Suicídio.
O ato intencional de matar a si mesmo, chamasse:
Suicídio.
A cada segundo uma pessoa em qualquer lugar, suicída-se. Umas dizem que é por drama, outras por falta de Deus ou surra, arranjam sempre justificações injustificáveis que chegam a ser bestas. Não ofendendo.
Eu e cinco colegas estamos a fazer uma campanha de conscientização a prevenção do suicídio em nosso colégio, éramos sete, em nossa cabeça girava que seria algo fácil de lidar e que o director, professores nos apoiariam já que eles "supostamente" têm uma mente mais aberta e quanto mais as pessoas soubessem do assunto melhor para eles, acontece que estávamos errados.
Aconteceu o seguinte:
No dia 01 de Setembro apresentamos o nosso projecto ao director que logo no início apressou-se em contar mentiras e desaprovando a ideia em partes, não concordando completamente, pediu que aguardássemos. Ele então convocou uma reunião com todos os professores e chamou-nos, nunca ouvi tanta porcaria vindo de pessoas adultas como naquele dia, o que só me fez a acreditar que os adultos são muito ignorantes e idiotas. Não ofendendo.
Quando é que é para ofender mesmo?
- Os nossos alunos têm um projecto interessante a apresentar. - O director com o sorriso mais falso, explicou sobre o nosso projecto de uma forma tão resumida como quando os professores dizem que a prova está mais fácil que beber água que após isso ouvia-se os zumbidos dos professores desaprovando.
Basicamente resumiu-se que, o nosso projecto serviria de incentivo ao alunos.
De todo, custou-me a acreditar.
Esses tipos de comentários ou pensamento é que incentivam as pessoas a menosprezar o sentimento, a dor, de outras pessoas e ver a depressão, suicídio como drama porque existem pessoas que simplesmente não deixam com que a sociedade se conscientize do outro lado do suicídio, o que faz ou leva uma pessoa a cometer suicídio para eles quanto menos se falar do suicídio melhor "para não servir de incentivo".
Eles precisam é de ser conscientizar do que a palavra conscientizar significa.
Saímos com o rabo entre as pernas, porque afinal não permitiram o nosso projecto mas nenhum de nós pensou em desistiu, nós temos uma causa, temos um porque! Não deixaremos que nos façam a cabeça com conversa controversa.
É difícil falar da verdade, é difícil colocar-se na pele de outra pessoa, é difícil entender, é difícil sentir, é difícil ajudar, é difícil pedir ajuda, é difícil explicar, é difícil lutar, é difícil esquecer. É difícil, disso sei mas não é impossível.
Nós membros do grupo combinámos em ir ao Food Good para coordenarmos o que será do projecto, novas ideias, alternativas visto que todas as expectativas caíram de uma forma rápida e dura, naquele momento tudo contava até poderíamos apresentar numa praça perto não nos importávamos desde que transmitíssemos a nossa humilde mensagem.
- Então, o que será de nós?- Já nos encontrando ao Food Good, decido abrir de imediato o assunto.- Precisamos mudar quase tudo.- Passo a mão entre os cabelos farto, é difícil quando as expectativas estavam em grandes dimensões e como peças de dominó bastou uma cair para que todas caíssem juntas.
- Eu sei lá, posso falar com uns amigos que nos possam arranjar um lugar.- Jack diz e suspira revoltado.
- Eu continuo na decoração.- Monalisa da de ombros.
- Já falei com o Rafael ele está disposto a cantar para a campanha.- Só o Milo para trazer boas notícias.
- A comida deixem para nós- A comida também não era grande preocupação porque poderíamos utilizar a loja lá da escola mas agora que não temos um lugar a comida será um grande preocupação.
- Bom, agora os problemas caíram para o lugar e para a comida, faremos o seguinte: Jack ligue nesse momento para os seus amigos, enquanto esperamos iremos procurar na internet onde localizar barracas.
Procuramos por várias coisas, como: Barracas, refrigerantes, pães de hambúrguer e cachorros, carne, corantes entre outras coisas mais.
No final conseguimos um lugar com o preço acessível, por agora não há nada com que nos preocupar, fecharam nos à porta mas abrimos outra. Partilhámos a nossa campanha para um monte de gente e de todas as idades, não tínhamos um público alvo, todos precisam de saber...conscientizar. O bom, é que havia um feedback, queriam saber de tudo e mostravam-se interessados.
No mesmo dia fomos visitar o lugar para termos uma perspectiva de como montar o cenário, onde iremos nos posicionar, aonde ficarão as barracas e o público. Tudo deve estar em ordem e eu como líder sentia essa obrigação, não queria que nos falassem mal.
Mudei a citação de uma música "Por ser só mais uma guria, amanhã quando virar dia nem vai dar manchete" para "Por ser só mais uma suicida amanhã quando virar dia nem vai dar manchete".
A vida não é injusta, as pessoas é que são injustas, o que custa para sentir a dor de outra pessoa?
Estávamos disposto a gastar o que for necessário, as vidas devem ser valorizadas e a sociedade alertada.
Estou muito ansioso e nervoso para o dia da campanha será um turbilhão de emoção e agitação. Ficarei amarelo de nervo. Amarelo mesmo.
Fui para a casa pronto a contar tudo que acontecera e receber algum tipo de apoio dos meus pais é disso que preciso, é algo importante para mim receber a benção dos meus pais nessa campanha, talvez trocar algumas ideias. Chegando a casa só se encontrava a minha mãe.
- Mãe não irás acreditar no que nos aconteceu- Digo colocando a mão no bolso e me apoiando na porta da cozinha.- Não são notícias agradáveis, aviso-te já.
- O colégio não vos quer dar apoio?- Ela pergunta parando o que estava a fazer.
- Sim, disseram que séria incentivo.- Engulo a raiva.
- Não acredito, eles já andaram a fumar de certeza, que estupidez amanhã irei ao seu colégio, e agora o que irão fazer?
- Deixa estar mãe não irá adiantar em nada, arranjamos um lugar, perto da praia central.
- Claro que irá adiantar em algo, não sejas parvo, irei dizer o quão estúpido são.- Nem com bebida ela tira algo da cabeça, o melhor é deixar ela fazer o que bem entender desde que não crie uma zorra no colégio por mim tudo bem, eles merecem ouvir umas boas.
Afinal, a vida não é injusta. Certeza.
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Salvem Vidas
General FictionO ato intencional de matar a si mesmo chamasse suicídio. Livro escrito para campanha do setembro amarelo como conscientização. Suicídio não é fraqueza e muito menos falta de Deus. A cada segundo uma pessoa em qualquer lugar, suicída-se. Capa feita p...