Capítulo 4

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Gustavo e Cecilia já estavam deitados, um de frente para o outro, ele acariciava o rosto da amada.

- Foi o melhor presente que você poderia ter me dado.

Nisso entrou Dulce, parou com as mãos na cintura.

- Como assim? O presente é meu também. – disse indignada.

- Claro, filha! Seu irmãozinho é um presente pra todos nós. – respondeu sorrindo.

Subiu na cama e deitou entre os pais.

- Quando eu vou poder pegar ele no colo?

- Daqui a uns oito meses, meu amor. – respondeu Cecilia.

- Tudo isso. – disse fazendo beiço. – E onde ele vai ficar todo esse tempo, mamãe?

- Aqui. – respondeu Cecilia com a mão sobre a Barriga.

- Mas como ele cabe na sua rabiga, mamãe? – disse com um olhar curioso.

- Ele é muito pequenininho agora, Dulce. E vai crescendo devagarinho.

- Posso falar com ele, mamãe?

- Claro, meu anjo!

Dulce chegou bem perto e deitou a cabeça no abdômen de Cecilia.

- Irmãozinho, cresce rapidão pra gente poder brincar logo, viu?!

Gustavo e Cecilia sorriram diante da cena.

Orfanato Meninos de Deus

- Boa tarde, em que posso ajuda-los? – disse a Irmã Joana, diretora do Orfanato.

- Boa tarde, meu nome é Gustavo Larios e essa é minha filha Dulce Maria. – disse apertando a mão da mulher. – minha esposa foi criada nesse orfanato e a minha filha teve a ideia de fazer uma surpresa pra ela no Dia das Mães, levando lá em casa as duas Irmãs que cuidaram dela: Irmã Paula e Irmã Maria.

- É um gesto muito bonito da sua filha, esperem que eu vou chama-las. – disse saindo da sala.

Em alguns minutos entraram duas senhoras que aparentavam ter entre 50 e 60 anos. Dulce Maria assumiu a conversa:

- Oi, meu nome é Dulce Maria. – disse apertando a mão das duas. – eu vim até aqui porque quero fazer uma surpresa de Dia das Mães pra minha mamãe Cecilia.

- E do que se trata essa surpresa, menina? – perguntou Irmã Paula.

- Ela contou que ela e a tia Fatima, que é irmã dela, foram criadas por duas freirinhas que eram como se fossem mães delas. Eu pensei em levar vocês lá em casa esse domingo. – disse com uma carinha esperançosa.

- Cecilia... vocês têm alguma foto dela?

Gustavo pegou o celular e mostrou uma foto dos três sorrindo abraçados.

- Claro, a Cecilia, um amor de menina. – disse Irmã Maria. – então ela é sua mãe, Dulce Maria?

- Desde que casou com o meu papi, é. – respondeu apontando o dedo pra Gustavo. – e agora ela vai me dar um irmãozinho. – falou toda orgulhosa.

- É claro que nós iremos à sua casa, faz tanto tempo que não vemos a Cecilia.

- Eu busco vocês no domingo para almoçarem lá em casa.

- Não precisa, senhor Lários, nos dê o endereço e nos encontramos lá.

A semana passou rápido e já era manhã de domingo. Dulce entrou sem fazer barulho no quarto dos pais, subiu na cama e abraçou Cecilia.

-Feliz Dia das Mães!!!

Cecilia acordou, sorriu e abraçou a pequena.

- Obrigada, meu amor.

Gustavo acordou e abraçou as duas.

- Feliz Dia das Mães, meu amor!

- Obrigada, eu te amo. – disse beijando Gustavo.

- Pra você, mamãe. – disse entregando o desenho e o cartão que tinha feito no colégio. – e essa é minha e do meu irmãozinho. – disse entregando uma rosa amarela pra Cecilia.

- Eu te amo, minha filha. – disse com lagrimas nos olhos.

- Está na hora de tomar café, irmãozinho, eu e o papai temos uma surpresa pra mamãe. – disse com a mãozinha na barriga de Cecilia.

- O que é? – perguntou Cecilia curiosa.

- Nem adianta olhar com esses olhinhos, mamãe, que o papai e eu não vamos contar.

Cecilia olhou para Gustavo.

- Socorro, filha, sua mãe está me olhando com esses olhos lindos. – disse sorrindo.

Dulce Maria rapidamente tapou os olhos do pai com as mãozinhas.

- Não vale, mamãe! – disse rindo. – Vem papi, eu te protejo. – os três desceram até a sala rindo e brincando.

Tomaram café e foram assistir desenhos animados com a Dulce.

- Papi, você ligou pra tia Fatima, pra tia Perucas, o tio Vitor e o Tio Gabriel?

- Sim, filha, avisei todos ontem que o almoço era aqui, chamei também a Irmã Fabiana.

Às 10 horas todos já haviam chegado, com exceção da surpresa pra Cecilia.

Dulce Maria subiu na cadeira e bateu na taça com uma colher.

- Atenção, pessoal, meu papai e minha mamãe querem falar.

Silvestre passou com uma bandeja distribuindo taças de champanhe, Cecilia pegou uma taça com água.

- Quero comunicar a todos vocês que a Cecilia e eu vamos ter um filho.

- IUPIIII!!!!!! – gritou Dulce erguendo sua taça de refrigerante. Todos se juntaram a ela brindando. E depois foram abraçar e parabenizar Cecilia e Gustavo.

A campainha tocou, Dulce correu até Cecilia.

- Vem mamãe, chegou a surpresa. – disse puxando Cecilia até a porta.



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E então, estão gostando?

Continuo escrevendo?


O primeiro Dia das MãesOnde histórias criam vida. Descubra agora