2050

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Só em 2050 as coisas começaram a se estabilizar, as comunidades tanto rurais como urbanas já conseguiam produzir alimento e energia solar ou eólica para si, porém com a vida melhorando começou o crescimento populacional, eu e Lu já estávamos casados e tínhamos duas filhas, chamadas de Lui e Ita, nessa época os pais começaram a dar aos filhos nomes sem gênero pois a divisão sexual já não fazia sentido na realidade que vivíamos, sem falar nas roupas, as roupas que usamos hoje as quais não diferenciam sexo, começaram nessa época também, hoje é tão estranho pensar que se faziam roupas diferentes e cores diferentes para cada sexo. Com o crescimento populacional a comunidades começaram a se organizar e procurar orientar as famílias, pois precisamos manter uma quantidade sustentável de pessoas e animais, para a boa alimentação de todos, cada casal era orientado a ter um ou dois filhos, o aborto era algo recomendado e feito com bastante cuidado e orientação em casos de gravidez indesejada, mas só acontecia em casos raros, pois havia diversos métodos contraceptivos de acesso a todos.

Os anos 50 foram também marcados pela investida em energia solar, as comunidades urbanas cresciam em avanços tecnológicos, trocados por animais e alimentos com as comunidades rurais, e a energia solar estava crescendo nas comunidades, as maioria das pessoas não tinha muito interesse e a energia só foi utilizada para melhorar a comunicação entre as comunidades e na produção que foi melhorada, fazendo com que as pessoas pudessem trabalhar menos. Lembro de grandes discussões sobre a energia, diziam que causaria mais produção e aumento da população, mas as pessoas não pensavam mais em quantidade como antes, mas em qualidade, e decidiram que preferiam trabalhar menos com a energia e manter a mesma quantidade de pessoas, assim teriam mais tempo para descansar e cuidar de uns aos outros, a claro, essa expressão "cuidar uns dos outros" é o que chamamos hoje de empatiar, nos naquela época já sentávamos em roda e conversávamos, brincávamos e trocávamos carinho e afeto com todos, mas não tínhamos dado um nome a isso ainda.

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