Obs: Camila é um menino cis e Lauren é um menino trans (Cameron e Louis)
Cameron POV
Acordo com a música tocando no despertador do meu celular, eu tenho que trocar essa música, já estou ficando enjoado de ouvi-la todo dia de manhã. Me levanto e vou quase caindo de sono até o banheiro que tem no meu quarto, tomo um banho demorado e faço minha higiene matinal, saio do banheiro com uma toalha na minha cintura e com outra secava meu cabelo, visto uma cueca boxer preta, calça preta rasgada no joelho, um moletom de uma banda que eu adoro e calço meu All Star que por algum milagre está limpo, pego meu celular e o fone de ouvido em cima da cama e minha mochila jogada em algum canto do quarto e desço correndo para o andar de baixo para tomar café da manhã com minha família.
- Não corra na escada, Cameron - minha mãe grita quando eu pulo os dois últimos degraus da escada me olhando feio da porta da cozinha, dou um sorrisinho culpado a ela e beijo sua bochecha ao passar ao seu lado em direção a cozinha.
- Bom dia, mama - digo me sentando na cadeira e servindo meu café, minha mãe nega com a cabeça e se senta na minha frente - e bom dia, Sofi - minha irmã mais nova praticamente dormia em cima da comida, meu pai não estava ali, provavelmente foi mais cedo para o trabalho.
- Quer carona para escola? - minha mãe pergunta.
- Quero sim, o carro da Ally ta na oficina e a mãe da Dinah não deixa ela dirigir, a senhora sabe o porque - minha mãe concorda com a cabeça soltando uma risadinha. A ultima vez que Dinah, minha melhor amiga, tentou dirigir o carro de sua mãe, ela arranhou quase toda a lateral do mesmo na parede da garagem, depois disso ela só pode andar no carona, de preferencia no banco de trás.
Estávamos no carro a caminho da escola e Sofia parece ter finalmente acordado, porque não para de tagarelar sentada em sua cadeirinha sobre qualquer coisa que ira acontecer em sua escolhinha hoje, pego meu fone que já estava conectado no celular e o coloco no ouvido.
- Já vai colocar essa coisa do demônio? - solto uma gargalhada ao ouvir a pergunta da minha mãe e concordo com a cabeça, ela sempre dizia isso porque sempre que eu estou ouvindo musica no fone esqueço que o mundo existe e nunca ouço quando ela me chama e isso deixa ela bastante irritada. Beijo sua bochecha assim que ela para na frente da minha escola e me estico todo pra trás para me despedir de Sofia que segura meu rosto com suas mãozinhas e me da um selinho, isso é uma coisa que nós fazemos desde que ela era um bebezinho, e na minha opinião ainda é, não temos maldade nenhuma nos selinhos, é apenas a nossa forma de demonstrar carinho.
Saio do carro e vou em direção a entrada da escola e não demoro a encontrar meu amigos, na verdade é bem fácil de encontra-los, é só achar o grupinho mais escandaloso e gay possível, esses são meu amigos e eu tenho orgulho de te-los.
Eu estava andando pelo corredor em direção a eles, quando eu vejo ele, Louis Jauregui Morgado, o garoto da minha sala com lindos olhos verdes que eu sou completamente apaixonado, ele é tão adorável que eu tenho vontade de segurar ele entre meus braços e protege-lo de tudo. Ele está pagando alguns cadernos no seu armário quando eu passo atrás dele, eu tenho vontade de falar com ele e chama-lo para sair ou coisa do tipo, mas toda vez que eu tento chegar perto dele minha timidez não deixa, me fazendo travar e sair praticamente correndo. Louis é amigo de Normani, que é namorada de Dinah, as vezes ele se senta com a gente no intervalo, mas Normani disse que ele é muito tímido e prefere ficar na biblioteca da escola lendo algum livro, e nessas poucas vezes que ele fica com a gente eu pude perceber o quão ele é inteligente e tem uma linda visão sobre o mundo.