Five Years Without You - Faberry

42 - Seria Esse o Fim

           

Ou Apenas um Novo Começo?

Hey Kids!!

Minhas notas: Esse é o ultimo capitulo!! ( Foram tombados, ne non??) rsrs Já fiz meu seguro de vida! Uma dica: Preparem os lenços J

Notas da Autora: Bom, a história realmente chegou em seu fim, mas como disse, pode ser apenas um novo começo, queria agradecer por todos os comentários, as curtidas e cada compartilhamento.

Muitos me perguntaram se eu faria uma continuação ou coisa parecida, mas não, acredito que esta história ja tem seu ápice e que é perfeita deste modo.

Aproveitem esse último cap, assistam o vídeo ou coloquem a música para tocar e comecem a ler, é muito importante tê-la para dar o ar que quero que vocês sintam, prestem atenção na letra e a utilizem para juntar ao enredo da nossa maravilhosa história.

Xoxo

"Não chore por eu ter partido, fique feliz por eu ter vindo".

Essas foram suas últimas palavras antes de me abandonar outra vez, ela sabia que eu ficaria numa situação difícil, que eu provavelmente não aguentaria... E mesmo sofrendo, mesmo sangrando em meus braços e se afogando em sua própria dor, ela se preocupou comigo e em como eu ficaria, em como eu me sentiria com ela indo embora outra vez, porém desta vez, para sempre.

Ainda me lembro do vulto do assassino mascarado se distanciando sem se importar com a minha dor, sem se importar com a minha mulher, eu nem pude dizer que a amava, na nossa última conversa eu havia a mandado embora, num surto de raiva mandei minha mulher para o que seria seu fim sem ao menos perceber... Mataram a minha vida, a arrancaram de mim sem me dar chances de evitar, de impedir e fazer com que aquela maldita bala tivesse me atingido em vez dela.

Hoje faz cinco anos que o maldito assalto aconteceu, cinco anos que minha mulher não esta comigo. Eu adoraria ir visitar seu túmulo onde fiz questão de ter as coisas que ela mais gostava, mas eu não posso sair dessa cadeira, quando a idade chega a gente não pode mais depender nem do próprio corpo, nossos símbolos do yin yang estavam apertados em minhas mãos como se de algum modo, assim, eu conseguisse tê-la outra vez, como se isso fosse traze-la de volta... Nossa casa na praia parecia tão vazia só com as ondas quebrando, ela sempre reclamava da quantidade de areia que adentrava, ou de quando chovia e ficava quase impossível sair. Mesmo odiando areia ela escolheu nossa casa no nosso lugar favorito, bem ao lado da grande rocha onde me pediu de volta em namoro e onde consequentemente nos casamos cinco anos depois.

- Tia Q?

- Oi pequena.

- Por que esta aqui fora sozinha? As crianças estavam te procurando para mais uma história.

- Querida eu já estou com setenta e oito anos... Não estou mais na idade de ficar cuidando de crianças, mesmo sendo seus filhos.

Mel estava tão crescida, tão mulher. Feliz e cansada com seus dois filhos, um de oito e uma de seis, foi difícil criar os dois praticamente sozinha depois que se separou de Nicolas, foi uma baita briga a guarda das crianças, já que ambos as amavam e não queriam perder nem um segundo.

- Tia Q, você precisa ocupar a mente com alguma coisa, sabemos bem o que significa o dia de hoje.

O mar quebrava ao longe e a brisa vinha tão calma em meu rosto que me lembrava do toque de Rachel.

- Você foi visitá-la?

Depois de um suspiro, Mel sentou-se ao meu lado, na rampa para a areia e abraçou as pernas.

- Sim... Deixei as flores que me pedi.

- Obrigada.

- Você quer ficar sozinha não é?

- Você me conhece pequena, eu prefiro.

- Posso pelo menos te trazer um café?

- Um café seria ótimo.

Ela levantou tirando um pouco da sujeira do short e caminhou devagar até a porta que dava direto para a sala.

- Quer algo mais?

- Você poderia me levar ate mais perto do mar? Na areia...

Com um sorriso fraco ela desceu minha cadeira com cuidado até três metros de onde o mar estava e antes de sair me deu um beijo na testa.

O clima estava tão gostoso quando ela saiu, mais quente e convidativo, como se eu estivesse tomado um café quente enquanto chovia e fazia frio em meu apartamento. Olhei para o horizonte por cima dos óculos, observando o mar e suas ondas, o sol já havia ido embora e a lua aparecia cintilante, lembrando-me de todas as noites em que ela aparecia e Rachel estava aqui... Ate que ao focar num ponto, eu a vi! E como estava linda, parecia ter voltado aos seus dezesseis anos de idade, com um sorriso maroto e quando o vento batia em mim pude ouvir sua deliciosa risada.

- Puta que pariu! Tenho que rever meus remédios, estou ficando louca!

Pude vê-la alargar o sorriso e se aproximar até chegar bem perto de mim, tocando suavemente meu rosto deixou uma pequena lágrima cair.

- Oi meu amor.

Eu senti meu marca passo sair do lugar e voltar quando ela disse "meu amor"

- Você não é real.

-Claro que sou, veja.  - Deu uma volta rodando o vestido enquanto o vento bagunçava seu cabelo.

- Eu senti tanto sua falta Rae!

- Shii.... Eu sei Q, mas eu estou aqui agora, eu vim te levar pra casa, nossa nova casa. Ou você acha que eu te deixaria aqui sem mim?

Aquele sorriso maroto me matava de uma forma tão boa.

- Mas eu não posso me levantar...

- Deixa de ser mole, vamos, me dê a mão.

- Darei se prometer não soltar.

- Já ficamos longe muito tempo, Nunca mais soltarei sua mão.

- Promete?

- Você acredita em mim?

Ela já sabia a resposta, segurei sua mão estendida e senti meu corpo leve, ao me levantar pude abraça-la e beijá-la. E ali eu sabia... Eu finalmente estava em casa.

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Comentem bastante, ou apenas curtam, só espero que aproveitem e que não se esqueçam de mim até pq isso não é um adeus, é apenas um até logo.

"Não chore por eu ter partido, fique feliz por eu ter vindo".

Até kids!