O bar

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Havia me perdido pelas ruas de minha pequena cidade Cachoeirinha, andava procurando uma forma de entrar em contato com alguém da minha família, para conseguir voltar para casa, odiava ficar sozinha, pois me sentia assustada e muitas vezes entrava em pânico como se eu fosse ser devorada por, sei lá o que, só sentia muito medo. Depois de tanto andar por uma rua deserta fiquei cansada dando uma pausa para respirar e olhar em volta novamente, enxerguei uma luz a distância da onde me encontrava e resolvi ir até lá com intuído de pedir ajuda, voltei a caminhar e logo apressava os passos com pressa de chegar até o local desejado e desejando conseguir um celular com alguém para poder ligar pra minha família, afim de esperar que me busquem. Chegando ao lugar vi que era um bar 24h, abri a porta me deparando com bêbados e prostitutas por todo lado, só havia uma pessoa sozinha naquele lugar, que não parecia querer companhia de ninguém. Fui até a bancada do bar e pedi um celular ao dono hesitantemente, expliquei que havia me perdido e queria ir pra casa, o homem que parecia ter mais um pouco de idade me olhou da cabeça aos pés e logo pediu para me retirar, pois adolescentes não eram permitidos naquele lugar e eu temerosa me afastei reparando novamente no rapaz sentado sozinho bebendo, me aproximei dele e perguntei se ele me emprestaria seu celular, porém, ele nem me olhou, ficou ali imóvel sem expressão ou sentimento algum. - Com licença moço é que me perdi e... sou menor de idade... quero ir pra casa. -falava hesitando, mas nenhuma reação dele até que perdi a paciência por estar sendo ignorada e falei novamente que precisava de um celular, tentei me acalmar e pedi que me olhasse pelo menos, quando de repente ele se vira para mim, seu rosto era tão perfeito e lindo que me hipnotizou, seus olhos azuis e cabelos negros, pele clara e boca carnuda e vermelha, não consegui não reparar, o rapaz me encarou e se levantou da sua cadeira com a mão em baixo do casaco.

-Você é irritante garota, crianças deveriam estar dormindo agora não?

Falou ele me deixando completamente irritada com seu modo de tratar as pessoas, eu sei que talvez tivesse me passando demais da conta de tanto tentar falar com ele, mas isso não justificava sua mau-educação. - Esse é o motivo por estar te pedindo o celular, para poder ir pra casa e dormir como todas as crianças. -retruquei ele só por raiva, normalmente sou calma, mas não gosto de pessoas ignorantes, eu explodo e consigo ser uma pessoa um pouco ruim também. O rapaz riu de mim e logo voltou a me encarar com seus belos olhos azuis, e que belos eram.

-Garota venha comigo, vou te emprestar o celular lá fora.

Desconfiada pela expressão "Venha comigo" o segui até a entrada do bar, e logo de dentro do casaco todo preto ele puxou um celular e me entregou, deixou claro que eu fosse rápida e eu fiz minha ligação rapidamente logo em seguida desligando seu celular e o entregando, me despedi com um agradecimento e logo comecei a andar me afastando do bar, quando me dei conta de ter alguém atrás de mim, tentei andar um pouco mais rápido e ouvi que seus passos também aceleravam, comecei a correr sem olhar se era apenas uma pessoa passando (impossível, quase impossível ) ou se era o rapaz que me emprestará o celular tentando falar comigo, aquele pensamento me fez olhar para trás rapidamente, não vi nada me seguindo, ri de mim mesma, era minha imaginação pregando uma peça em minha cabeça, ia me virar e senti uma pancada forte na cabeça me fazendo perder a consciência.

Assassino AmávelOnde histórias criam vida. Descubra agora