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Capítulo 20 - Olga.

Na manhã seguinte, acordo com a luz do sol entrando pela as portas francesas e deixando o quarto inteiramente claro, levei a mão levemente aos olhos e os esfreguei, enquanto Dove ainda dormia ao meu lado, toda serena.
Dormia tão profundamente que parecia um anjo.

Inclinei um pouco a cabeça e a olhei dormindo e logo esbanjei um sorriso ao levar minha cabeça novamente até o travesseiro e fechar os olhos.

Passei minhas duas mãos no meu cabelo e rapidamente abri meus olhos novamente, enquanto jogava o lençol para o lado lentamente sem muito movimento, para que eu pudesse me levantar.

Assim que me levantei fui em direção ao banheiro, eu estava usando apenas uma cueca boxer preta.

Parei em frente ao espelho e me apoiei na bancada me olhando no espelho sem os óculos, tá que não dava pra ver muita coisa de mim mesmo, afinal não era sempre que eu estava sem eles, mas quando desviei meus olhos novamente para cama, ela continuava lá deitada, dormindo. Agora eu podia ter certeza que não era um sonho.

Depois de uma noite quente entre a gente, que eu posso dizer que foi a melhor noite da minha vida, eu preferi preparar um café da manhã especial, queria mostrar a ela, o quanto ela era especial.

Depois do banho, usei apenas um short preto, no qual costumava sempre usar quando estava em casa, coloquei meus óculos e fui em direção a cozinha já com tudo em mente do que preparar, ao passar pela a sala, vi minha mochila em cima do sofá e pensei que aquele seria um bom momento para escrever o que tinha acontecido tanto na cafeteria por ser demitido e claro sobre o que houve entre a Dove e Eu.

Mexi na mochila por alguns segundos e não encontrei o meu caderno, o que foi estranho pois eu tinha o colocado na mochila para ir trabalhar, olhei pelo os cômodos do apartamento e não o encontrei.

Foi então que peguei meu celular liguei para o Cal, talvez fosse até uma brincadeira dele, já que ele sempre pegava no meu pé por esse motivo.

Eu sei que Olga me pediu para sumir da vida dele, mas ele era meu melhor amigo, eu precisava pelo menos saber se estava com ele o meu caderno.

O telefone chamou algumas vezes, até que a voz do Cal atende o telefone.

- Fala Ryan.

- Bom dia, primeiramente.

- Foi mal cara, é o costume. Bom Dia.

- E aí como está as coisas? Está na cafeteria?

- Por aqui está bem, estou na cafeteria não, não vamos abrir até ela passar por todos os reparos, mas e aí como tá tudo?

- Por aqui tá bem, deixa eu te perguntar. Você está com o meu caderno?!

- Não acredito, Ryan... você perdeu o seu diário?

- Caderno Cal, Caderno.

- Pra mim é um diário. Ainda mais com tudo que você escreve lá dentro.

- Mas você viu ou não o meu caderno?!

- Fala Diário, que eu digo se vi ou não.

- DIÁRIO CAL. DIÁRIO, você viu ou não?!

- Calma quatro olhos, não precisa gritar. Finalmente admitiu que é um diário, mas eu vi ele sim. Tá aqui em casa.

- Eu sabia que você tinha pegado ele.

- Opa, Opa. Alto lá. Eu não peguei nada de ninguém, você deixou ele caído no chão da sala da minha mãe e ela trouxe pra casa, ignorante!.

- Foi mal, desculpe. Eu só...