Poemas, chuva e um café

As luzes

Quando a cidade se cala
Por causa da noite sombria
É quando meus pensamentos
Fazem um barulho
De uma turbina de avião
Ecoam seu nome,
Seu rosto
Fazem com que eu não consiga dormir.

Levanto da cama
Atormentada pelos meus fantasmas
Minhas inseguranças
Meus medos
Meus ciúmes
Minha raiva
Minha melancolia

3 da madrugada
Estou na varanda do meu pequeno apartamento
Vários prédios estavam escuros
Mas havia alguns com luzes acesas
Algumas pessoas atormentadas que nem eu, será?
Alguns carros desgovernados passam rápido pela grande avenida

As poucas luzes quebram a sombriedade
A cidade não está mais tão escura,
Tão sombria.

5 da manhã
As luzes se apagam
Para dar lugar a luz do Sol
Tão linda e brilhante.
Lembro-me de seus olhos
Tão reluzentes

A cidade agora se acorda
Para trabalhar
Para ir à escola
Para qualquer compromisso
Todos seguem com suas vidas

E eu não tiro você da cabeça
Seu sorriso
Seu olhar
Seu jeito
Por que me torturar com tais coisas tão perfeitas?
Será que você pode escutar eu chamar teu nome tão intensamente como fiz essa noite?