Uma surpresa bem-vinda

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Desculpa a demora gente, mas vamos lá pra mais um capítulo. Aproveitem!

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Tina e Newt decidiram passar a noite de núpcias e a lua de mel no mesmo local que posteriormente seria seu lar. Uma casa no mesmo vilarejo onde residiam Jacob e Queenie, pequena mas aconchegante e confortável o suficiente para constituir uma pequena família. Não obstante, eles não conversaram sobre “constituir familia”, ou seja, quando teriam filhos e tudo. Newt imaginava que, dado o ritmo de vida que ele levava – constantes viagens, muitas delas acompanhado da esposa – e, até mesmo, o fato de que Tina nunca foi o tipo de mulher criada para ser apenas dona de casa e mãe reprodutora; Newt via nela uma mulher com ideais fortemente modernos: ela era absolutamente dedicada à carreira – que por hora estava adiada uma vez que ela decidira ajudá-lo nas buscas às criaturas mágicas – e, não que isso significasse que ela nunca quisera ser mãe, mas apenas... Não tão cedo. Consciente disso, Newt resolveu aderir ao silêncio sobre o assunto e deixar que tudo acontecesse naturalmente. No mais, eles eram perfeitamente felizes com suas criaturas que eram cuidadas e amadas como se fossem de fato seus filhos.

Até que, 4 meses depois de casados e a Guerra Mundial avançava além das fronteiras alemãs, atingindo principalmente países como Polônia e Rússia; e o domínio terrorista  de Grindewald seguia o mesmo ritmo. A Inglaterra permanecia, de alguma forma, intacta à esses avanços, mas não deixava de ser uma situação preocupante. Newt agradecia intimamente que sua esposa atualmente não estivesse trabalhando como auror, ou então ele viveria em constante preocupação. Ademais, todos seguiam suas vidas em alerta até que Newt e Tina receberam uma notícia maravilhosa: Jacob e Queenie esperavam seu primeiro bebê.
Tina bem sabia que sua irmã não tardaria a encomendar uma criança, afinal, Queenie sempre teve um instinto maternal absurdamente avançado, e era facilmente perceptível que ela e Jacob encaravam a reprodução como algo natural: Tina desconfiava que esse seria apenas o primeiro de muitos sobrinhos que Queenie lhe daria e elas estavam absolutamente felizes com isso. A notícia foi dada durante um jantar que já virara hábito entre os dois casais.

- Meus parabéns! – exclamou Tina, abraçando calorosamente a irmã. – algo me dizia que esse bebê não ia demorar a chegar. – acrescentou ela, com um sorrisinho.

- Eh bem... eu até queria esperar mais um pouco, mas você conhece sua irmã: ela sempre consegue o que quer. – riu Jacob.

- Como assim, você não queria esse bebê? – exclamou Queenie, indignada.

- Deixe disso, boneca, você sabe melhor que ninguém o quanto estou feliz.

Newt se limitou a dar um abraço em Jacob e sorrir afetuosamente para a cunhada. Jacob e Tina, que já estavam acostumados à sua peculiar forma de se expressar, não estranharam nada; Queenie, porém, ao trocar olhares brevemente com o cunhado, avançou rapidamente por seus pensamentos e constatou um pequeno problema. No entanto, ela permaneceu silenciosa, haveriam outros momentos para discutir isso.

Sete meses depois, Newt e Tina viajaram para a África com a intenção de estudar e catalogar uma nova criatura que Newt chamava de Owshiwa – assemelhava-se a um dragão com tentáculos no lugar das pernas e não expeliam fogo – , era deveras perigoso, mas o casal já se habituara a tais aventuras. No fim, os estudos sobre o Owshiwa demorou mais que o esperado e quando eles voltaram, um mês depois, a gestação de Queenie já estava em pleno avanço e a protuberância em seu estômago era nítida à distância.

- Descobri que posso ler a mente dele – Queenie explicava para Tina sua nova descoberta enquanto Newt, com um pouco de magia, ajudava Jacob a construir um novo espaço na casa para acomodar a criança que estava para chegar. – quer dizer, não são pensamentos totalmente decifráveis como o de uma criança de 3 anos ou um adulto, mas ele expressa algumas emoções que consigo ler: Jacob criou o hábito de “conversar” com ele através da barriga e, numa dessas conversas, ouvi algo como “eu gosto da voz dele... meu papai”. Foi tão lindo, Teenie!

- Tenho certeza que foi. – sorriu Tina. – e você sabe se é um menino ou uma menina?

- Sou Legilimente e não vidente, Teen – riu Queenie – mas tenho fortes suspeitas de que teremos uma garotinha.

As suspeitas de Queenie se confirmaram duas semanas depois. Newt e Tina estavam em casa prestes a ir para a cama quando ouviram um farfalhar de asas e um tec tec vindo da janela; uma pequena coruja pousara no batente, um bilhete amarrado à perna.

- Quem será que mandou cartas tão tarde? – reclamou Tina, enquanto Newt desamarrava o bilhete e a coruja partia imediatamente: não esperavam resposta.

- Jacob. – respondeu Newt, apreensivo. – acabaram de chamar a parteira: Queenie está dando a luz.

Mil borboletas começaram a dançar no estômago de Tina. Ela tinha que ir e ficar ao lado de sua irmã num momento tão importante, mas ela estava estranhamente e absurdamente nervosa.

- Vamos – ela disse. – com certeza estão nos esperando.

O poder da vida - CONCLUÍDOOnde histórias criam vida. Descubra agora