Ela me deixou entrar... no quarto, no banheiro, na sala de estar; O sorriso dela era a campainha e... ela virou poesia; Seus olhos brilhavam ao me dar atenção; As silabas por si geravam insinuação; E eu... era só a persuasão; Ela... o meu parque de diversão; Nosso mundo de sim, nunca existia não; Ela era a letra e eu a canção; Consegui erguer o mundo com o toque da sua mão; Eu seria a própria estrada se ela fosse o caminhão; Não use colete a prova de balas quando o tiro de amor é de canhão; Ela me deixou entrar, mas não sabia se queria ficar; A mesmice era um som latente; As coisas apenas não pareciam como antigamente; Ah... menina quente; O que que aconteceu com a gente?; Ela escuta minhas historias, mas... não soa envolvente; Se não gosta de mim... pelo menos mente; Eu falo demais, ao contrario de você; Minha voz ecoa na parede mas não ecoa em você; Ela me deixou entrar...; E o sorriso que existia... não estava mais lá; E dessa vez, nem meus olhos quis encarar; Ow? Se eu te mandar uma mensagem, você me responde?; Digita para mim o nosso amor que se esconder, que eu ligo o GPS para buscar; Sua vida de store, só faz sentido para quem te segue; Eu abro meus olhos, mas não há quem enxergue; Tudo bem estar mal... não negue; Ela me deixou entrar, mas não fez questão de andar; Gritou de lá mesmo do sofá ''Tá aberta, só empurrar''; Quando seu sono se mistura com tédio, seria eu ou você o remédio?; O seu ego é da mesma altura que seu prédio; Seria eu não mais interessante?; Ou seria essa minha busca incessante que você nem consegue mais olhar?; Eu parei para pensar que... você pensa demais, ignora demais, chora demais, sente demais, se deixa demais, me deixa demais; Ela não me deixou entrar, mas eu entrei; Ela se indignou mas eu tentei; Seu cachorro me ignorou e eu relevei; Meus olhos se encheram d'água, mas eu segurei; A menina poesia virou cronica; E terminou comigo de maneira icónica; Não pagou condomínio para morar no meu coração; O aluguer de sentimento não se paga por antecipação; Não cuidou do jardim de palavras, então chegamos a exaustão; Disse que não dava mais para ouvir tantas verdades e não devia ter me deixado entrar assim; Na sua alma de casa mas mente de apartamento; Cegamente eu acreditei que você ia demorar...; O destino fez tudo certo... a gente que fez questão de errar; Linda, minha, doce... se foi; Ela bateu a porta na minha cara agora...; Foi fácil entrar no 901; Difícil foi ir embora;