Jack?

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Saí da casa e olhei em volta, estávamos em uma floresta, percorri com o olhar tudo o que conseguia sem ver uma alma viva ou outras casas, tudo que tinha ali eram árvores e árvores junto de mato e mato. Ele começou a andar e eu ainda em choque o segui em silêncio, tinha esquecido até sobre a fuga tentando entender o motivo dele ter me raptado e ser um maníaco louco se parecia apenas irritante e brincalhão quando me emprestou o celular, olhei para suas costas já que caminha atrás dele.

-Não adianta me olhar achando que eu não percebo, tente fugir e morre.

Ele disse, mas eu não pensava em fuga naquele momento e apenas continuei o encarando pelas costas.

-Já avisei o Barbie girl.

-Não penso em fugir eu só estou pensando o porquê me raptou. -falei sem pensar.

-Não te interessa cretina.

-Eu só queria ir pra casa, não imaginei que seria raptada.

-Sai falando com estranhos em altas horas da noite. Viu? Vá para baladas e se ferra depois.

-Eu não estava em baladas. Estava vendo uma escola de artes.

Ele parou bruscamente e me dei conta que o estava respondendo em vez de ficar quieta, o medo me possuiu enquanto ele se virava para mim.

- Escola?

-Eu me perdi enquanto tentava voltar para casa. -Respondi de cabeça baixa.

-Que pena né boneca?

De repente ele se virou e continuou a andar bruscamente novamente. Andamos até chegar a um carro, ele abriu a porta do motorista e me disse que entrasse no banco da frente, no passageiro.

Dentro do carro ele deu a partida, coloquei o sinto e enquanto ele acelerava eu olhava para frente completamente apavorada do que aquele psicopata faria a seguir, chegamos a uma boate e ele mandou eu descer, estranhei aquele fato, desci do carro e logo ele desceu batendo a porta e seguindo em direção da entrada, eu me recusava a entrar naquele lugar, mas não possuía escolha então o segui.

Dentro da tal boate eu não deixei de reparar nos olhos em cima de nós, eu era tímida quando me encaravam dessa forma, estava com medo, ele, porém se misturou rapidamente e logo me deixou ali sozinha. "Minha chance" pensei e olhei em volta, nada dele quando senti uma mão no meu ombro, olhei para trás e ali estava ele me segurando com um sorriso gentil que pra mim mais significava "não tente nada, estou avisando".

-Tá vendo toda essa gente? Irá se misturar, e pegar um homem, leva-lo pra fora da boate pra um beco aqui atrás e lá vai me esperar.

-O que vai fazer com ele?

-Isso é problema meu só faça o que eu mando entendeu?

-Entendi.

Olhei o tanto de garotos que ali tinha ali e pensei comigo "Vestida desse jeito quem vai me querer?" Olhei e olhei sem saber pra onde ir ou por onde começar quando senti uma mão novamente me segurando pelo ombro.

-Que demora, se mexa.

-É que eu nunca peguei ninguém.

-Não perguntei, se vira, eu quero ver você dar em cima de um deles agora.

-Mas eu...

-Mas o que?

-Nada.

Sem saber o que fazer fui andando e tropecei várias vezes e esbarrei em algumas pessoas que inevitavelmente me xingaram por isso, não conseguia chegar em ninguém, sempre que tentava logo recuava, tinha medo.

Uns minutos depois tomei um pouco mais de coragem e falei com um garoto que me olhou da cabeça aos pés e riu, eu no início não entendi nada até que ele chama um amigo pra conversa.

-Olha essa mina, não parece uma vovó?

-Sim, vovó gata, mas vovó.

-Não pego vovós.

-Não pegamos vovós

Eu só os ouvia falar aquelas coisas e bem eu nem ligava, minha vida está em perigo bullyg é o de menos agora.

-Essa vovó pode dar muito prazer.

"Nunca me imaginei dizendo isso, que vergonha."

-Pode?

-Pode.

-Duvido.

-Vem comigo então e eu te mostro.

-Demorou.

Saímos deixando o outro pra traz com uma cara de espantando. Segui as instruções que foi me dada e o levei pro beco atrás da boate, inevitavelmente ele começou a me beijar e lamber meu pescoço, passamos um tempo assim, me sentia suja e repugnante, mas era minha vida ou isso e eu preferi isso.

Ele tirou minhas roupas me deixando só de calcinha e sutiã e assobiando me olhou da cabeça aos pés.

-Gostosa você em?

   "Quero morrer, quero morrer."

-Acha?

-Muito.

Ele começou a lamber na região dos seios até que vi uma sombra atrás da gente e quando vi ele caia a minha frente.

-Presa sem vergonha essa aí em? Fazendo esse tipo de coisa em um beco escuro...

-Quem é você?

-Jack, prazer.

-Jack?

-Bem-vindo ao inferno sanguinário.

-Que?

De repente Jack levantou o ferro que segurava em umas das mãos pronto pra bater nele, assustada olhei pro rapaz que apenas o encarava com pavor em seus olhos, voltei a olhar pra Jack que tinha um sorriso maléfico no rosto.

Quando me dei por conta estava pulando em Jack que caiu no chão, olhei pro garoto que se levantou e correu me deixando aqui.

    "Egoísta salvei sua vida."

-Viu o que você fez? Ele fugiu.

Fui empurrada com força e dei contra a parede quando ele se levantou e me encarou com raiva nos olhos.

Fechei meus olhos esperando a morte, mas não podia cooperar com ele daquela forma, ele ia matar uma pessoa inocente e eu seria cúmplice, isso não de jeito nenhum.

-Vai me matar? -Minha voz saiu fraca e trêmula.

-Não. Você merece, mas ainda não, vamos embora agora.

Ele me puxou pelo braço e seguimos ao carro, fez um sinal para que eu entrasse e eu obedeci entrando no veículo.

-Mel. Não volte a atrapalhar meu serviço, da próxima vez eu a mato.

Ele me avisou com um tom de voz alto e claro me fazendo sentir muito medo dele. "Espera, como ele sabe meu nome?" Jack sabia meu nome, mas como? Nunca o disse a ele.

-Seu nome é Jack certo?

-Cala boca.

-Jack bem.

-O que você quer?

-Como sabe meu nome?

-Tenho te investigado um pouco.

-Jack?

Assassino AmávelOnde histórias criam vida. Descubra agora