O psicopata e a suicida

O que você é?

"Aluno de 16 anos expulso por desfigurar o rosto de um de seus seus colegas por ter xingado sua mãe"
"Aluno de 16 anos  expulso por tentar explodir a sala de aula com os alunos lá dentro"
"Aluno de 17 anos expulso por agredir a professora"
"Aluno com graves distúrbios mentais"
E a lista se extendia... Mas eu queria mais, saber mais..  Então peguei o endereço na ficha e fui até sua casa.
Chegando lá percebi que era uma casa mal cuidada, totalmente pixada, e uma mulher saiu de lá:
- o que você quer garota? - e soltou fumaça de um cigarro que parecia ser ilícito
Eu olhei na ficha e seu nome estava lá "David Dantas".
-estou a procura de David Dantas, sou rebeka wilson, colega da escola dele.
Ela me olhou de cima a baixo e disse baixo "nada mal" antes de gritar "o garoto, vem cá" e entrar para dentro de novo.
Ele saiu com o cabelo desarrumado, e com cara de sono, ao me ver passou as mãos pelos cabelos cacheados e castanhos e começou a rir, extericamente. Eu fiquei ali plantada sem dizer uma palavra enquanto ele ria, parecia outra pessoa, outra coisa.
- o que você quer? - Ele soltou um sorriso irônico.
- na verdade, nada, acho melhor ir embora. - me virei para sair da frente de sua casa, porém ele me puxou bem para perto.
- não desperdice a viagem, vamos, entre.
E me puxou para adentrar  em sua casa, drogas para todos os lados, misturadas com sujeira e lixo, ele me arrastou para dentro de seu quarto e fechou a porta me jogando na cama.
- você não deveria vir a casa de um estranho a essas horas, não se sabe o que ele pode te fazer... -com essas palavras ele subia em cima de mim, porém em um piscar de olhos ele saiu de cima, ficou de pé e começou a me analisar.
Depois olhou para a cômoda ao lado, e começou a bater a cabeça na parede dizendo "eu sou o culpado? Eu sou o culpado, eu sou o culpado? Eu sou o culpado".
Eu permaneci imóvel, sem esboçar reação, até ele se virar e dizer:
- por que você está aqui?
- eu queria saber, quem é você?
- por que iria querer falar com alguém que preferia te ver morta do que viva? - eu congelei novamente - você ficaria linda morta, seu corpo preservado no gelo, ficaria o tempo todo te observando, mas não se preocupe, não vou te matar, você sozinha já está fazendo um ótimo trabalho... - ele olhou as marcas em meu pulso.
Eu me levantei e ia sair mas ele me impediu:
- você já vai?
-sim
-você não pode ir, nós não terminamos aqui.
Eu  empurrei-o e desci as escadas correndo, ele me puxou novamente e colocou uma faca em minha garganta.
- Devo mata-la agora? Ou depois? Mas uma coisa eu juro, vou matar você.