*Concerto*

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-BOA NOITE, L.A. -chego a gritar no palco e todo o estádio grita junto comigo- VAMOS LÁ COMEÇAAAAAR. -grito e a animação de todos lá era palpável.

[Photograph]

Loving can hurt
Loving can hurt sometimes

E o nosso magoou demais.

But it's the only thing that I know
And when it gets hard
You know it can get hard sometimes

O nosso foi demasiado difícil.

It is the only thing that makes us feel alive

Passo os olhos pela plateia, mas o meu olhar fixa-se num grupo de pessoas em especial. Eles estavam lá, ele estava lá.

We keep this love in a photograph

Ele tinha outra.

We made these memories for ourselves

E trouxe-a sabendo que eu estaria aqui.

Where our eyes are never closing
Hearts were never broken
And time's forever frozen still

Mas eu não o posso culpar de nada, eu também estou com outra pessoa.

So you can keep me inside the pocket

Nada nos vai fazer voltar.

Of your ripped jeans
Holding me close until our eyes meet

Ele está mesmo aqui, na minha frente, mais lindo, mais maduro (eu acho)...

You won't ever be alone
Wait for me to come home

...mas com outra, e não esperou que eu voltasse.

Sei que não era sua obrigação, sendo que eu acabei tudo o que tínhanos, mas eu pensei que ele me amasse.

Algum tempo depois#

-A última música é minha. -digo e a plateia grita- SMOKE AND FIRE COM VOCÊS. -grito fazendo todos gritarem, olho discretamente para o grupo e vejo todos de olhos arregalados, entrecalando os olhares entre mim e Evan.

Durante toda a música olhares eram lançados da minha pessoa para ele, mas o seu olhar estava fixo em mim, como se estivesse hipnotizado, mas no final da música ele saiu sem dizer nada a ninguém.

-Agora, sem mais demoras, ONE DIRECTION. -grito o nome da banda e todos gritam em entusiasmo.

Saio do palco e vou até ao meu camarim, mas assim que abro a porta arregalo os olhos.

-Nik? -pergunto, tentando não olhar para o outro moreno que se encontrava lá.

-Oi, amor. -ele diz e vem na minha direção, dando-me um beijo.

-Não era suposto estares com a tua família? -pergunto nervosa, com a outra presença daquela sala.

-Sim, mas a minha mãe disse que não se importava que eu viesse. -explica e eu forço um sorriso.

-Que... Surpresa. -digo forçada e ele sorri verdadeiro, depositando um selinho nos meus lábios.

-Vou ver o concerto dos teus tios e deixar-te descansar, até já. -ele diz e sai do camarim, deixando-me sozinha com o outro moreno. Ficámos longos minutos parados e em silêncio.

-Como é que entraste aqui? -é a primeira coisa que pergunto e bato-me mentalmente.

-Ser filho do Jack Gilinsky trás-me alguns privilégios, entre eles poder entrar nos camarins para conhecer os artistas. -ele diz e eu arrepio-me ao ouvir a sua voz outra vez.

-O que fazes aqui? -pergunto e sento-me no sofá pequeno, sendo que ele estava sentado no grande.

-Eu queria perceber o porquê de te teres ido embora sem dizeres nada a ninguém. -ele diz e eu olho para os meus pés, suspirando e fechando os olhos de seguida.

Não lhe respondo.

-Responde. Soraya. -ele diz rude e eu encaro-o prendendo o choro.

-Queres mesmo saber, Evan? -pergunto irónica- A culpa foi toda tua, eu pensei que conseguiria ignorar a tua existência, que conseguiria odiar-te, que conseguiria ficar com outras pessoas, que conseguiria ficar bem sem ti, mas não consegui e já não aguentava ficar aqui e ver-te a comer umas e outras sem te importares comigo. -digo e por mais que tentasse segurá-las, as lágrimas cairam com tudo.

-A CULPA FOI MINHA? -ele grita levantando-se- QUEM ACABOU COMIGO FOSTE TU.

-E QUERIAS QUE FIZESSE O QUÊ? QUE CONTINUASSE A SER TRAÍDA? -grito também levantando-me- NÃO, EVAN, TU SABES QUE EU NÃO SOU ASSIM.

-TU MENTISTE-ME E QUEBRASTE UMA PROMEÇA, SORAYA. -ele grita, desviando a conversa- TU CONTINUASTE A PARTICIPAR NAQUELA MERDA DE CORRIDAS E NEM ME CONTASTE.

-E TU? TU TAMBÉM ME PROMETESTE QUE NÃO IRIAS MAIS TRAIR-ME, E O QUE É TU FIZESTE? -pergunto irónica- EXATAMENTE, TU TRAÍSTE-ME.

-TU TAMBÉM ME TRAÍSTE. -ele grita e eu suspiro- TU MESMA CONFESSASTE ISSO.

-EU SÓ O FIZ PORQUE TU ME TRAIAS NA CARA PODRE. -grito.

-DESCULPA, OKAY? DESCULPA. -ele grita e cai sentado no sofá, suspirando.

-AGORA QUERES DESCULPAR-TE? -grito- NÃO, EVAN, EU NÃO SOU TÃO BURRA ASSIM, EU NÃO CAIO MAIS NA TUA CONEVERSA.

Ele ficou calado e eu calada fiquei, ficámos assim por um tempo, até que ele quebra o silêncio.

-Porque é que cantaste aquela música? -pergunta e eu suspirei.

-Porque a boca é minha, assim como a música e eu faço o que quiser com elas. -respondo rude, olhando para os meus pés.

-Soraya. -ele diz baixo, depois de algum tempo, e foi aí que eu percebi a nossa proximação.

Levanto a cabeça e logo me arrependo de o ter feito pois os nossos rostos ficaram a milimetros de distância.

-O que... -ele interrompe-me.

-Desculpa, mas eu tenho mesmo de fazer isto. -ele diz deixando-me confusa, mas logo percebo o que ele quis dizer pois ele juntou os nossos lábios num beijo.

Espinonson 2 {4°temporada}Onde histórias criam vida. Descubra agora