23 de Maio
7:30 A.M.
Dormitório dos alunos
*Louis*
Como descrever a semana que se passou?
Louis sentia falta do seu amigo e irmã, por eles serem mais próximos e compartilharem as coisas como irmãos. Estava sendo muito duro continuar indo para as aulas do Harry, olhar em seus olhos e não esquecer das palavras dele na noite da formatura. Apesar de ter doído, Louis sabia que fora a escolha certa, mas a decisão errada. Pelo menos era assim que se sentia. Ambos passaram a não ter muito contato, todas as vezes que tinha dúvida de alguma coisa Louis perguntava e recebia respostas curtas do professor.
Esse clima estranho o dilacera a cada segundo que o relógio bate e os segundos passam, foram três meses de namoro, intenso e emocionante. Mas Louis havia estragado, por causa de um maldito passado, por não conseguir se abrir para quem ele ama, as coisas poderiam ter sido evitadas, simples, mas não foi isso que aconteceu, e agora, todas as noites quando ele estava todo encolhido na cama, ele colocava os fones de ouvido e chorava abraçado ao pombo que Harry lhe deu de presente. Porque era inevitável não chorar de saudade, do cheiro masculino do Harry, das mãos quentes dele abraçando seu corpo e sua respiração passando pelo seu pescoço, arrepiando todos os pelos do seu corpo. Das risadas que davam juntos, de quando faziam amor em cada cômodo do apartamento do maior, os passeios, a primeira que se trobaram e Louis viu seu mundo girar e tornar somente um.
Da qual agora já não fazia mais parte, ele sabia que estava ali por mérito dele mesmo, que a dor foi motivada pela sua atitude, mas ninguém iria entender que tudo lhe causava medo, a vida inteira fora tudo escondido por debaixo de um tapete e por lá ficou. Lembrar de coisas que lhe machucaram antes o destroçava por dentro. Ele queria conseguir se abrir, ele gostaria de ser diferente, mas de que iria adiantar? O que as pessoas iriam poder fazer por ele? Tudo já passou e nada que fizesse agora, mudaria o que aconteceu no seu passado.
Talvez aqueles pensamentos sejam os mais mesquinhas e orgulhosos, contudo não deixava de ser verdadeiro. Sua mãe sempre lhe dizia que não importa o que tenha acontecido, o foco de uma pessoa na vida é olhar para o agora, andar na sua própria linha e algumas vezes você vai se desiquilibrar, a ponto de cair, isso é normal quando o vento bate contra seu corpo, porém você pode se levantar e continuar o trajeto, preparado para os próximos ventos que lhe derrubaram e que terá que levantar novamente, assim se segue sucessivamente. Louis guardou cada conselho dela como um objeto precioso, ele queria tanto que ela tivesse ali, para lhe dizer o que fazer, lhe explicar porque as coisas na sua vida saiam errado e porque ele agia de modo errado.
Seu coração agora estava mais pequeno e apertado, seus olhos permaneciam inchados e sua cabeça doíam, por passar noites pensando em Harry, na maior burrada que fizera na sua vida.
Imaginou o que Alicia diria diante aquela situação embaraços a que ele se encontrava. Ele visualiza a mesma andando na sua direção com uma cara fechada e ao mesmo tempo cheia de tédio, em seguida lhe dando um tapa na cabeça e Falando: “Louis, você é um idiota ou quê? Você sabe o que tem que fazer, você sabe exatamente como deve consertar essa situação, levante essa raba linda que Deus te deu e vai logo atrás do seu amor!”
De certa forma ele sentiu esse pensamento ser mais real do que seus mais medonhos sonhos, Louis sentiu até mais disposto para a aula de hoje, com aquele espírito que teve quando conheceu o Harry, ele pela primeira vez sabia o que fazer e tomou a decisão correta. Por mais que tenha agido de modo imprudente ele estava disposto a ter Harry de volta, faria as coisas aos poucos, não se deve desistir de alguém que ama, ainda mais quando ela é importante na sua vida a ponto de você ter medo de perde-la.
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365 Dias
Fanfiction(História Concluída) Você acredita no destino? Que ele pode juntar você a pessoa menos improvável da sua vida? Uma traição, uma dor, juntou um casal, que mesmo sabendo que era proibido, embarcaram mais fundo nesse sentimento, até não ver motivo...