the broken boy; 태형

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 Era como uma tempestade raivosa, que deixava as ondas bravas. Era a ira da natureza despencando barrancos e árvores, trovoando o céu e dando clarões de raios vistos rapidamente pelo céu pintado por pura negritude. Esse era o peito ofegante de Taehyung, sua mente confusa sendo levada para problemas mais gigantes que Golias. Era cada lágrima e cada gota de sangue que pingava no chão branco e devidamente polido. Eram os gritos silenciosos, buscando por alguma luz no túnel sem fim.

   Quarto escuro, quarto frio, quarto destruído. As telas de Van Gogh - que em dias de tédio eram recriadas com carinho - estavam rasgadas e jogadas pelos cantos, eram as tintas pintando erroneamente o chão, a janela aberta deixando o vento frio carregar as gotas pesadas de chuva para dentro. E havia um Taehyung em prantos, todo quebrado.

    Sentimentos cada vez mais abstratos. Odiar sem saber o que é ódio, amar sem saber o que é amor. Mas, ainda assim, Taehyung era composto de sentimentos tão grandes, gigantes, enormes e pequenos. Ele sentia a leveza de um riso infantil, a grosseria de um pervertido, soluços feitos pelas lágrimas da adolescente. Ele sentia tudo e, por mais bonito que fosse alguns sentimentos, o machucava imensamente.  

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os sentimentos e metáforas podem ser mais reais do que se pensa.

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