5° dia sem a mãe
Era umas nove horas da noite e Caio estava sentado no sofá enchendo as fadas de perguntas.
— ... E existem fadas madrinhas homens?
— Não, só mulheres, mas existem fadas homens só que de outras espécies. - Freya explicou, eu fiquei observando de longe e depois subi pro meu quarto.
— Você está bem? - Perguntou Frida entrando devagar.
— Sim, não precisa se preocupar.
— Eu sempre vou me preocupar. - Se aproximou e se sentou na minha cama.
— Me sinto protegida com você por perto. - A puxei pela mão até ficar deitada ao meu lado.
— Não sabe o quanto isso me deixa feliz.
— Sério?
— Sério. Muito, muito, muito mesmo. - Falou me fazendo cócegas e minhas gargalhadas foram altas e exageradas. — Tenho uma coisa pra te mostrar. - Disse pegando uma varinha que eu não sei de onde saiu.
— Por que eu nunca vi essa varinha?
— Eu ainda não tinha precisado usá-la - Disse isso e a luz do quarto de repente se apagou. Do nada começaram a aparecer umas luzinhas no teto parecendo estrelas, talvez até fossem. Fiquei um tempo admirando, mas depois as luzes começaram a se juntar formando imagens, passando uma espécie de filme. Então eu comecei a ver imagens de quando eu era pequena, minha mãe brincando comigo, logo depois mostrou ela preocupada depois de eu ter me machucado, o dia que meu irmão nasceu, quando ela chegou em casa com ele nos braços e a minha cara curiosa observando quem me faria companhia... Mais imagens foram passando e eu olhei pra Frida.
— Desculpa.
— Não precisa pedir desculpa. - Ela me respondeu de um jeito materno. No fim das contas, era isso que ela era, uma mãe.
— Eu tô com saudade da minha mãe, mas se ela voltar você vai ter que ir embora e eu não quero isso. - Uma lágrima começou a descer do rosto dela, mas ela logo a limpou.
— Eu sempre vou estar do seu lado, mesmo que você não consiga me ver, eu sempre vou estar aqui. - Falou me abraçando e dessa vez, foi minha vez de chorar.
— Me arrependo do modo que te tratei e como eu falava com minha mãe. Acho que eu sou mesmo uma criança, não é tão ruim assim. - Ela sorriu pra mim e me abraçou, minutos depois eu adormeci.
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— Boa noite meu bem. - Falei secando as lágrimas do meu rosto e dando um beijo em sua cabeça. Me levantei e fui chamar Freya.
— Chegou a hora de irmos. - Falei quando a encontrei.
— Eu sei, já me despedi de Caio... - Respondeu com a cara tão triste quanto a minha.
— Tá na hora da gente voltar a ser pequena. - Peguei uma poção diferente da primeira e tomei um pouco, dei o restante à ela.
— Vou sentir falta desses dias. - Disse quando me deu um abraço.
— Eu também... Mas vamos sempre estar com eles.
— Sim. - Me disse sorrindo. — Sempre estaremos por aí, perto de uma árvore, uma flor...
- Ou em uma prateleira... - Eu disse e começamos a rir.
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Acordei procurando Frida e não achei. Fui até o quarto da minha mãe, nada. Vasculhei a casa inteira e quando resolvo ir até o quintal eu me surpreendo quando vejo a minha mãe no meio do jardim, tranquila, cuidando das plantas como se nada tivesse acontecido, Caio aparece atrás de mim e fica surpreso, não seguro minha alegria e saio correndo na direção dela e dou um abraço forte.
— Desculpa mãe, eu sei que errei, por favor, me perdoa. - Eu falava desesperadamente.
— Tudo bem, é claro que eu te perdoo minha filha, mas... O que aconteceu? Por que estão com essas carinhas? - Ela perguntou com curiosidade e estranhando a minha mudança repentina.
— Nada. - Repondo com um sorriso largo no rosto, então sinto meu irmão me cutucando e quando olhamos para o lado vemos duas criaturinhas, bem pequenininhas sorrindo pra gente, estavam sentadas num galho de uma árvore bem atrás da minha mãe. E o melhor.
Elas tinham asas!
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— Eles já entraram.
— Mas a dona Paula ainda esta lá fora.
— Ela é uma boa mãe.
— Não há dúvidas. - Freya disse olhando pra mim. - Uma ótima pessoa também, merecia ter alguém ao lado dela. - Quando ela terminou de dizer a frase vimos um homem na calçada andando distraído, e com várias caixas na mão.
— Olha ali... - Disse mostrando o homem pra ela. No começo ela ficou sem entender, mas depois compreendeu a minha proposta.
— Boa idéia! - Me respondeu com alegria. Então ela pegou sua varinha e fez as caixas caírem bem em frente à casa, dona Paula viu tudo e foi ajudar, e foi ajudar o homem que estava rindo de seu jeito desastrado. Os dois trocaram alguns olhares e começaram a conversar de uma forma tímida, como se fossem adolescentes.
— Pelo que eu soube, ele é novo no bairro. E é solteiro.
— Clichês nunca falham - Ela disse dando uma risadinha.
Fim?
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"Não pense que as fadas são sempre pequenas; tudo nelas é ditado pelo capricho"
- Palavras de William Butler Yates, grande admirador e conhecedor das fadas.
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Desculpe se houver erros
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Beijos e até mais!
♥♥♥♥♥Notas da autora:
Então gente, esse é um conto de minha autoria e gostaria de dizer que eu simplesmente AMEI escrevê-lo.
E quero dizer que nesse conto eu quis mostrar um pouco sobre essas criaturas misteriosas e fantásticas que são as fadas, muitas pessoas ao longo dos séculos tentaram entender sua origem, mas a questão é : A humanindade pode gastar séculos e mais séculos tentando entender como as lendas surgiram, e até onde seus poderes são capazes de ir, mas é isso que mais no encanta e fascina, a dúvida, o mistério que elas envolvem e não existe nada que posso substituir essa sensação.
Beijoss ♥♥
E espero que tenham gostado!
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Fadas Madrinhas
NouvellesO que você faria se, do nada, descobrisse que fadas existem? Mas não fadas comuns e sim, Fadas Madrinhas!? Melhor ainda, duas fadinhas desastradas que vieram com uma missão especial, quer descobrir qual é? Quer saber o que essas duas criaturinh...