MEU COLEGA DE TRABALHO – CAPÍTULO 8
Senti meu sangue ferver na hora, porém também senti minhas forças se acabando e as lágrimas caindo, de dor e de desespero.
Miguel: Calma Duda, claro que o Pedro não morreu. De onde você tirou isso menina? Deita aí agora e se acalma.
Eu: é que ouvi você cheio de segredos com o diretor do hospital, perguntei várias vezes e você se esquivava e não respondia. Falava de autorizar papelada e mais sei lá o que. Você queria que eu pensasse o que Miguel?
Miguel: Duda o Pedro passou por uma cirurgia, perdeu sangue e esta sedado agora. Acontece que eu pretendo transferi-lo, pois não confio neste hospital aqui. Você tomou uma pancada na cabeça e se quer fizeram exames em você, como vou deixar o Pedro aqui depois de ter tomado um tiro?
Eu: então pra que esses segredinhos todos pelos cantos do hospital se o problema é só a transferência do Pedro e ele está bem?
Miguel: Duda existem certas regras e leis que devemos cumprir. O Pedro não é casado, a filha vai fazer 2 anos e os pais moram longe. Eu não posso transferi-lo de hospital sem autorização de um responsável, que no caso dele seriam os pais. Estou tendo que burlar umas regras para fazer isso e não posso dizer aos quatro ventos. Entendeu agora porque estamos de segredinhos? Como você mesmo diz.
Ele deu uma risada e eu também, em fim relaxei um pouco.
Estava realmente preocupada com Pedro, não só pelo que houve entre a gente, mas porque ele levou um tiro por minha causa...meu Deus, se esse homem morre, eu ia ficar com a consciência pesada o resto da vida.
Naquele momento me lembrei da Bela. Vixi, já devia ser umas 10:00 da noite.
Eu: entendi sim Miguel, desculpa o meu desespero, mas é que, fiquei preocupada e...por falar nisso, e a filha dele,com quem está?
Miguel: a senhora que cuida dela ficará com ela e amanha entrarei em contato com os pais dele para que localizem a mãe da menina. Mas quero transferir o Pedro primeiro e me assegurar de que ele estará bem. Conheço a família dele a anos, quero poder levar uma notícia melhor do que simplesmente: "seu filho foi baleado".
Eu: entendo.
Por fim eu estava mais calma. Miguel saiu e foi resolver a transferência do Pedro na "surdina". Quando retornou disse que o Pedro já estava a caminho de outro hospital. Descobri então que um amigo do Miguel era um dos donos deste outro hospital.
Chegando lá fiz uma bateria de exames e estava tudo bem, foi só susto mesmo. Pedro foi levado para uma sala para se recuperar e o médico me disse para eu ir embora e descansar, me deram alguma coisa, pois eu estava caindo de sono.
Fui pra casa de taxi, depois de muita insistência deles e desmaiei. Acordei depois do meio dia, assustada com o telefone aos berros, era Miguel. Por uns instantes meu coração parou.....de novo.
Miguel: Boa tarde Duda, tudo bem? Conseguiu dormir?
Eu: Boa tarde Miguel, consegui sim, obrigada. Aconteceu alguma coisa?
Miguel: não, está tudo bem. Estou te ligando pois você precisa ir a delegacia hoje com advogado, lembra? Esta marcado as 14:00. Acha que consegue ir? Se você ao conseguir tudo bem, mandamos um atestado médico dizendo que está em recuperação.
Eu: Não precisa Miguel, eu posso ir sim. Quanto antes eu for lá maiores as chances de pegarem esse desgraçado e a minha moto, lógico. Encontro com o Dr. Toledo na delegacia as 14:00. E o Pedro como está?
VOCÊ ESTÁ LENDO
MEU COLEGA DE TRABALHO - PARTE 1
Short StoryMaria Eduarda é uma jovem de 25 anos prestes a completar 3 anos de casada com Henrique, um representante comercial. As brigas quase frequentes e a ausência de Henrique, devido ao trabalho, levou o casamento dos dois a uma crise, algo que ela acredit...