— DIANA! Acorda, você tem que ir pra escola! - Minha mãe gritava enquanto puxava minhas cobertas e me balançava insistentemente. - Já são 6:45, você e seu irmão têm que estar na escola às 7:00 em ponto, anda! Vai se arrumar!
— Ai mãe! Para de gritar no meu ouvido, que coisa chata!
— Pois bem, vou ao quarto ao lado arrumar o seu irmão, quando voltar quero te ver de pé e pronta pra sair!
— Ta bom mãe, não precisa repetir, Tenho 13 anos, posso me virar sozinha, vai cuidar do meu irmão que tem nove! - Respondi me levantando, e a encarei já com um pouco de raiva.
— Muito bem, se acha adulta não é mocinha? Mas escuta aqui, você é uma criança e eu sou sua mãe, eu sou a adulta, e quem manda aqui sou eu, tem que me respeitar!
— A senhora é muita ranzinza sabia? Vive de mau humor, deve ser por isso que não consegue arranjar namorado!
— QUIETA! depois da aula nós conversamos. - Assim que viu meu irmãozinho nos olhando pela fresta da porta, minha mãe saiu do meu quarto e foi puxando ele pela mão. Eu fiquei parada pensando no que tinha dito, talvez eu tivesse pegado pesado demais...
Enquanto isso, naquele mesmo quarto, no meio de alguns livros empoeirados, duas criaturinhas coloridas e brilhantes, com pouco mais que cinco centímetros de altura, estavam quietinhas observando aquela situação, ou melhor, discutindo enquanto observavam aquela situação.
— Ai Frida, não empurra!
Reclamava Freya, a primeira criaturinha que tinha os cabelos pretos e cacheados que chegavam até abaixo da cintura, sua pele era morena e seus olhos eram castanhos. Usava um vestido azul marinho rodado pouco acima dos joelhos e com a barra repleta de cristais que iam diminuindo à medida que subiam até sua cintura e terminavam de vez quando surgia um cinto prateado, usava sapatilhas que também eram azuis mas tinham a estampa lisa, assim como as luvas compridas que usava.
— Eu também quero ver Freya, mas essa sua cabeça de troll não me deixa enxergar!
Frida respondia, a segunda criaturinha que diferentemente da primeira, tinha os cabelos brancos, lisos ondulados e pouco abaixo dos ombros, mas era um branco platinado que brilhava de acordo com os movimentos que ela fazia, tinha pele clara e os olhos pretos como ninguém mais tinha. Usava um macaquinho vermelho bem marcado na cintura e em seu quadril tinha uma espécie de cinto de utilidades, mas ao invés de armas, ali se encontravam pequenos frascos de poções, em seus pés ela usava sandálias simples, de cor preta.
— Também não precisa ser grossa!
— Você que me irrita, vai pra lá. - Disse Frida enquanto empurrava Freya para o lado, e esta caiu batendo as costas em um livro que começou a desequilibrar e estava prestes a cair.
— Frida, me ajuda... - Pediu Freya que com um esforço muito grande, segurava o livro com seu corpo. O que era muito difícil já que se tratava de um livro muito mais pesado do que ela.
— O que você quer? - Perguntava Frida com um pouco de arrogância, enquanto se virava para a amiga. — Olha o que você fez! - E abriu uma cara de espanto ao ver o que tinha acontecido, saiu correndo pra tentar reverter a situação.
— O que eu fiz? O que você fez! Você me empurrou! - Freya dizia revoltada, enquanto com a a ajuda de Frida, colocava o livro em seu devido lugar. Se esforçando para que a menina não percebesse qualquer movimento.
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Fadas Madrinhas
Short StoryO que você faria se, do nada, descobrisse que fadas existem? Mas não fadas comuns e sim, Fadas Madrinhas!? Melhor ainda, duas fadinhas desastradas que vieram com uma missão especial, quer descobrir qual é? Quer saber o que essas duas criaturinh...