Poemas, chuva e um café

As Cores

Ela via o mundo em preto e branco
Ela achava que tudo era a mesma coisa
Que era exatamente o que parecia ser.
Ela simplesmente procurava por alguém que lhe desse as cores que faltavam, que lhe completasse.
Alguém que a fizesse ver o mundo diferente
Que a fizesse ver as pessoas diferentes
Mas ela vivia frustrada por nunca achar essa pessoa
Por nunca ser aceita pelas pessoas
Como ela é
E seu mundo acabava ficando cada vez mais cinzento e sombrio
Ela tinha mágoas, rancores, raiva, ódio.
Sua aura estava suja
Pedia por ajuda e só ela não percebia
Até que decidiu que queria mudar
Desistir de tentar achar a felicidade em pessoas
Por que procurar em outros o que você só pode achar em você?
A luz era dela
O sorriso era dela
O amor era dela
A felicidade era dela
A cor era dela
E ela apenas precisava querer tê-los
Porque dependia dela
Se ela quisesse ver tudo como cinza e preto, ela veria.
Se ela queria cor, ela também poderia vê-las.
Quando percebeu isso
Quando ela se achou no mundo
Tudo começou a clarear
Seu sorriso é alegre
Seus olhos brilham
Seu amor é maior
Sua aura se limpa.
As cores... O vermelho de que tanto gostava, mais vivo que nunca, o roxo numa tonalidade que fazia a cor brilhar, o amarelo do sol era vibrante, o verde da natureza nunca foi tão bonito. Até o preto que via constantemente era outro...
E assim ela viu
Que precisava se amar
Pra amar alguém
Pra querer alguém
Como amar se não se amar?
Tudo parecia fazer sentido
Ela agora, refletia um arco-íris de cores vivas e vibrantes, como deve ser...