Capítulo um

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"Todas as garotas querem ser assim"

"Meninas más lá no fundo, assim mesmo"

"Você sabe como me sinto por dentro"

( Dangerous woman- Ariana Grande)

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   Cheguei em casa as 12:45, minha mãe não estava o que já era de costume. Mamãe se chama Carla. Na verdade "Srta. Carla " como diz seus amigos, quem vê pensa que ela é uma milionária da vida bem sucedida para ser chamada de "Srta". Mamãe é linda e não temos nada em comum. Ela é nova, alta, têm cabelos longos e olhos cinzentos. Anda curtindo a vida e enchendo a cara todo final de semana, acredito que ela têm adolescência mais do que eu, parece até que trocamos de papel.

  Fui para o meu quarto entrei no banheiro e tomei um banho rápido. Depois do banho fiquei a tarde toda no celular com o fone e mandando mensagem, falando com os colegas da escola sobre trabalhos e as pessoas metidas. Depois de horas conversando e cantando em casa me sentindo a Beyoncé da vida, fui assistir alguma coisa. Ao ligar a tevê procurei algum filme até que encontrei um que parecia ser estranho, com o nome: "Quando der certo" achei o título bizarro, mas é o que temos para hoje, então decidi assistir. O filme baseava-se em uma história real entre dois casais, que se conheceram na escola e que se esbarraram. Os livros da garota chamada Mônica cai no chão e Arthur um dos protagonista do filme ajuda  a menina a pega- los. Suas mãos se cruzaram e eles se apaixonaram. Fim. Achei o filme tão idiota que acordei na parte final, ou, seja não acompanhei nada. Esses filmes de hoje transmitem coisas muito idiotas para pessoas idiotas, que no caso somos nós, nunca que se você esbarrar em uma pessoa na escola ela vai te ajudar a pegar o livro, ela olha pra sua cara e diz "Sua merda, olha o que você fez". É a realidade. Eu nunca namorei mas sei que o amor machuca e magoa muitas pessoas. Amor hoje em dia virou moda, qualquer um chega em você e fala um: " Eu te amo " mas ninguém faz com que você acredite que o amor existe.

   Muitos por aí querem sexo e não um amor para vida inteira como o casal do filme "Up", uma coisa que aprendi com aquele filme: " Quando se trata de amor fazemos o impossível e o possível para que a cada dia ele aumente e não diminua. Aprendi também que nós sempre perdemos alguém, mas nunca estamos preparados para isso. É algo repentino. Amor é uma palavra muito forte. É um amuleto. Algo raro, que se deve valorizar quando se tem. Minha mãe é a prova de um Amor dito da boca pra fora. Ela nos seus quinze anos amou seu primeiro homem, que no caso é meu pai. Eram adolescentes apaixonados, onde ele levava ela para um Shopping para assistir filme e tomar sorvete, pombinhos do amor. Até que depois de um tempo ela ficou grávida do ser humano aqui e meu queridinho papai não quis assumir. Resumindo, ele nos abandonou quando eu tinha apenas dois meses de vida. Meus avós na hora ficaram muito bravos e a família toda criticou. Minha mãe ao seus dezoito anos comprou finalmente uma casa e passou a viver sozinha comigo. Meus avós fazem sempre uma visita e mais alguns familiares também. Todos falsos. Tirando meus avós que entendo que tiveram motivos para ficarem nervosos com minha mãe. Agora, a família não. Eles até queriam que minha mãe me abortasse. Sim, minha mãe teve um passado obscuro, mas hoje ela é feliz com seus trinta anos e eu também sou feliz por ela ser feliz.

   Meu Pai eu nunca cheguei a vê-lo e nem quero, pois ele me largou. Deixou eu e minha mãe, porquê não queria me assumir, ele se quer paga pensão e nem vem me visitar. Ele não merece nem minha benção nem abraços meus, muito menos minha presença. Ele merece ficar longe de mim. O que ele sempre fez e o que eu sempre odiei. Antes eu até queria ver ele, nos meus oito anos que eu ficava: "Mãe cadê meu pai ?" e minha mãe engolia o choro e dizia: "Em um lugar distante filha". Depois eu via ela chorando pelas brechas da porta, isso doía muito, era como se alguém cutucasse meu coração com uma agulha e a cada vez que cutucasse eu sentia mais dor. Mas com o tempo eu me acostumei e minha mãe também. Já era noite quando mamãe chegou e eu estava ainda na sala entediada procurando algo para assistir.

— Cheguei amor e trouxe um lanche do Mc Donald. — ela pulou no sofá ao meu lado e eu a observei com os olhos brilhando. O saco com o lanche que estava em suas mãos emanava um cheiro maravilhoso que fazia a minha boca salivar.

— Eba. — Bati palmas empolgada e peguei o saco com o lanche de suas mãos. Mamãe notou a minha empolgação e soltou uma gargalhada.

— O que você vai fazer nessa sexta? — Ela perguntou enquanto se deitava no sofá e aconchegava a cabeça em meu colo.

— A senhora sabe que nunca faço nada. —comecei a rir e ela me olhou brava. Eu já ate sabia o motivo . — O que foi?


— Senhora não, senhorita! - mamãe me repreendeu.


— Ui, senhorita. Desculpa. — Disse soltando uma gargalhada alta.

— Obrigada. Isso eu sou a tempos. —Mamãe fez uma cara de convencida e soltou uma risada. — Mas você deveria sair hoje filha.

— Com quem? — Perguntei com uma das sobrancelhas arqueadas.

— Com seus amigos do colégio, ou comigo mesma.

— Meus amigos não vão sair hoje e você vai pra onde? — Perguntei curiosa.

— Naquele novo Bar que abriu perto da casa da sua tia.

— Não mãe, melhor não. —  Disse  desanimada

— Ah para vai, só um dia. Tenho certeza que você vai se divertir bastante comigo. — Ela levantou a cabeça do meu colo e apertou a minha bochecha com força.

— Sem chance !!





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