Ela Chegou!

12 1 0
                                    


Dia 31 de outubro do ano de 2020.

O clima na cidade de Nova York era estranho, nuvens mais escuras que o normal tapavam o sol, desde quando o dia amanheceu. Alguns relâmpagos e trovões eram vistos cortando a escuridão do céu, entretanto o tempo não estava úmido, não havia indícios de chuva, tão pouco tempestade.

De certa forma, o clima era bem propenso com a data. Halloween. As crianças adoravam essa data.

Doçuras ou Travessuras

Aquele Halloween seria...Diferente. Pois era um data especial, fazia 80 anos desde o dia em que ela foi amaldiçoada e mandada de volta para seu lugar. Infelizmente, a pobre feiticeira responsável pela maldição morreu tragicamente, e ela fizera questão de receber a pobre alma no inferno.

Era meia noite, o véu entre esse e o outro mundo havia enfraquecido, aquele era o momento.

Um raio atingiu a montanha, originando uma porta, e assim, ela saiu. A beleza comparada à uma Deusa. Cabelos dourados, pareciam banhados pelo sol, o corpo escultura, parecia trabalhado pelo mais talentoso dos artistas. Os olhos dela reluziam em amarelo. Ela precisaria muda-los de cor. Ela precisaria mudá-los de cor. E também esconder suas graciosas asas de ébano, assim conseguiria seu disfarce entre os humanos. Ela pensou em ter olhos azuis dessa vez, ou então verdes. Estava indecisa, e ninguém perceberia, sua aparência era sempre um mistério.

Ela analisou a cidade próxima, seria ali que começaria seus planos. Quantos ela levaria dessa vez? Sorriu a pensar nisso, seria divertido descobrir.

A cidade que escolhera estava cheia de crianças com seus pais fantasiados, ninguém perceberia a presença dela. Afinal, ela não estava com vontade de esconder as asas.

Ela iria procurar algum lugar para ficar, e começar a fazer seus planos. Caminhava pela rua, um sorriso se estampava em seu rosto angelical.

-Ei, passarinho!

Virou-se, e viu um grupo de quatro meninos. Eles estavam sentados, em um carro velho, se vestiam como piratas. Tentavam parecer perigosos, parecia que as garotas dali tinham fetiches nos caras maus - ou no caso deles que fingiam ser maus.Para o azar deles, ela também era má, mas não se fingia. Ela virou todo o corpo, e os observou.

- O que acha, de se divertir conosco, essa noite? – Disse um deles, tirando uma faca do bolso.

-Se for boazinha, não a machucaremos! – Disse um rapaz loiro do grupo, sorrindo.

-Não mais, do que o necessário! – Disse um ruivo, cheio de sardinhas, nas bochechas.

O outro menino do grupo parecia meio tímido, estava encostado na parede, e nada disse.

E o sorriso dela aumentou, nunca uma presa fora tão fácil, principalmente aqueles quatro. Se eles queriam diversão, eles teriam diversão. Mas seria ela, quem iria rir por último. Ela andou na direção deles, e com a voz mais doce e melodioso possível disse a eles.

-É claro rapazes, vamos brincar mas eu escolho as regras do jogo! HAHAHAHA.

Seu riso, era escutado por todas as direções, o que abafou o grito dos rapazes. O jogo macabro dela, havia começado. Os rapazes, nunca mais foram vistos após aquele dia, suas roupas, estavam largadas naquele local, sem nenhum outro vestígios. Era bom, que as pessoas daquela cidade, tomassem cuidado. O mau, agora andava pela Terra.

Angel or Demon?Onde histórias criam vida. Descubra agora