Depois que fui embora

54 4 0
                                    

Plágio é crime, obra registrada

Este conto traz mais um pouco de Maitê e Roberto os personagens dos livros Depois que você chegou e Depois que fui sua, espero que gostem!!

Quando o avião deixou a pista do aeroporto rumo ao Canadá, Maitê não pensava em outra coisa, ela só pensava na última noite que Roberto lhe dera. Ela bêbada e ele másculo. Ele levantando seu corpo de calcinha e sutiã e colocando-o debaixo do chuveiro, ela se lembrava de cada gota gelada que caia sob seu corpo indefeso.

Ela até tentou distrair o olhar nas nuvens que o avião rasgava, porém, os pensamentos lhe infestavam a mente, se apossavam dela sem que Maitê tivesse controle. Fechar os olhos era apenas rever Roberto levantando-a com rapidez e encostando-a na porta do quarto e invadindo-a sem pudor.

Ela sabia que fizera certo em estar agora àquela altura indo para longe, ela sabia que Roberto era uma miragem, que jamais o teria da forma que queria, Maitê se apaixonou pela ilusão mais bonita da cidade, mais máscula e fardada da polícia. Jamais imaginaria que fosse se perder naquela paixão, mas as coisas foram acontecendo sem que ela tivesse controle. Aliás controle era uma coisa que os dois jamais tiveram.

Mesmo assim, ela sabia que era ela quem tinha que fazer algo, mas ela queria mesmo era ficar, ficar, se deixar ser levada mais de um milhão de vezes às nuvens, ao inferno, aonde Roberto quisesse. Mesmo assim lá estava ela olhando ao longe tentando achar a saída para aquele calor que invadia seu coração e para aquele fogo que queimava cada partícula em seu corpo.

Respirou fundo, balançou a cabeça como se tudo lá dentro estivesse fora do lugar, passou as mãos no rosto e se pudesse falar para o piloto "ei, pode parar um instante, preciso descer" ela diria com certeza. Ela agradeceu aos céus por não ter ali aquela opção.

Voltar, era tudo que queria. Parecia ver Roberto parado na porta com aquele meio sorriso cafajeste no canto dos lábios e aqueles olhos negros que tragavam tudo pela frente, que a afogava sem deixar saída. Ela podia sentir suas mãos mornas arrancando os botões da sua blusa e invadindo seu sutiã, ela podia sentir como sua blusa deslizava macio pelo corpo até cair aos seus pés.

Maitê se ajeitou na poltrona como para esconder seu desejo por Roberto ali tão explícito, lambeu os lábios e os mordeu com força. Olhou para a frente como se conseguisse enxergar Roberto de farda invadindo seu quarto e tirando as algemas para prender suas mãos. Depois de presa, ela podia sentir Roberto acariciar suas costas com os lábios que pareciam fogo, que pareciam deixar queimaduras na pele, Maitê respirou fundo e persistiu nos pensamentos que a perseguiam, ela sabia que só ir embora não bastava, o problema não era o lugar, era ela, eram seus pensamentos quase pornográficos e pecaminosos. Então, Roberto ainda fardado, tiraria sua .40 do coldre e a colocaria na cômoda sob o olhar atento dela, depois se aproximaria e a viraria de costas apreciando sua lingerie preta de renda, encostaria seu corpo quente e fardado nela fazendo-a gemer abafado. Roberto pegaria seu cabelo com uma das mãos segurando como um rabo de cavalo e com a outra exploraria seu corpo da forma que ela conhecia tanto.

Roberto ainda encostado ao corpo dela por trás, seguraria seu queixo e sussurraria algo pecaminoso em seu ouvido a fazendo derreter mais um pouquinho, ela sabia que ele adorava seu perfume tanto quanto seu cheiro natural. Roberto provavelmente passaria a mão por sob a renda delicada da calcinha, isso faria Maitê se encolher de prazer e naturalmente ela abriria os lábios num gemido alto quando seus dedos tocassem dentro da renda preta.

Ela sentia o desejo que àqueles pensamentos lhe causava, tentar fugir era bobagem, eles estavam impregnados nela, sentiu os pensamentos se ordenando do ponto onde tinha parado. A mão de Roberto lhe arrancando gemidos e a deixando de boca seca, ela podia sentir a ereção dele lhe tocando e ela de mãos algemadas sem poder sequer se mexer. Sentia vontade de tocá-lo, de deslizar as mãos nas costas malhadas dele, de enfiar os dedos nos cabelos negros naquele corte militar, Maitê queria livrar Roberto de cada apetrecho da farda, mas algemada era impossível, e aquilo apertava e incomodava muito cada vez que ela tentava mexer as mãos. Sua boca entreaberta e seca, chamava por ele, enquanto ele só se preocupava em deslizar os dedos de forma prazerosa dentro da renda preta da sua calcinha.

Roberto dava pequenos beijos na nuca de Maitê fazendo arrepios na espinha serem frequentes, seu hálito quente, sua respiração ofegante deixava claro que ele também sentia prazer. Ele soltou os cabelos dela e sua mão se agarrou aos seios como um náufrago segura sua corda de salvação, ele a soltou deixando-a meio zonza de prazer e veio até sua frente, abrindo o fecho do sutiã e libertando seu par de seios e sugando-os em seguida com avidez. As respirações ofegantes, os corpos quentes, as bocas famintas e os sussurros se espalhando alto na atmosfera ao redor.

Ela se remexia com a esperança de se livrar das algemas para poder tocá-lo, mas era inútil. Ela mesma sonhara tantas noites com esse dia, sonhara com aquela tortura viciante que era ter aquele policial fardado lhe dando prazer, lhe tocando de forma quase rude, sem pedir, apenas se apossando.

Roberto deu um passo para trás e abriu o zíper da calça da farda, e ela sabia que queria aquele homem como nunca quis, tentou molhar os lábios secos com a ponta da língua, ele caminhou até ela e se apossou da sua boca de forma sensual e faminta, Roberto era uma droga que viciava quando se provava logo na primeira vez, era como tequila se espalhando quente pela corrente sanguínea, era como uma onda que devastava tudo por onde passava.

Ela fixou o olhar na ereção exposta dele e que não podia tocar, remexeu os braços numa luta em vão e ele deu aquele sorriso de lado, olhos brilhando, pupilas dilatas se aproximou mais com o olhar fixo nela. Pegou seu corpo com facilidade e a fez enlaçar seu corpo com as pernas, a fez implorar para que ele a penetrasse logo, para que ele não a fizesse sofrer tanto naquela espera.

Ele fitou seus olhos e esboçou um sorriso irônico e sensual, enfim ela sentiu Roberto invadindo-a sem piedade ou sem leveza, apenas fez um movimento rápido e meio dolorido, mas prazeroso, com movimentos rápidos e mais rápidos ele a fazia subir e descer em seus braços fortes e másculos.

Roberto segurava na lateral dos seus quadris enquanto sua farda grossa e áspera subia e descia na pele da barriga dela e ela só podia sentir o beijo mais cafajeste que alguém podia lhe dar, aquelas mãos apertando a lateral de suas coxas e ele entrando e saindo sem piedade, ela já não podia mais aguentar tanta coisa boa junta. Seu orgasmo chegou fazendo-a gemer alto enquanto lágrimas de felicidade brilharam em seus olhos, ela não merecia tanto, ele era algo entre o céu e o inferno, era pecaminoso e delicioso, era gentil e carrasco, era anjo e demônio, era o policial dela, era o Roberto dela. Enquanto se perdia nas ondas de prazer que o orgasmo lhe presenteava ela sentiu Roberto explodir num sussurro entre seus cabelos, na respiração cada vez mais ofegante em seu pescoço, ela sabia que eram um só naquele momento. Sentiu os braços dele apertando seu corpo como se fossem ficar assim pelo fim de todos os dias que ainda viriam pela frente.

Roberto com cuidado a colocou no chão segurando seu corpo e beijando seu ombro, olhou-a no fundo dos olhos como se quisesse saber se estava tudo bem. Sim, estava tudo bem, nunca esteve tão bem, era o que ela teria respondido se sua voz tivesse saído naquele momento.

Ele deslizou os dedos pelas gotas de suor no corpo dela e beijou cada um de seus seios como se aquilo fosse uma reverência, ajeitou a calça da farda e tirou a chavinha da algema de um dos bolsos e foi libertar os braços de Maitê que agora sabia como era ser algemada pelo seu policial e possuída pelo seu homem, tudo ao mesmo tempo.

Abriu com um clique baixo e as retirou com cuidado massageando os pulsos dela com carinho, enfim ela podia tocá-lo, abraçou-o pelo pescoço acariciando sua nuca e seus cabelos pretos, beijou aquela boca que se exibia na sua frente e sentiu seu corpo esquentar por dentro, ela jamais se cansaria dele, jamais saciaria a vontade de pertencer ao policial mais lindo da cidade. Ele empurrou seus corpos de forma que andassem juntos e devagar até a cama e ela com mãos apressadas ia abrindo cada botão daquela farda excitante, abriu cada fivela e foi deixando tudo cair em qualquer lugar. A farda pesada foi dando lugar ao corpo definido de Roberto.

Maitê beijou cada pedaço daquele corpo suado fazendo ele apertar os olhos como se não pudesse resistir. Eles foram aos beijos e tropeços até o banheiro e os dois corpos nus se enfiaram embaixo do chuveiro de forma sensual. Maitê sentiu como ele estava pronto de novo, se abaixou e com a boca o fez escorar na parede de olhos fechados e gemer segurando em seus cabelos molhados e respirando fundo. E eles recomeçariam quantas vezes mais? Muitas vezes mais, isso era verdade. E recomeçaram, era um vício, era a loucura mais real que ela tinha e que jamais a abandonaria.

Seu olhar turvado e perdido naquele policial não a deixava enxergar quantas pessoas sentavam à sua frente no avião e nem o quê a aeromoça dizia rente a sua poltrona, ela dizia algo que a fez voltar ao mundo real, mas o que era? Ela não sabia ao certo, pois ainda estava sob o efeito Roberto.

Depois que fui emboraOnde histórias criam vida. Descubra agora