Capítulo 33

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 Estou andando pela estrada faz 2 minutos, e nesse período sinto que alguém está me observando, tento tirar da minha cabeça pensamentos ruins e chego na pista. O céu estava nublado, porém a sensação era de calor, na pista havia poucas pessoas. Obrigada, senhor! Pego os fones e coloco a música- Agora Eu Quero Ir para relaxar minha mente. O skate sempre é um meio aonde eu posso me libertar, sair desse mundo hipócrita e ir para um mundo de paz. Fico por 30 minutos seguidos fazendo manobras, me canso e sento em um banquinho.

- Coitadinha. Meus pêsames, Miih.- Diz Janaina saindo do tártaro para me incomodar, a olhei e vi que o cabelo azul tinha sumido, substituído pelo seu cabelo loiro. Prefiro o azul, mas fazer o que?!

- Vai se fuder, Janaina. Deu pra me seguir agora, foi?- Digo a empurrando.

- Hahaha...Sua mãe não te deu educação? Ops...Ela morreu, né?- Diz Ela debochada, acerto um tapa forte no meio da sua cara fazendo a mesma cair, me abaixo e puxo seus cabelos.

- Fala dela de novo que eu te mato resto de aborto. Pensa muito bem antes de tentar me magoar ou debochar de quem eu amo, vadia.- Digo soltando seu cabelo.

- Eu vou acabar com a sua vida. Você vai me pagar por tudo.....Aii  toma cuidado, a sua amiguinha Duda tava com seu namorado na pracinha.- Diz ela piscando pra mim.

- Vai dar em algum putero, mal amada.-Digo nervosa

 - Ahh, eu nunca faria isso. Sou uma moça de família, muito rica por sinal.- Diz ela se gabando

- Grande merda.- Digo saindo dali com o meu skate. Chego em casa e vou direto para o quarto, só que nas escadas ouço passos atrás de mim, me viro e vejo Rê.

- Minha querida, venha comer. Você não pode se destruir assim, eles ficariam tristes se visse suas atitudes.- Diz Rê me pegando pela mão.

- Fiz uma sopa maravilhosa. Espero que goste.- Diz ela colocando um prato para mim. Me sento, o máximo que consigo comer é 3 colheradas.

- Não quero mais.- Digo afastando o prato.

- Mirella, não faz assim. Eu sei que tudo isso que você está passando é muito ruim, pra mim também está sendo muito difícil, mas só quero que não se deixe abater por uma fase que a vida está te dando. Passe por essa barreira com todas as suas forças e sempre se lembre que eu estou do seu lado te ajudando.- Diz Rê beijando o topo da minha cabeça.

- Obrigada, Rê. Por tudo mesmo.- Digo a abraçando forte.

- Agora preciso descansar, amanhã será um longo dia.- Digo me levantando e indo até meu quarto. Tomo um banho e visto um moletom que minha mãe me deu no meu aniversário de 16 anos, ele era preto com rosa, só o usava para ocasiões especiais e essa com certeza é uma delas. Me deito na cama fazendo mil e uma forças para dormir, só que não consigo, me viro de um lado para o outro, até que ouço um assobio alto.

- Meu deus.- Digo em um quase sussurro. O assobio continuou, só que mais alto. Percebi que vinha de perto da minha janela, pensei várias e várias vezes para ver se ia, mas acabei que fui. A noite estava bastante estrelada e ventava um pouco. Abri a janela, ganhando logo em seguida uma pedrada na cabeça, coloquei a mão sobre o local e percebi que estava sagrando.

- Droga. Desculpa, pequena.- Diz Henrique subindo em uma escada. ( Que surgiu de Nárnia)

- O que está fazendo aqui?- Digo

- Vim te ver. Percebi que não aguentaria até amanhã...Mano. Mii, sua cabeça tá sagrando. Deixa que eu cuido disso.

- Não precisa. Me viro sozinha.- Digo entrando no banheiro e cuidando do machucado.

- Ei, eu cuido.- Diz Henrique me fazendo virar pra ele.

- Ata. Sério, não precisa. Eu sei me vira.- Digo

- Eu que fiz o estrago, então eu conserto.- Diz ele me puxando para mais perto.

- Ta bom...Não está mais aqui quem falou.- Digo levantando as mãos.

- Boa menina. - Diz ele acabando de fazer o curativo e logo em seguida beija o mesmo.

- Por quê não veio a tarde, só deixou pra noite?- Pergunto séria.

- Estava muito ocupado.- Diz Henrique que logo ia me beijar, porém eu desvio.

- Ata, então sua ocupação de chama Eduarda, por exemplo?- Digo me lembrando das palavras de Janiana e saiu do banheiro.

- Não, porque isso agora? Você não confia em mim? Quem te falou isso?- Diz Henrique também saindo do banheiro.

- Claro que confio. Só quero tira essa história a limpo, mas quer saber minha mente tem muitos problemas. Esquece o que eu falei, ok?- Digo e me sento na cama abaixando a cabeça.

- Não vou esquecer. Me diz quem lhe falou isso? Eu passei a tarde resolvendo as coisas dos seus pais. Se eu tivesse passado a tarde com a Duda não teria descoberto uma coisa um tanto...surpreendente.- Diz Henrique se sentando.

- Como assim?.- Digo e levanto minha cabeça.

- Olha...eu não queria te dizer agora. Queria esperar passar um tempo para você ajustar sua mente, mas não sei se vou poder te esconder isso por muito tempo.- Diz Henrique apreensivo.

- Me fala, Henrique.- Digo olhando nos seus olhos.

- É difícil, mas acho que você possa gostar da ideia. – Diz Henrique estralando os dedos rapidamente.

- Me conta, Henrique. Você tá me deixando nervosa.- Digo ainda o olhando.

- Bom...como eu estava resolvendo o enterro dos seus pais, acabou que os investigadores me falaram que encontraram na mala do seu pai uns registrados que segundo ele são da família. Na minha visão podia ser meros negócios familiares, porém quando peguei vi que era de um garoto um pouco mais velho que você, seu pai estaria desviando dinheiro para a conta desse garoto todo mês por 18 anos seguidos, porém o estranho é que ele tinha o seu sobrenome. Peguei essas informações e fui investigar mais, acabei que descobrindo que ele faz faculdade em São Paulo, vive com os pais adotivos de classe média alta e que ele é..o seu irmão.- Diz Henrique.

Meu Revoltado?!Onde histórias criam vida. Descubra agora