We need to talk

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POV Blaine

Estava tudo de boa até a minha bunda começar a vibrar, e não é vibrador nenhum, é apenas meu celular. Deve ser o Kurt. E não acredita que eu acertei? Ele mesmo. Pego o celular e atendo na frente do Sam.

– Fala Kurt - digo revirando os olhos por impulso.

– Qual seu problema? Fica me ignorando como se eu não fosse nada seu - ele diz com aquele tom que agora se tornara chato pela situação. Fico olhando pro Sam o tempo todo e pensando que eu poderia mudar de namorado num estalar de dedos, eu acho.

– Kurt, eu já disse que eu estou ocupado! Me liga mais tarde porque eu sei que é pra contar alguma coisa da Broadway - falo bufando no final. O Sam fica sem graça e parece meio desconfortável com a situação.

– Ah Blaine então tá bom, tchau! - ele fala expressando raiva naquela voz fina que acaba parecendo a Quinn, uma das amigas dele.

– Tchau Kurt!! - me despeço com um certo alívio de poder voltar a ficar com o Sam. Ele olha pra baixo ainda sem graça e parece esperar eu falar.

Eu realmente tô pensando em acabar tudo com o Kurt. Sei que tipo tô a um mês com ele mas agora aparece esse loiro da boca de truta, com esses olhos e essa voz, daí não dá pra mim, né?!

– Desculpa mesmo Sam, desrespeitei sua casa. Se eu quero brigar com alguém é melhor eu ir lá pra fora, é que tá difícil mesmo meu relacionamento com ele - o loiro espreme os olhos e leva a cabeça pra trás. Ele está definitivamente surpreso por saber do Kurt.

– Não, de boas, mas quando tu ia me contar que namora? Eu tava aqui achando que você tava dando em cima de mim e pensando várias coisas - ele diz passando a mão nos seus cabelos como se estivesse pensando em tantas coisas ao mesmo tempo - Você me confundiu muito.

– Eu ia te contar dele depois Sam, mas por que que eu deveria te contar isso se eu teoricamente só quero ser seu amigo? - acho que ele não sabe o significado de teoricamente o que talvez o deixe mais confuso - Você disse pensando em várias coisas, que coisas eram essas? Posso saber? - pergunto sentando mais perto dele.

Na hora que ele começou a falar "Talvez em..." a irmã dele entrou no quarto dizendo que contou pra mãe deles que eu estava lá, ela disse que o almoço tava pronto e também que era pra eu almoçar lá. Na mesma hora olho pro Samy sorrindo e percebo ele não reagir a situação.

Fomos para cozinha e nos sentamos na mesa. Eu entre os dois irmãos do Sam, ele na minha frente e em uma das pontas da mesa sentou a mãe dele que foi super atenciosa comigo perguntando se eu queria pouco ou muito. Já gostei da minha futura sogra.

A comida é aquele espaguete basicão com almôndegas e o molho que parece de tomate, jogado por cima. Percebo o Sam ficar mexendo nos bolos de carne com o garfo como se não estivesse a fim de comer. Logo depois de eu notar a mãe dele também notou a cena e não deixou quieto.

– Sam, você vai comer sim! Nem vem com essa coisa de fitness de novo que você PRECISA COMER DIREITO! Que coisa, parece que é burro, continua pensando assim que você não vai conseguir nenhum emprego bom se quer saber - ele olha pra ela e vejo que aquilo o deixou pra baixo. Eu não teria feito isso, mas eu não posso opinar na criação dela no filho, até posso mas aí ela vai me odiar e como vou ver muito ela não vai funcionar.

Quando ela abaixa a cabeça pra comer ou sei lá pra observar a comida, levo meu pé até a canela do loiro e faço duas vezes aquele clássico sobe e desce. No mesmo segundo Sam olha pra mim com os olhos arregalados, em seguida dou uma piscada pra ele e faço mímica com a boca dizendo Não liga pra ela. Não sei se ele entendeu mas pelo visto sim porque depois o clima pareceu melhorar um pouco.

My Life Not So ComplicatedOnde histórias criam vida. Descubra agora