14 - São Materno

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É conhecido apenas como o primeiro bispo da história cristã da cidade de Colônia, na Alemanha

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É conhecido apenas como o primeiro bispo da história cristã da cidade de Colônia, na Alemanha.
Desde o século IV, se criou uma tradição cristã, na cidade de Trevire, na Alemanha, segundo a qual Materno teria vindo da Palestina.
E não é só isso:
o próprio apóstolo Pedro é que o teria enviado, para divulgar o Evangelho ao mundo germânico.

Essa tradição fazia de Trevire a primeira sede episcopal cristã da Alemanha e, portanto, dotada de jurisprudência sobre as demais, por uma questão de antigüidade.
A personagem de Materno, o Bispo de Colônia, é de fato muito importante para a história Igreja, que já estava liberta das perseguições externas, por obra do imperador Constantino.
Mas a ela continuava exposta às divisões internas dos cristãos que, insistentemente, prejudicavam a si próprios.

Materno é um de seus pacificadores, convocado a deixar a Alemanha para resolver um grande conflito nascido no norte da África:
o cisma donatista.
Liderados pelo bispo Donato, esse grupo de radicais tinha uma visão extremamente elitista, era totalmente contrário às indulgências e pregava a segregação dos bons cristãos daqueles infiéis e traidores.
Os donatistas consideravam traidores os cristãos que, por medo, durante a perseguição do imperador Diocleciano, haviam renegado a fé e entregue os Livros Sagrados às autoridades romanas.
Inclusive, negavam-se a aceitar a re-inclusão dos sacerdotes que haviam agido desta maneira, bom como a inclusão de novos sacerdotes, caso também tivessem sido considerados, anteriormente, indignos.
E por isto, os donatistas de Cartago, não reconhecem o novo Bispo Ceciliano, porque um dos Bispos que o consagraram havia renegado à fé, durante as perseguições.

Chamado para arbitrar o imperador Constantino, em 313, escreve ao Papa Melquior, de origem africana, para convocar o Bispo Ceciliano, bem como outros, favoráveis ou não à sua questão, para uma decisão final, imparcial.
E ainda o informa que os Bispos:
Materno da Alemanha, Retício e Martino da França já estavam a caminho de Roma.
O imperador Constantino, obedecendo a suas conveniências políticas, promoveu um ato incisivo no colegiado eclesiástico, afiançando o caso africano também aos bispos da Alemanha e França.

Mais nada se sabe de Materno depois dessa importante missão em Roma, que se concluiu com a sentença favorável ao Bispo Ceciliano.
Mas este cisma não terminou, mesmo contando também com notável presença de Santo Agostinho, Bispo de Hipona.

Entretanto, em Trevire, a fama de santidade de seu primeiro Bispo, faz a figura de Materno tomar vulto e a população começa a venerá-lo.
Ao longo dos séculos, a Catedral de Trevire, que abriga as relíquias de São Materno, foi reconstruída e hoje podemos ver o grau de devoção dos fiéis estampado nos vitrais deste templo.
Este culto foi autorizado pelo Vaticano, em conseqüência desta devoção secular e, ainda presente nos fiéis, a data de sua tradicional festa litúrgica no dia 14 de setembro, foi mantida.

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