A Punição

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E chega o jugo da noite
Eu sinto o choro nos lábios
Os meus sentidos não-sábios
Ferem-se. Sangram. Açoite.

Veja-me do alto da corte
Do luxo do seu palácio
Enquanto pensas que é fácil
Viver. Sentir o açoite.

Minhas pobres mãos sujas, clandestinas
dentro do próprio plano da existência
Como o simples sopro que desafina

Como essa corda esticada tão tensa
Esperando a interferência divina
O açoite. O chicote. Arrebenta.

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