Capítulo 3

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Vou direto para meu emprego provisório de atendente em uma loja de roupas. Coloco meu uniforme e começo meu trabalho como todos os dias. Vejo que uma mulher esqueceu sua carteira no balcão. Pego a carteira e começo a correr atrás da cliente e lhe entrego seu pertence.
-Muito obrigada moça! Aqui tinha um cheque com um valor muito alto que eu ia depositar no banco. Espere um instante. - ela apanha um cheque em branco e coloca uma quantidade razoável me entregando.
-Muito obrigada, mas não precisava! - começo a falar isso repetidas vezes, enquanto a mulher me dá um sorriso e prossegue.
Volto para casa com um sorriso de orelha a orelha. Começo a acreditar que minha vida está melhorando.
Para comemorar vou para um restaurante da cidade e chamo minha amiga. Fico esperando por ela para fazer o pedido, mas ela não chega.
- O que a senhorita faz aqui esperando alguém por tanto tempo? - o garçom diz.
-Acho que minha amiga não vai chegar. Vou pedir o de sempre. - digo desanimada.
-E o que seria o de sempre?- ele pergunta confuso.
-Me desculpe, esqueci que você é novo por aqui. O de sempre seria frango a parmeggiana.
-Posso te acompanhar? Meu horário de expediente acaba agora e já que você está tão triste gostaria de uma companhia?
-Fique a vontade, eu só estou com muita fome! - digo dando uma curta risada.
Alguns minutos se passaram e a comida chega. Começamos a conversar de como é difícil a vida adulta e todas suas paranóias que ela causa quando não conseguimos pagar as contas no final do mês.
Assim, quando chego em minha pequena residência apenas adormeço tranquila por ter pago o aluguel a tempo.

O diário de uma calouraOnde histórias criam vida. Descubra agora