♫ O verão chegou e passou...
O inocente nunca pode durar.
Acorde-me quando setembro acabar!
Assim como meu pai se foi...
Sete anos passaram muito rápido!
Acorde-me quando setembro acabar. ♫ (Wake me up when September ends - GREEN DAY) Música na mídia.
- Pai... Pai...
Um menino loirinho corria pela rua olhando para trás, ele sorria para mim.
- Vem papai!
Ele corria tão rápido! Estava difícil alcança-lo.
- Henri! Não corra assim pela rua meu filho.
Mas ele já estava longe. Corri mais ainda quando vi que o garoto ia atravessar a rua sem olhar para os lados. Um carro estava vindo.
- HENRI!
Henri olhou para trás assustado, parando no meio da rua.
- O CARRO... SAIA DAI!
Corri o mais rápido que pude. Henri me olhava assustado, era só uma criança de 5 anos.
O carro estava vindo. Os olhinhos de Henrique vislumbraram o carro que vinha na sua direção.
- PAPAI! – ele gritou.
- HENRI! HENRI!
Acordei com a respiração ofegante gritando o nome dele. Eu suava frio e estremecia.
- O que foi? – Henri dizia correndo para perto de mim. – Eu estava aqui o tempo todo, to monitorando você por hoje. – ele me olhava sério. – O que houve? Pesadelo?
Eu não respondi. Olhava ele ainda com minha respiração ofegante e com os olhos arregalados.
- Vou chamar a enfermeira. – ele disse, mas eu agarrei o braço dele. – Não! Não me deixa.
Ele me olhou assustado e tirou minhas mãos do braço dele.
- Vou chamar a enfermeira. – ele repetiu.
- Filho... – falei e quase minha voz não saia.
Ele parou perto da porta e voltou a me olhar.
- Teve pesadelo com as pessoas que você matou? Sabe... Você merece essas merdas todas!
- Não deviam ter me tirado do coma.
- Hoje à noite você parte para os Estados Unidos, precisava estar acordado para seu julgamento. – ele respondeu secamente.
- Água... – foi só o que eu consegui dizer. Henri saiu e voltou com uma enfermeira e um copo com água. A enfermeira trocou meus curativos, que por sinal eram muitos. Ela ia me aplicar um remédio para dor, mas Henri não deixou.
- Deixa ele ficar ai morrendo de dor. – falou friamente. A enfermeira apenas trocou o soro e saiu. Henri chegou perto de mim e apertou meu queixo, me fazendo abrir a boca e colocando a água que ele trouxera. Ele praticamente estava me engasgando com a água. Tossi um pouco. – Ainda está com sede?
Fiz que não com, a cabeça.
- ótimo. – ele sorriu colocando o copo vazio numa mesinha que havia ali.
- Me mate. – falei e ele sorriu debochado.
- Não sou como você.
- Eu vou morrer de qualquer jeito. Irvin deve estar dando duro nisso... Cadeira elétrica talvez... Ou injeção letal... Você vai estar lá para me ver morrer, filho?
VOCÊ ESTÁ LENDO
Sky [COMPLETO]
RomanceAlexis Fletcher era um cara como qualquer outro, estudante de medicina, tinha uma vida toda pela frente, até lhe acontecer um grave acidente e virar paraplégico. Como superar toda essa dor e dificuldades? Sky, incrivelmente linda, vem como um anjo...