Prólogo

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T he      Be g i n n i n g


Ugh, finalmente. - Bufei ao deixar as malas pesadas cair de abrupto no chão mármore do hall de entrada. Passo depois as costas da minha mão pela minha testa que começara a criar gotículas de suor devido ao esforço debaixo de um sol forte e quente como o de hoje.  - Já estão todas? - Pergunto à minha mãe que estava vir do seu novo quarto com um vestido leve, tapando-lhe as pernas até um pouco acima dos joelhos.

Sim, estão! - Sorri de leve arrastando a minha mala pelo chão até ao meu quarto ainda por estrear. - Mãe! - Gritei do fundo do corredor. - Sim, querido? - Vi a sua cabeça espreitar pela porta da cozinha à espera que continuasse. - Qual é o meu quarto mesmo? - Olhei para as quatro portas à minha volta querendo realçar o meu ar desnorteado. Faço a minha mãe soltar uma breve gargalhada voltando para dentro da cozinha e grita lá de dentro. - Segunda porta à esquerda, a Gemma não quis ficar com o que tem vista para o mar. Tiveste sorte. - Sorri com malícia sabendo perfeitamente a razão pela qual a minha querida irmã mais velha não quis ficar com o quarto do lado da praia.

Aconteceu que há muito tempo atrás uma onda gigante apanhou a minha irmã de surpresa e ela quase se afogou. A partir daí ela recusou qualquer contacto com mar ou até mesmo a praia. Quem pode não gostar do mar? Quem?

Abri a porta que me fora indicada pela minha mãe, que daria ao meu quarto, peguei na fita da minha mala arrastando-a para dentro do quarto, olho depois em volta abismado.  Era um quarto enorme, paredes preenchidas por um branco luminoso. As cómodas e armários eram numa madeira realmente bonita num tom de beje, uma cama de casal coberta com lençóis brancos assim como a fronha da almofada. As luzes de leitura ficavam por cima da cama uma em cada lado, um guarda-fatos feito de dois espelhos enormes que chegavam até onde o mesmo terminava, ao lado desse mesmo guarda-fatos estavam as portas de vidro que dariam até a uma varanda. Podia-se ver o oceano da varanda, e ainda um pouco da pequena falésia, onde se conseguia ouvir o som calmo das ondas a bater na nas rochas transmitindo uma tranquilidade inexplicável. Fechei os olhos ficando simplesmente a ouvir o som do mar que por vezes era cortado pelo som das gaivotas a sobrevoarem o mar à procura de alimento.

Não poderia desejar mais nada, estava tudo perfeito, talvez seja um pouco egoísta da minha parte mas estou realmente feliz que os meus pais se tenham separado. Não só porque viemos morar para esta casa magnífica do meu bisavô, ao pé do mar, a qual tem uma pequena e resguardada praia no meio da falésia, mas também como não tenho de aturar mais os ataques verbais que os meus pais mandavam um ao outro por razões estúpidas. Como o porquê de as pilhas do comando terem deixado de funcionar ou até mesmo o porquê de não terem chamado o canalizador para arranjar um tubo roto, por essas e por outras razões ainda mais parvas.

Talvez tenha sido o tédio, o cansaço de viverem um com o outro, talvez a chama que os ligasse tivesse acabado e as discussões foram simplesmente a razão mais explicável que arranjaram para pedir o divórcio. A minha mãe está feliz, pelo menos parece, o meu pai de certeza que estará igualmente satisfeito com a separação, eu e a minha irmã estamos aliviados por saber que não teremos mais que acordar de noite pelos berros que se faziam presenciar lá em casa. Não é que tenhamos sido uma família infeliz, pelo contrário os primeiros 14 anos da minha existência foram os melhores momentos da nossa família, no tempo em que os nossos pais se amavam, talvez o amor não dure para sempre como realmente o dizem, talvez é só um mito.

Acabei de arrumar os meus pertences nos sítios certos, gavetas devidamente organizadas, uma grande mania minha, simplesmente não suporto ver algo desarrumado, tira-me fora do sério. Sentei-me na cama dando uma última olhadela pelo o quarto passando as minhas mãos pelos lençóis sedosos decidindo então ir à praia dar um mergulho para aproveitar o sol que ainda iluminava o mar fazendo-o brilhar como diamantes ao sol. Levanto-me rapidamente, visto os meus calções de banho, abro a porta de correr do meu quarto e salto a vedação da varanda, começando a descer as rochas até à praia. Assim que meto os meus pés na areia sorrio e respiro fundo, aproveitando o cheiro a mar que preenchia as minhas narinas, sinto a brisa salgada embater no meu cabelos deixando os meus caracóis grudados sem antes eu mesmo ter entrado na água. Ajeito o meu cabelo ao levar a minha franja para o lado e corro até à água, mergulhando logo de seguida.

Sentia-me realmente feliz ao sentir a água gelada envolver todo o meu corpo num acto rápido deixando um arrepio subir a minha coluna pela drástica mudança de temperatura.

***

Então, Under The Sea voltou novamente, com um plot completamente diferente e um novo título. Louis continua a ser um tritão e Harry um humano, mas vou mudar completamente a história que tinha pensado antes. Ou seja, vou reescrever todos os capítulo de novo, nada vai ser igual ao que era antes... Bem, não completamente, poderá ter alguma semelhança aos antigos capítulo, mas é só.

The Triton || Larry StylinsonOnde histórias criam vida. Descubra agora