Forgotten

5* Bloqueios.

Juliet Clark, era assim que minha mãe se chamava com 43 anos aparentava ser mais nova, mesmo com as olheiras e o rosto um pouco inchado por causa do choro de minutos atrás.

Já a Evi tem 7 anos como ela mesma falou minutos atrás sendo a mais inteligente e bonita de sua turma - palavras dela não minhas – Ela se destacava em tudo. Não se podia negar a sua beleza e seus cabelos intensamente avermelhados entrava em uma briga de contraste com seus brilhantes olhos azuis claros como o céu limpo de nuvens. Totalmente diferente dos cabelos negros da nossa mãe, que também possuía olhos azuis com tonalidades e expressões mais fortes.

Neste momento ela contava um pouco sobre a nossa família e que os cabelos ruivos era herança da família do nosso pai que tinha origem escocesa porém vivia a muitas décadas na Itália. Por um momento comecei à analisar suas feições com intensidade gravando cada detalhe de seu rosto com o propósito de nunca mais esquecer.

– A sua nonna ta louca de preocupação ela prometeu que vai vencer o medo de voar e irar vim da itália pra lhe ver.

Sorrir encantada com a notícia.

– Mãe, onde está o papai?

Então o seu sorriso de minutos atrás sumiu dando lugar a uma feição de tristeza. Ela olhou pra suas mãos uma vez e negou com a cabeça, sentir uma tristeza absoluta o que foi estranho porque eu não lembrava absolutamente nada do meu pai.

– Ele está morto minha querida, morreu à 4 anos atrás.

Uma lágrima solitária saiu do seu olho e o aperto no meu coração só aumentou.

– Vocês eram muito próximos, você era a princesinha dos olhos dele. Era impossível não ver a intensidade da ligação especial que vocês possuíam. - Ela deu uma pausa e olhou para Evi então fungou e continuou. - Sinto muito filha eu não consigo falar dele assim pra você, não de novo.

– Tudo bem mãe, quando a senhora estiver preparada eu estarei pra ouvir.

– O papai era soldado Izi ele era um Herói.

– Sim meu amor o seu papai era um herói.- Beijou o topo da cabeça da ruiva.

Procurou algo em sua bolsa e logo em seguida olhou pra me e tirou algo pequeno da mesma e me entregou.

Era um colar com um pingente de pássaro que logo me fez lembra da tatuagem. Aquilo fez meu coração aperta mais uma vez, mesmo sem lembrar de sua existência eu sentir uma ligação com aquele objeto tão delicado.

– Seu pai mandou fazer isso pra você mesmo antes de você nascer, antes ficava em uma pulseira contudo você cresceu e achou melhor colocar o pingente em um colar. Você dizia que assim ele podia ficar mais perto do seu coração.

Abrindo o fecho coloquei o colar no pescoço, deixando aquela ligação que eu sentia e não entendia com o singelo colar prateado mais perto do meu coração.

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Já havia se passado 1 semana que estava no quarto e 3 dias que não poderia receber visitas da minha família, nos últimos dias eu acabei sofrendo duas convulsões e estava com a minha saúde um pouco debilitada então o Dr. Alberton achou melhor eu ficar longe de qualquer infecção ou algo do tipo.

– Ei menina como se sente hoje? – Entra uma Liv toda sorridente.

– Não muito bem, to sentindo muita dor na cabeça.

Colocando a mão na minha testa Liv falou: – Vou pegar um termômetro e um remédio que vai fazer essa dor passar logo logo.

Logo que a lívia saiu do quarto me acomodei sentando melhor na cama. Sentir uma tontura e de repente tudo começou a girar, ouvir um pí muito forte e a minha visão ficou turva.