Amor em pé de guerra

Capítulo 1

Paulo

Eu estou extremamente irritado, minha vontade é de socar alguém, onde eu estava com a porra da cabeça quando decide me casar com essa louca? Mas ou eu casava ou não recebia a porcaria da herança que meu falecido avô me deixou, mas porque fui me meter com essa criança? 22 anos? Sério Paulo?

Coço meus olhos acordando as 5:00 em pleno domingo, o motivo? aquela diaba está pulando na minha cama com o rádio ligado e cantando

"Fuck you (fuck you)
Fuck you very, very much
'Cause your words don't translate
And it's getting quite late
So, please, don't stay in touch"

Ela pula,canta,e grita, consigo puxar ela e a viro ficando por cima do seu corpo, linda, mas louca.

- Acho que a sua vontade na verdade é que eu te foda minha querida noiva.- falo baixo em seu ouvido e sinto o corpo dela estremecer, afinal de contas ela não alheia a mim.

- Aí, você é um imbecil, só vim acordar o imbecil do meu querido futuro marido, sai de cima de mim, você está gordo, levanta que daqui 1 hora o buffet chega.

- Que buffet?

- O do nosso casamento oras, você vai me ajudar a escolher,  quer casar? vamos casar,e só avisando nem a sua e nem a minha mãe vão dar palpite, aliás, eu proibi a entrada delas aqui hoje.

Ela salta da minha cama e sai me provocando, uma pestinha isso sim.

De banho tomado, desço para a sala e está uma verdadeira bagunça, um entra e saí de pessoas, organizando mesas, com variados doces, champanhes e vinhos, bolos, vindo da cozinha e com um micro short vem ela, os olhos brilhando para a mesa de doces, ela me vê e sobe às escadas.

- Vem meu filho, tem doce demais aqui, não dou conta sozinha,sabe a melhor parte disso é torrar seu dinheiro.

- a vontade meu bem.

Ela revira os olhos e começa a me apresentar os doces.

- olha brigadeiro gourmet, beijinho gourmet, macarrons, e uma infinidade de docinhos que não sei o nome, quero todos.- Ela não comeu nenhum e já diz para a consultora que veio  apresentar o buffet que quer tudo? ela é louca?

- Rachel, você sabe o que ta fazendo? é um casamento e você precisa de ajuda, será enorme.

- Besteira, se faltar que comam capim, não ligo, e cala a boca que é meu casamento, vamos a quantidade de doces, mas já quero de tudo, é você quem paga.

Ela diz sem nem me olhar, passamos a manhã toda enrolados em doces, é domingo e ela conseguiu que o buffet viesse em casa, uma pequena fortuna, além disso ainda não me deixou ir pro escritório ler uns relatórios.

- Rachel, preciso ir pro escritório e...

- Há mas não vai mesmo, é domingo, já que vou ser a dona de tudo isso,  já tenho as regras,nada de serviço domingo.

- Mas você é louca mulher?

- Sou! quer se separar?- ela me desafia, sorri de canto e eu só quero beijar ela agora.

- Não!  anda vamos almoçar, dispensa isso tudo, já chega.

Ela acerta o resto dos detalhes e eu vou no quarto lavar meu rosto, essa mulher uma hora me mata.

chego a sala de jantar e ela está no meu lugar,me sorri, sabe que a cabeceira da mesa é do dono da casa, mas ela quer me provocar, okay, hora do jogo.

- Meu amor,ficou linda sentada ai, mas é meu lugar.

- Aê? desculpe querido, não estava escrito Paulo na cadeira.

Caminho até ela é olho no fundo dos seus olhos.

- Sabia Rachel, esses seus lábios me convidam, já que seremos marido e mulher em alguns dias eu me sinto no direito de beijar a minha deliciosa noiva. - passo minha mão por seu rosto e ela fecha os olhos, quero essa entrega na cama, suada colada em mim.

Me aproximo mais a fim de beija-lá mas somos interrompidos por Maria, filha de uma empregada antiga.

- Desculpe incomodar senhor, mas sua mãe, digo, dona Odete está la fora com outra senhora e o Armindo não libera a entrada, eu vim perguntar se elas podem entrar.

-Sim.

-Não

dizemos ao mesmo tempo, Rachel me fuzila com o olhar,  seus olhos ferinos pairam sobre Maria.

- Menina, eu proibi a entrada delas, elas não entram.

- Mas Rachel são nossas mães e querem ajudar, pelo amor de deus eu preciso trabalhar e não posso ficar olhando tudo, é o vestido? quer que eu vá ver tbm?

- Quero,você vai em tudooo comigo Paulo, elas não entram e pronto, pode ir Maria.

Vejo Maria esperar minha palavra, eu aceno e ela sai, por mais fiel que ela seja a mim a casa será dessa peste de mulher, que mal chegou,nem nós casamos e já me da trabalho.

Rachel

Vim pra essa casa tem 2 semanas,meu pai devia um bom dinheiro pra Paulo, e Paulo precisava se casar pra receber uma herança ai de um velho que morreu há anos, papai descobriu e decidiu que a melhor forma de acabar com a dívida e ainda ganhar algum era me dando pra esse homem, Paulo sempre foi lindo e vivia nos jantares lá em casa eu muito nova já reparava em sua beleza,mas o q eu uma criança ia conseguir com esse cara? isso mesmo, nada.

até esse momento, vendida para ele, sendo provocada por ele, um imbecil, fui a vida toda tratada como um bibelô que um dia seria rentável, e assim que me ofereceram eu me mudei pra cá,  não fui obrigada não,  eu quis, eu não aguentava o nojo de ver meus pais me entregando como moeda de troca, e aqui estou eu vendo Mariazinha indo embora de costas, para a cozinha bufando, típico, a filha da empregada se apaixonar pelo patrão, aposto que na empresa as secretárias devem lamber o chão pra ele pisar.

Ele quase me beijou e aquela songa monga chegou bem na hora, se eu gostei eu odiei, como vou infernizar ele sem seduzir? além de que aquela boca deve ser maravilhosa, ao menos nos filmes os beijos parecem excitantes.

Me levanto do lugar dele e me sento do lado, Virgínia vem nos servir, odeio isso, tenho duas mãos, espera aí.

- Virginia pode voltar.

- Mas senhorita, eu vim servi-Los.

- A partir de hoje só coloque a mesa e se retire pra almoçar, eu e Paulo podemos nos servir, isso vale pra visitas também, só servirão se eu pedir previamente tudo bem? 

ela olha pra Paulo esperando sua confirmação, odeio isso, Hello, essa casa agora é minha, ele acena e ela sai, amém.

- Sabe meu amor, estou adorando suas mudanças,sério, muito divertido, quero ver quando minha mãe chegar aqui e não ser servida.

- É a idéia, nossos pais tem duas mãos,  que se virem, e me aguarde poia às mudanças só estão começando, já que queria uma esposa, me ature.