MEU COLEGA DE TRABALHO - CAPÍTULO 2

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Sempre ouvi dizer que o medo faz as pessoas terem diferentes reações. Algumas se desesperam e reagem quase que instintivamente ao que lhes está provocando medo, outras saem correndo e não enfrenta a situação. No meu caso fiquei paralisada com o medo que estava sentindo do meu próprio marido me machucar, me estuprar.

Eu só consegui implorar pra ele parar:

- Eu: para Rique, é serio, tá me machucando. PARA POR FAVOR.

- Henrique: você não queria que eu te fudesse, então tá. Para de reclamar agora. Ta me enchendo a porra da paciência desde o dia que eu cheguei agora cala a boca que eu vou te dar o que você quer.

Tentei empurrá-lo, mas foi em vão, ele era mais forte que eu. Já transamos assim, sexo selvagem, confesso que eu adoro. Mas com o meu consentimento e depois de eu estar muito excitada e não daquele jeito, bruto e sem nenhum cuidado com meu bem estar. Ele se posicionou e abriu mais minhas pernas e gritou que ia me fuder até eu parar de reclamar....fiquei parada como estátua. Quem era aquele homem...............

De repente ele parece ter se dado conta do que estava fazendo e parou. Quando ele saiu de cima de mim. Não resisti e comecei a chorar, não só de medo, mas pelo o que ele havia falado e pela forma como havia me tratado.

- Henrique: ta vendo Duda, meu Deus...olha o que você me fez fazer. Que droga...eu te machuquei?

Ele disse isso tentando me tocar. Dei um pulo da cama segurando minhas roupas, assustada e com vontade de correr. Eu o fiz fazer? Então a culpa era minha. Meu Deus a que ponto chegou nosso casamento.

- Eu: não me toca Henrique, se não eu grito aqui até alguém invadir este apartamento. Você tentou me estuprar Henrique, tem noção do que é isso? Isso é crime.

- Henrique: para Duda, não é pra tanto. Eu perdi a cabeça mas também não precisa exagerar né? Você é minha esposa e sexo entre a gente não pode ser considerado estupro. E eu não te machucaria nunca.

- Eu: não? Tem certeza que não? O fato de eu ser sua esposa não te da o direito de fazer sexo a força comigo Henrique, de onde você tirou essa ideia absurda?

- Henrique: a força? Eu disse que perdi a cabeça mas você também não colabora. Só pensa em sexo, o tempo todo reclamando...porra perdi a cabeça mesmo. Me desculpa Duda, eu não....

- Eu: cala a boca Henrique. Vou tomar banho e voltar ao trabalho, não consigo mais olhar pra você agora.

Dizendo isso fui para o banheiro, tranquei a porta e fui chorar embaixo do chuveiro. Imaginei como deve ser difícil para mulheres que são abusadas sexualmente. Principalmente as meninas virgens...deve ser a pior sensação do mundo.

Depois me arrumei e fui trabalhar sem nem me despedir do Henrique.

Cheguei no trabalho levando uma sacola com lanche para comer, afinal não consegui almoçar. Foi em vão pois não consegui comer se quer um pedaço. Quando cheguei fui para o refeitório, ainda dava tempo de tentar comer um lanche.

Pedro e Dani chegaram logo em seguida conversando.

- Pedro: não acredito que recusou o convite do Miguel para almoçar pra comer lanche Maria Eduarda.

- Eu: não, não é isso. É que acabou não dando tempo de eu almoçar.

- Dani: sabe o que é Pedro, é que o marido dela chegou de viagem então você pode imaginar não é? Não deu tempo dela almoçar.

- Pedro: ah sim. Entendo.

Dani sorriu e eu respondi com sorriso também, tentando disfarçar. Eu até queria contar pra alguém o que aconteceu mas era tão difícil admitir que aquilo tinha acontecido e explicar que, no final, eu poderia ser a culpada por sufocar tanto meu marido.

MEU COLEGA DE TRABALHO - PARTE 1Onde histórias criam vida. Descubra agora