Capítulo 48 Sempre juntos

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Maria Fernanda narrando:

Acordei, abri os olhos lentamente desejando que tudo não passase de um pesadelo, mas quando olhei ao meu redor estava na enfermaria, infelizmente tudo era verdade.
Logo mamãe entrou e veio até mim:

LORENA: bom dia filha.

FERNANDA: já é de manhã mãe?

LORENA: sim filha, depois que injetei aqueles calmantes em ti, tu dormiu a tarde e a noite toda, acordando só agora.

- Nossa esses calmantes de mamãe eram realmente fortes, antes eu perguntaria o nome, para poder toma-los as escondidas e conseguir dormir, agora não faz diferença, dificilmente preciso de calmantes para dormir, pois com Do durmo sempre bem.
Espera falando nele, como será que ele está?

FERNANDA: mamãe como está o Do?

- Ela me olhava apreensiva e eu tive certeza que não vinha notícia boa.

LORENA: filha ele tá estável, a bala foi retirada, aparentemente está tudo bem, porém o corpo dele não está reagindo e o mesmo não acordou.

As lágrimas eram impossíveis de controlar, a dor em meu peito era agonizante, o medo de perde-lo me apavorada.

FERNANDA: mãe por favor eu preciso vê-lo, não posso deixa-lo morrer.

LORENA: você precisa se acalmar filha.

FERNANDA: nem vem com seus calmantes de novo mãe, eu preciso do Do e ele de mim, ele nunca me abandonou e eu também não vou abandoná-lo.

LORENA: tudo bem filha, vou te levar até ele, sei o quanto você o ama, e entendo seu lado, mas tenta ficar calma.

- Como assim ela sabe que eu o amoAh claro eu falei isso ontem, e ela nunca mas vai esquecer.

FERNANDA: é amor de amigo mãe.

LORENA: sei. Não vou discutir sobre isso, agora não é o momento.

FERNANDA: verdade mãe agora só o que importa é a vida dele.

LORENA: sim, venha comigo.

FERNANDA: tá né.

- Segui-a por alguns corredores e então chegamos no UTI.

LORENA: é aqui filha.

FERNANDA: ele tá no UTI mãe?

LORENA: sim, quer que eu entre contigo?

FERNANDA: não mãe, eu preciso fazer isso sozinha.

- Mamãe apenas assentiu e foi embora. Eu fiquei ali chorando por um tempo, mas criei coragempassei as mãos no rosto, girei a maçaneta da porta e entrei.

Do estava deitado na cama ligado a vários aparelhos, sua pele  estava pálida, seus lábios esbranquiçados e os olhos fechados, parecia dormir um sono profundo, eu me aproximei dele e toquei seu rosto, depositando um beijo em sua testa, peguei uma cadeira e coloquei ao lado dele, segurei sua mão e disse "estarei do seu lado até o fim."
Ali sentada, observando-o eu me permiti chorar mas uma vez, dessa vez o choro era tanto que eu não conseguia evitar os soluços e os gritos de desespero, era horrível ver o meu Do naquela situação, eu preferia morrer ao perde-lo.
Meu choro tornou-se cada vez mas alto ao lembrar-me dos nossos momentos juntos, atraindo a atenção dos enfermeiros e logo apareceram dois tentando me tirar do quarto, mas minha mãe chegou e falou pra eles que eu era filha dela e ela já havia falado com a direção do hospital e pedido para que eu ficasse no quarto com o rapaz.
Os caras não discutiram me soltaram e logo saíram.

LORENA: filha tenta se acalmar, você está no hospital não pode ficar aqui nesse estado.

FERNANDA:tudo bem mãe.

LORENA: não está nada bem, e você sabe disso.

FERNANDA: ei vou ficar bem tá?
- Mamãe me abraçou forte e saiu me deixando sozinha com Douglas de novo.

Voltei a fitá-lo ainda chorando, porém agora chorava silenciosamente. Sentei ao lado dele, e mas uma vez segurei sua mão, toquei seu rosto e seu cabelo, Douglas era realmente muito lindo, e muito importante para mim, mas do que eu mesmo podia imaginar, quando vi ele naquele estado, eu só queria esta no lugar dele e caso ele morrese eu morreria com ele pois nada mas faria sentido, ele é o sentido da minha vida, levantei da cadeira e deitei na cama ao lado dele, abracei-o da mesma forma que ele fazia comigo quando eu estava triste, e orei para Deus protegê-lo e traze-lo de volta para mim.

Douglas é bem mas importante do que Nanda imaginava, o que será que ela sente?

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Uma decepção que pode mudar uma vidaOnde histórias criam vida. Descubra agora