Capitulo 13

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Nayeon e Mina haviam acabado de chegar de volta à companhia de teatro pouco antes do pôr-do-sol.
Sana acabara de acordar e Tzuyu ainda dormia.
Nayeon ajudava sua mãe e seu pai em uma padaria familiar sustentada por eles e a companhia teatral de Mina havia feito um espetáculo em praça pública naquele dia.
As meninas, com delicadeza, acordaram Tzuyu, pois logo seria servido o jantar.
Alguns minutos depois, alguém bate à porta e, logo em seguida, entra sem esperar por resposta.
Era Yerin. Uma garota da mesma companhia de teatro na qual Mina vivia e trabalhava.

–Mina, eu... – Yerin começa a falar mas nota a presença de Sana, Nayeon e Tzuyu – Vejo que já substituiu sua última colega de quarto por outra...s três garotas? Deixe me adivinhar: é algum tipo de jogo onde que conseguir sobreviver por mais tempo com você ganha a vaga de sua nova colega de quarto? – Yeri cruzou os braços e esboçou um sorriso sarcástico

–Ha ha ha... – Mina riu sarcasticamente e cruzou seus braços, revirando os olhos em seguida. – Nayeon só estava me acompanhando.

–Ah... Sim, sim. – Yerin responde apressada – Me lembro dela, mas... E quanto às outras duas?

Sana abre a boca para falar quem eram já que, aparentemente, a garota não as havia reconhecido. Mas Mina interrompe antes que ela possa dizer qualquer coisa que as entregue.

–São viajantes. Elas- – Mina é interrompida por Yerin

–São mudas, também? – Direciona um olhar minucioso as princesas, como se as estudasse. – Não se pronunciam desde que entrei...

–Não somos mudas. – Tzuyu se pronuncia entendendo o que Mina tentava fazer – Apenas estamos cansadas da viagem. – Prossegue com a mentira, logo recebendo um olhar curioso de Sana.

–Ora... – Yerin diz após alguns minutos de silêncio. – Devo estar incomodando então

–Um pouco. – Sana finalmente se pronuncia com a voz vacilante.

   Yerin lança um olhar voraz à Sana, quase devorando-a com os olhos. Sana estremece sob o olhar da garota de cabelos tingidos de louro.
   Yerin solta um pequeno riso seco.

  –Sinto muito, então, mas não irei partir tão cedo.

  Yerin e Tzuyu se encaram por um breve momento antes de a menor decifrar seu olhar e soltar um suspiro longo, ao passo que a loira abriu um sorriso vitorioso.

   –O que quer saber? – Tzuyu diz enfim, quebrando o silêncio é a tensão que haviam se instalado sobre o cômodo.

   –Apenas seus nomes, viajantes desconhecidas... – Yerin parece abrandar a voz. Apenas parece.

  Tzuyu, Mina, Nayeon e Sana trocam olhares preocupados. Não haviam chegado a pensar nisso.
   Certamente não poderiam dizer seus nomes verdadeiros ou dariam motivos suficientes para que Yerin desconfiasse de suas identidades.
  Um estalo vem à cabeça de Tzuyu.
   "Posso ser quem eu quiser..." pensou.
   A possibilidade de criar uma nova versão de si mesma fez um brilho desconhecido surgir nos olhos da mais nova por alguns breves momentos.

   –Me chamo SunHee. – Diz por fim – E esta – aponta para Sana com um gesto leve de mão – É NaHyun.

   –É um prazer. – Sana completa, lançando olhares desconfiados na direção de Yerin quando apertam as mãos.

   –Suas mãos são um tanto macias para viajantes, não? – Alfineta Yerin

   –Só por que somos viajantes não quer dizer que não nos cuidemos. – Sana responde fria. Seus olhos estão tão impecáveis como gelo.

   O tom na voz de Sana assusta Tzuyu, mas a mais nova não se abala nem por um minuto.

   –Devem estar com fome. – Yerin desvia o assunto. – Se estiverem, o jantar já está sendo servido. Foi um prazer conhecê-las, SunHee e NaHyun. – Diz saindo pela porta e fechando-a atrás de si.

   As garotas desabam em suspiros de alívio.

   –Não vou com a cara dela. – Sana quebra o silêncio.

   Atrás de sua voz, outro ruído ecoa pelo quarto abafado. O ronco de uma barriga vazia.

   –Você pode estar certa quanto a isso. Mas ela também está certa em uma coisa: – Tzuyu diz com um sorriso brincalhão – Estou faminta. – A menor pousa a mão sobre a barriga

   Uma gargalhada baia ecoa pelo quarto. Todas as garotas caíram em risos alegres esquecendo, por um breve momento, o quão seria a situação era.
   Após um breve momento, as meninas descem para a sala de jantar, tentando focar mais em sua fome do qua no quer que pudesse estar havendo nos palácios...

Meu Castelo Em Ruínas - SaTzuOnde histórias criam vida. Descubra agora