancou com um puxão incrivelmente forte do carro me fazendo quase cair no chão se não tivesse sido rápida o suficiente, um galpão velho e enorme se ergueu em meus olhos, ao redor não tinha nenhuma casa que pudesse ser vista, já estava quase amanhecendo e enquanto me levavam em direção ao galpão pensava em como meus pais deveriam estar preocupados. Quando entramos o choque, a repulsa, o medo, o horror veio tudo a tona. Tinha homens bem vestidos, gaiolas com garotas de diversas idades, tamanhos e cor de pele, todas presas enquanto assistiam uma menina ruiva sendo torturada, ela estava nua e seus braços presos por uma corda que vinha do chão e outra que vinha do teto prendia seu pescoço, qualquer movimento em falso ela poderia ser degolada enquanto um dos homens batia em sua bunda com uma tira de pneu, a cada batida ela gritava.
Assim que percebeu que tinha visita o homem parou o que estava fazendo e caminhou em minha direção, passou a mão no meu rosto e abaixou a alça do meu vestido, me mexia descontroladamente tentando fazer com que suas mãos saíssem do meu corpo, ele agradeceu aos rapazes, mas falou que não era a que ele estava esperando, mas deu um longo suspiro me analisando, rasgou meu vestido e assim que olhou pro meu corpo passou a língua nos lábios. Estava com nojo, nojo daqueles incríveis olhos azuis e aparência de mais ou menos vinte sete anos me olhando nua, chorava em silêncio, o mesmo homem mandou retirarem minhas amarrações e quando estava livre tentei fugir, só tentei. O mesmo homem mandou aos outros que por causa de minha brincadeirinha estava de castigo e então depois de desmaiar de novo acordei com um choque na minha bunda e meu grito foi tão alto que reverbou por todo o galpão.
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Isabela: História de uma garota presa.
RomansaEssa não é uma história qualquer de uma menina que foi sequestrada, essa é a minha história. Bom, vou lhe explicar, quando tinha dezessete anos fui sequestrada logo depois de sair de uma festa na qual uma amiga minha me implorou para ir, quando pus...