Five Years Without You - Faberry

18 - O Sentir

HEYYYYY

Espero que gostem.

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-Nunca? Uol - ri com desdém. - Não imaginava que sabia atuar.

- Rachel...

Ela tentou pegar em minha mão, mas eu a retirei antes de ter qualquer contato.

- Cinco anos Rachel, sabe o que acontece em cinco anos? Sabe do que tive de passar?

- Sei...

Disse cabisbaixa.

-Sabe?

- Bom...Mais ou menos.

Ela olhou pra mim e deixou uma lágrima cair.

- Você não sabe Rachel, ninguém sabe e não desejo esse sentimento nem para meu pior inimigo. Quando você foi embora eu quase enlouqueci por completo!

- Mas eu voltei...

Disse com a voz baixa focando em meu rosto que estava sem nenhuma emoção olhando para o horizonte.

- E você realmente achou que seria fácil assim? Que você iria voltar e eu iria pular em você te perdoando e te beijando apaixonadamente? - Ela então abaixou a cabeça e encolheu os ombros como se estivesse recebido uma pancada. - Eu não sou mais aquela pessoa que fazia tudo pra você sem esperar nada em troca, eu cresci e aprendi a me valorizar, aprendi que amor... - finalmente olhei em seus olhos. - é uma perda de tempo! Porque quando você ama a pessoa vai embora.

-Mas eu escrevi uma carta e...

- Uma carta que recebi esses dias, depois de cinco malditos anos Rachel! Eu fiquei cinco anos sem saber porra nenhuma de você, sem saber o porquê de ter ido embora. Sabe quantas teorias eu criei sobre seu paradeiro?

- Eu... Q, me perdoa - desesperadamente agarrou meu corpo e começou a chorar. - Me perdoa, me perdoa...Eu sou um monstro...

- É...Você é!

Minha camisa molhava com suas lágrimas, Rachel tremia muito e seu peito subia e descia com violência, vendo seu desespero automaticamente minha mão foi para seu cabelo, fazendo um leve carinho enquanto a outra fazia o mesmo em suas costas. Senti-la tão perto era tão bom e isso fez meu coração aquecer, pequenas lágrimas se formaram e caiam delicadamente de meus olhos.

-E-eu achava que tinha chegado a carta, me-me desculpe. Eu não sabia o que fazer, p-por isso não voltei antes, não sabia o que falar ou como agir...Você podia estar sendo feliz com outra pessoa e eu não iria ague...

- Você é meu ponto de guerra assim como é meu ponto de paz Rachel. Se alguém quiser que eu caísse é só tirar você de mim, mas se alguém quiser que eu vença é só te deixar ao meu lado. Eu tenho uma ferida enorme no peito, uma ferida que não se fechou, uma ferida que dói todo dia... Você poderia ter mandado uma mensagem, qual quer coisa! Eu andei tantas vezes nas ruas para te procurar, procurei seu rosto ao meio de tantos outros, procurava seu nome em jornais, nos letreiros das praças e lojas, procurei na internet, mas não achava nada! Nada! Eu preciso fechar essa ferida.

- Me deixa te ajudar...

- Não! Quem me garante que você não vai embora outra vez?

Seus olhos estavam vermelhos e inchados, o rosto todo molhado e expressivo. Mas mesmo parecendo tão frágil, mostrou-me força e fincou as palavras com vontade.

- Eu lhe garanto.

- Desculpa, mas eu não acredito em você.

Disse para então desviar meu olhar do dela, ficamos um bom tempo em silêncio, sofrendo sem mostrar vendo do alto a grande cidade e seu movimento, sentindo o vento passar e tentando a todo custo segurar no peito o coração. Rachel então se aproximou e deitou a cabeça em meu ombro suspirando.

- Uma vez você me disse que só sairia de perto de mim se eu olhasse em seus olhos e falasse que não te amava... Olha pra mim Quinn. - ela tocou em meu queixo e obrigando a olhar aqueles olhos intensos. - Você me ama?

- Não posso responder isso - Tentei me afastar, mas ela agarrou a gola da minha camisa e sentou no meu colo para que eu não saísse.

- Por favor, Quinn, se você responder que não me ama eu saio daqui e nunca mais volto. Mas caso diga que me ama eu vou lutar por você pelo resto da minha vida!

- Rachel...Não....

- Então um beijo...Vamos lá Q eu só estou te pedindo isso, se você não sentir nada com ele eu vou embora. - Ela já estava chorando outra vez, porém continuava firme. Eu virava meu rosto para não encara-la, meus olhos ardiam com as lágrimas e minha garganta tinha aquele conhecido nó. - Eu te amo Quinn...

Disse chorando, conseguindo finalmente minha atenção, essas palavras acabaram com minha enfraquecida barreira, minhas mãos foram para sua cintura e meus lábios entraram em contato com os seus em um beijo cheio de saudade, suas unhas arranhavam delicadamente minha nuca, as lágrimas desciam e se misturavam. O que eu senti?

Não sei dizer, dizem que quando gostamos de alguém a gente só vê as partes boas daquela pessoa, quando estamos apaixonados conhecemos as boas e as ruins e as aceitamos como parte da pessoa, mas quando amamos...Não sabemos explicar, é um pouco disso e daquilo, é incrível, bom e intenso. Como fugir? Não tem como. O que fazer para amar alguém? Simples, primeiro você vê a pessoa, seja por foto, vídeo, na rua...Você a vê e a acha incrível, pela sua beleza e o que sabe fazer com ela. Depois você a ouve, sua voz é como música, você fica encantada com o tom, o jeito que pronuncia as palavras, seja lendo ou contando uma de suas ideias. Então você fala, bom...Você tenta, falar que gosta da pessoa ou admitir para si mesmo é um passo enorme e difícil de ser concluído, mas o gostar e se apaixonar você consegue explicar para aquela pessoa. Por fim você sente, sente o que nunca sentiu, você não sabe quando começou, não sabe o porquê, mas você sente, não tem explicação ou comparação, você sente e ponto. O amor é uma dádiva, é difícil achar alguém que sinta o mesmo e lute por você, mas se você já encontrou esse alguém, lute por ele, pois amor é como uma fogueira, você deve alimenta-la para não se apagar.

E assim, com a falta de ar presente eu a soltei sorrindo, eu a amava como ninguém. Levantei-me devagar e segui até a moto.

- Não pense que será fácil.

- Eu não vou desistir Q.

-É o que eu espero.

Liguei a moto e coloquei o capacete, mas antes de sair pude ouvi-la resmungar.

- É Rachel... Parece que você terá de trabalhar para tê-la de volta.

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Um ótimo final de semana a todos!!

Até breve, kids!!