Capítulo- 02

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— Que horas são? Quanto tempo eu dormi? - Perguntei a mim mesma enquanto me levantava da cama, olho pela janela e vejo que o sol está quase se pondo, olhei o jardim e minha mãe não estava lá, mas levo um susto ao ouvir uma voz feminina dizendo baixinho:

Pensei que não iria acordar mais! - Achei que fosse minha mãe, mas olho ao meu redor e nada dela, vou até a janela novamente e nenhum sinal.

— Que esquisito, pensei ter ouvido algo, devo estar ficando louca. - Falei em voz alta e caminhei de volta pra cama, mas de novo eu escuto uma voz, um pouco diferente da primeira, então eu fico de pé e parada, atenta pra ver se ouvia mais alguma coisa.

Olha só, ela acha que tá ficando doida, qual será a reação do Caio?

— Agora tá falando até do meu irmão? - Me sento na cama — Com certeza estou delirando. - Coloco a mão no rosto fazendo movimentos na testa como se fosse uma massagem.

Não tá não! Olha aqui! - Olho para o lado seguindo a orientação da voz e me assusto com as coisinhas que vejo em cima da minha prateleira.

Sem pensar muito dou um grito e pego uma almofada que estava em cima da minha cama e miro na direção  delas, minha mira foi boa, mas elas foram mais rápidas e pularam no criado mudo que estava bem perto da prateleira,  no lugar em que eu joguei a almofada anteriormente so restaram alguns livros caídos no chão.  Desesperada,  olho para os lados e pego uma outra almofada e jogo no criado mudo e mais uma vez derrubo coisas minhas no chão,  quase que derrubo um espelho que estava pendurado na parede, mas por reflexo o seguro no lugar, confusa pego de novo a almofada e com o olhar procuro aquelas coisinhas e do nada neu irmão aparece no quarto.

— Diana,  por que tanto barulho?  - Entra no quarto carregando um carrinho.

— Caio, tem duas coisas estranhas no meu quarto.  Me ajuda a procurar!

— Baratas?  Mas você não tem medo dessas coisas.

— Não Caio,  não são baratas, são umas coisinhas brilhantes e estranhas e parecem mulheres pequenininhas! 

— Diana, acho que a coisa estranha aqui é você.  - Falou enquanto se virava para sair do quarto.

Eu concordo.

— Ouviu?  Você ouviu?  - Perguntei falando rápido.

— A-acho que ouvi.

E então, nós dois viramos a cabeça lentamente e vemos as duas coisas de novo só que dessa vez resolvi não atacar,  mas reparei melhor e vi: eram sim duas mulheres bem pequenininhas,  me joquei na cadeira,  abracei a almofada.  E fiquei calada só observando aquela cena.

— O que vocês são?  - Ele perguntou se abaixando.

— Ah Caio, como você está tão lindo!  - Disse a que usava roupas azuis, ela aprecia maravilhada.  — Não sabe o quanto esperei esse momento.

— Como sabe meu nome?

— Eu sei muitas coisas sobre você!  - Disse se aproximando de Caio que recuou um pouco assustado,  a coisa fez uma cara de tristeza e as luzinhas que ficavam ao seu redor se enfraqueceram. 

— Diana... - Uma outra cosinha, que usava roupas vermelhas,  me chamou mas fingi que não ouvi.

— Não liga pra ela.  Hum...  Vocês têm nome? - Eu não acredito que ele estava confiando naquelas coisas! 

— Claro!  Eu sou Freya e ela é Frida.  - "Ah que ótimo! Os nomes combinam, que gracinha" pensei e fiz uma cara debochada.

— Hum... Por que seu cabelo é branco?  - Perguntou estendia as mãos e elas subiram em cima.

Fadas MadrinhasOnde histórias criam vida. Descubra agora