Água. Nossa! Era muita. Caía aos montes, mas eu gostava.
Eu te olhava, e você olhava o nada.
A xícara estava quente e o chá mais ainda. Ah! Que reconfortante.
Eu sorria para você, mas você ainda olhava o nada.
Que dor!
Abaixo a cabeça e encaro o chão. Àquela altura ele parecia mais interessante.
Por quê você nunca vê?
Talvez você não exista...
Coragem, não tenho. Nem um pouquinho que seja.
Nossa! Mas eu gosto.
O espelho em minha frente e eu refletida nele.
Respiro uma, duas, três... setecentas vezes.
Mas você ainda olha o nada.
Que dor!
Estou louca?
Sim, estou.
Porque já era eu que olhava o nada, percebi que estava apaixonada por um fantasma.
Que dor! Mas eu gostava.
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Happy Hippie
PoezjaO violão nas costas, os pés descalços - o calcanhar doía. Ai, ai -, o sorriso no rosto e os cabelos ao vento. Que sensação boa! A grama verde, o céu azulzinho, os pássaros cantando, as flores coloridas e o sol brilhando - mas o calcanhar doía. Ai, a...