Saio da sala e sigo para a lanchonete mais próxima. Como um lanche bem rápido e sigo para o ponto de ônibus.
Entro no ônibus e me sento. Coloco os fones de ouvido com a música no volume mais alto e fecho os olhos. Viajo na música tentando esquecer de tudo.
Chego na minha quitinete, que por sinal está uma bagunça. Me jogo na cama e apago.
O celular começa a tocar, mostrando ser um número desconhecido.
-Olá senhorita Alice. Estamos apenas ligando para avisar que você tem até amanhã para pagar o aluguel, senão será despejada. - apenas desligo o celular e começo a resmungar como uma criança.
Desço as escadas e começo a andar pela rua totalmente sem esperanças, pois minha vida só desmoronava cada vez mais. Chego ao final do quarteirão e me sento ao lado de um mendigo na calçada.
-O que alguém como você está fazendo aqui do meu lado? - ele diz surpreendido.
-Minha vida acabou! Estou péssima no meu primeiro ano da faculdade, não consigo pagar minhas contas e não sei mais quais são meus objetivos nesse mundo. O melhor a se fazer é me render logo e ficar aqui para sempre com meu par de botas super caros que eu parcelei em dez vezes! - começo a soluçar de tanto chorar com meu desabafo super dramático.
-Desabafar é bom colega, mas agora levanta e vai fazer alguma coisa para mudar sua vida. Você não chegou no fundo do poço ainda como eu. Não perca as esperanças minha jovem! - apenas concordo e levanto confiante de que a vida ainda poderia me oferecer algo de bom.
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O diário de uma caloura
RandomViver em um lugar novo, com novas oportunidades e novas pessoas pode ser interessante. Porém, a realidade é que sempre criamos muitas expectativas para tudo, mas essa é uma das fases da vida em que isso não tem lugar, o único foco é a mais pura vers...