Capítulo 12 - Primeiro dia

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Volto a me senta fingindo que não prestei atenção no cenho franzido que ele fez assim que me viu chegar, recoloco os fones e me perco na canção, enquanto olho para a janela com os pensamentos longe daqui. Fico me perguntando se minha mãe está bem ou se a Cristina está realmente cuidando dela como prometeu? mas eu não consigo desfiar completamente o foco do meu chefe, se não, eu não perceberia o quanto sexy ele fica lendo alguns contratos aqueles óculos de professor e me pergunto, da onde ele tira tanto trabalho? eu vi diversas vezes olhando e lendo contratos, em vídeos conferências e em telefones que demoravam horas eu não sei se eu conseguiria conviver em um relacionamento com alguém tão atarefado assim. Porque diabos estou pensando nisso? suspiro indignada com esses pensamentos, eu não quero um relacionamento e ponto final.

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Pousamos tem duas horas e ainda assim me sinto enjoada não sei se por esta do lado do meu chefe ou é por causa da viagem até a Fazenda dos pais dele, só sei que é uma viagem interminável. Admito nunca tinha vindo a Espanha a cidade é linda, mas perdi o interesse por ela quando me lembrei do motivo de esta aqui.

— Você parece brava — Observa Gregorio e eu apenas o encaro com ar entediada.

—  Na verdade eu não gosto daqui, ainda mais quando estou na presença de um cara idiota como você!  — Aponto na sua direção e continuo — Se eu estivesse em um lugar assim seria quando eu me casasse e como nunca vou fazer tal coisa então não gosto de esta aqui.

Ele me olha intrigado e não faço ideia do que falei para ele. As vezes a minha mente viaja por diversas respostas e acabo dizendo aqui vem primeiro sem pensar, é um mal hábito que não consigo perder.

—  O sonho de toda mulher comum é se casar e formar uma família, então porque você não quer se casar?

— Não me encaixo nessa categoria "comum", porque eu não me imagino sendo mãe e muito menos dividindo a vida com alguém para tudo cair na rotina e ser traída e abandonada pelo o marido com filhos a tiracolo, então não me casarei.  — afirmo e ele me olha chocado então balança a cabeça e olha para a janela pensando em alguma coisa e quando ele fala sua voz sai calma e misteriosa.

— Já pensou que nem todo casamento cai na rotina e nem todos traem?

— Pode até ser que exista mas são raros, nada dura para sempre disso eu sei — falo e o silêncio no carro prova que realmente a conversar se encerrou. Mas estou muito tempo em silêncio para querer ficar assim.

—  E você pensa em se casar? — pergunto para ele que me olha confuso e pensa um pouco antes de me responder de forma sincera.

— Um tempo atrás, eu quis ser um desses casos raros, encontra a mulher certa, casar e ter filhos e viver uma rotina de amor verdadeiro, ter uma vida feliz, mas quando penso na palavra casamento eu tenho calafrios, então não penso em casar, não mais.

O olho confusa e uma parte de mim, que eu não quero admiti se quebrar ao imaginar que ele nunca vai se casar com ninguém.

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Sinto meu corpo flutuando no mundo dos sonhos quando sinto braços a minha volta e abro os olhos assustada, encaro os olhos azuis divertidos do Gregrorio, estou em seus braços, volta a si quando escuto ele falar.

— Acordou bela adormecida? — pergunta ele me fazendo o encarar brava.

— Me ponhe no chão! — mando, ele apenas rir da minha cara quando o faz, de pé cruzo os braços o encarando indignada.

— Que foi?

— Você não tinha o direito de me pegar no colo como um bebê! — exclamo furiosa e não sei o motivo oque me deixa ainda mais frustrada.

Sem EscolhaOnde histórias criam vida. Descubra agora