9 - Desaparecidos

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Três semanas se passaram desde de que chegaram naquele mundo, havia chegado a hora de Lyon destruir aquele universo. Eles não sabiam se estavam preparados, mas sabiam que tinham que estar. Após lerem o livro várias e várias vezes, vendo cada ponto fraco ou abertura para derrotar Lyon e impedir essa chacina, e claro, Narahany os falavam tudo, os explicavam ponto por ponto, para a sua história não virar realidade, se sentiram preparados. Era uma noite bem escura, Henry,Sam e Fox estavam fora da casa conversando, Leon e Layla estavam dormindo no quarto, Silver parecia um cavaleiro solitário, sozinho em um canto pensando em tudo o que fez e o que está por vir. Na madrugada, todos , dormindo menos Henry e Sam, de repente escutaram batidas na porta, isso não tinha no livro então era só mais uma pessoa batendo em uma porta pensaram, ao abrir não havia ninguém, começaram a ouvir um barulho de vento absurdo de todos os quartos, exatamente quando sua mãe, e o que eles já imaginavam acontece, todos haviam sumido, levados para o "submundo" como dizia Lyon. O que Lyon queria provar com isso, queria demonstrar poder ? Queria amedrontar os Guardiões ? Era tudo que se passava pela cabeça daqueles dois meninos.
- E agora ? Vamos caçar aquele desgraçado ? - Falou Henry com Ferocidade
- é irmão, vamos caçar esse maldito - com um tom obscuro
Assim os dois irmãos que não sabiam nem seus poderes e papéis na humanidade, foram caçar o maldito do Lyon. Iriam conseguir ? Iriam matar aquele maldito, acabar com todo esse caos e trazer a mãe deles e seus amigos ? Só o destino sabe as respostas.
Saindo da casa, viram que haviam policiais do lado de fora, os "protegendo". Decidiram não pedir ajuda pois sabiam que não adiantaria. Andavam pelas ruas com espadas embainhadas, sem saber para onde ir, Sam não sabia se era certo o que estavam fazendo mas sabia que tinha que cuidar de seu irmão cabeça oca. No meio da madrugada enquanto andavam ouviram o barulho de uma menina gritando, parecia um grito de desespero, os dois querendo ajudar foram em direção ao grito. Ao chegar a menina estava sendo roubada por dois valentões, Henry foi lá e falou:
- ei, seus babacas porque não se mete com alguém do seu tamanho - falou ficando em posição de luta
Assim os dois valentões ficar irritados e foram para cima do Henry. Henry os derrotou facilmente, dando um só golpe em cada no pescoço os fazendo os desmaiar
- que idiotas - falou Sam
Henry foi em direção a garota para ver se ela estava bem, se agachou e começou a falar
- como você está pequena ? Esses idiotas fizeram algo para você ?
- não, moço.. - falou a garotinha com medo
- qual o seu nome ? - perguntou Henry
- Elizabeth - respondeu
- bonito nome Elizabeth - falou Henry
- obrigado !
- vamos eu e meu irmão lhe acompanharemos até sua casa, você deveria estar dormindo essa hora - falou Henry se levantando e dando a mão à Elizabeth
- desculpa.. - falou a garotinha arrependida
- sem problemas, vamos Sam
Assim seguiram até a casa de Elizabeth, ela apontando a direção. Chegaram rapidamente pois não era tão longe, deixaram a menina no portão de casa chamando pela mãe dela. Em seguida a mãe chegou super preocupada com a filha
- onde você estava Eli ?! - falou a mãe toda preocupada
- tome mais cuidado, essas ruas são perigosas - falou Henry
- tá bem obrigado moço ! - falou a pequena Eli entrando em casa
Assim os irmãos começaram a caminhar de volta para o destino que não sabiam, se perguntavam como a menina sabia sua língua, mas isso não era importante, o importante era que a menina estava salva.
- Sam - começou Henry - isso foi tão bom, eu me senti tão bem ajudando uma pessoa
- Entendo, mas não fique muito apegado pois pode atrapalhar
- sempre estragando a graça né Mano ?
Havia se passado duas horas desde que os seus amigos haviam desaparecido, e ainda não sabiam o que fazer. De repente em meio a pequena estrada de terra que caminhavam aparece um cavaleiro cheio de armaduras em todo corpo até escondendo seu rosto.
- Quem é você ?! - perguntou Henry
- Sou eu filho
Fazendo os irmãos se surpreenderem. Esse era seu Pai, que nunca viram, isso era completamente imprevisível, não imaginavam como isso poderia acontecer, a única coisa que tinham de seu pai era um retrato com ele e a mãe.
- Pai ? - perguntou Sam
- Sim sou eu, garotos - falou o pai tirando aquele capacete metálico mostrando ser realmente aquela pessoa do quadro
- como... ? - se abismou Henry
- eu sei... eu tenho muita coisa para explicar para vocês.. muita - em meio a sua fala uma lágrima caia de seu rosto - mas não agora, vocês têm que encontrar seus amigos certo ?
-é... - falou Sam enquanto Henry ainda estava surpreso
- sim.. submundo lá vamos nós então - no final de sua fala criou um grande portal vermelho escuro e apontando para os seus filhos entrarem.
- Mas você possuiu o Totem da alquimia ?! - perguntou Sam surpreso
- Tenho muitas coisas que você não sabe filho vamos ! - falou o pai dando a mão aos filhos
Ao pegarem sua mão e entrarem no portal chegaram em um local completamente horrível e sangrento parecendo um inferno, ou seja, aquele era o submundo. Os irmãos olharam para aquilo abismados, era uma cena realmente horrível. Ouviam sussurros estranhos, pessoas gritando desesperadas, era realmente o inferno.
- Pai... - falou Henry com medo do que pode ter acontecido com sua mãe
- filho.. eu sei que isso não é nada fácil. Mas temos que salvar a mamãe, e os seus amigos.. não fique assim temos que conseguir - falou o pai abraçando Henry
- Pai, eu nunca soube seu nome e a mãe nunca disse. Acho que nós deveríamos saber não é ? - perguntou Sam
- é claro.. meu nome é John, o meu nome é John Filho.. - falou o pai triste
Depois disso Henry abraçou seu pai, chorando com toda emoção de ver seu pai pela primeira vez. Em seguida continuaram o caminho, John protegendo seus filhos de qualquer ameaça é claro, John dizia que quando barulhos de ventos absurdos acontecem sem motivo aparente, e se escuta batidas nas portas é um demônio do submundo querendo entrar é roubar a alma de alguém que quem abre a porta ame, eles não faziam ideia disso, mas agora tinham que fazer de tudo para terem sua mãe e amigos de volta. Enquanto andavam o lugar aterrorizante ia escurecendo e os gritos ficando maiores, assim chegaram em um local com dois seres que aparentavam ser demônios negros de olhos vermelhos. John entrou na frente para proteger seus garotos, e um demônio disse:
- bem, bem, bem, à décadas de repetições isso não acontecia, mas já não me preocupo vocês nunca passaram de nós mesmo - falou o demônio com uma voz horrível e um sorriso maléfico no final
- Vamos acabar com isso de uma vez por todas seus asquerosos ! - gritou John com ódio Enquanto falou isso os demônios correram para cima dele com toda fúria. John inteligente, usou a calma nesse momento, ao demônio lhe atacar no pescoço, desviou do ataque e com um golpe de oportunidade arrancou o seu braço com uma magia parecendo uma faca, fazendo-o recuar de dor, o outro querendo proteger seu "irmão demônio, foi tentar atacar os irmãos para atiçar John, John não conseguiu defender seus filhos pois foi muito rápido, porém os dois não precisaram de ajuda, ao demônio atacar Henry, desviou do ataque, o derrubou no chão e no Sam deu o golpe final com sua espada na cabeça do Monstro.
- Muito bem garotos ! Me desculpem por não poder ter ajudado. Mas falta só mais esse lixo aqui ! - falou John enquanto pulava na direção de demônio.
Com sua magia começou a eletrocutar o demônio fazendo o ficar paralisado e caído no chão
- impossível - começou o demônio com suas últimas palavras - Como você conseguiu..
- É hora de dar um fim a isso seu Monstro Infernal - falou John com ódio enficando uma pequena adaga que tinha no meio da cabeça do demônio
- Pai, vamos, temos que salvar a mamãe ! - Gritou Henry
- sim, vamos - respondeu
- Como aprendeu tudo isso pai ? - perguntou Sam
- tudo será respondido a tempo garoto, agora temos que salvar a mamãe e seus amigos ! - falou o pai pegando os filhos e os guiando
Ao prosseguir chegaram em uma sala escura, John ao fazer uma luz com suas mãos viu algo inimaginável. Todos os Guardiões estavam com os olhos vermelhos e com um olhar de ódio maléfico, até a mãe dos irmãos estava lá desse jeito. Em um instante todos correram para cima do pai e dos irmãos com uma grande espada na mão sem controle algum!

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