Capítulo 5 - "Você está bem?"

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A claridade invadiu meu quarto pela janela que esqueci de fechar noite passada. Isso me fez acordar.

Abri os olhos e peguei meu celular, já passava do meio dia.

Esfreguei os olhos e me levantei. Sem tomar banho, desci para almoçar. Meu pai estava lendo o jornal na mesa. Esperando por mim. Sentei na mesa e fiz meu prato.

-Bom dia filha, cadê seu irmão?

-Bom dia pai, deve estar dormindo.

-Olha! Vai ter um show daquela banda que o Damien gosta semana que vem. Martinho Gari, Matinho Garris?...

-É um DJ pai, Martin Garrix.

-Isso! Fala pra ele dar uma olhada no jornal, eu posso conseguir um camarote pra vocês e...

-A gente terminou, pai. –Interrompi-o.

-Ah... –Fez aquela cara de "falei merda".

-Tudo bem pai, eu estou bem. –Sorri. Ele sorriu de volta, um pouco confuso.

Terminei de almoçar e tomei um banho.

Deitei na minha cama e fiquei escutando algumas músicas, até que um vibre do celular me interrompeu.

Uma mensagem, era a Rebekah.

"-Hey Mad... fiquei sabendo do Dam :/ você está bem?

-Estou kkkkk, não se preocupe comigo. E você, como está?

-Bem também... quer sair hoje a noite? Fazer alguma coisa?

-Nem vai dar, prometi ajudar meu pai a organizar o mercado.

-Ah, beleza então."

É eu menti. Não estava afim de sair hoje. Talvez não tenha mentido. Quem sabe eu vou ajudar mesmo.

A bateria do meu celular já estava acabando, coloquei ele para carregar na minha escrivaninha e dei de cara com um boleto, que eu tinha que pagar hoje. Estava saindo do meu quarto e acabei dando de cara com o Max, que também estava saindo do dele.

-Bom dia. –Esfregou um dos olhos.

-Boa tarde, né. –Segui caminho.

-Mad? –Me chamou. Me virei para ouvi-lo.

-Eu sei o que aconteceu entre você e o Dam ontem...

-Estava em casa ontem à noite?! –Ah, que vergonha. Eu podia jurar que ele tinha saído.

Acenou com a cabeça dizendo que estava.

-Eu sinto muito...

-É, eu também sinto. –Agora sim segui caminho.

Fui até a lotérica mais perto de casa e paguei o boleto. Observei todo o caminho que percorria de volta pra casa e percebi que passava sempre em frente um pet shop.

Vi um cachorrinho em uma gaiola, estava á venda. Coloquei meus dedos entre as grades e comecei a brincar com o filhote. Eu sempre gostei de animais, porém não tinha muito espaço em casa pra um cachorro. Meu pai tinha alergia à pelo de gato, não gostava de pássaros e o último hamster que tivemos desapareceu. Era Snow o nome dele. Lembro que meu pai gostava dele, já o Max nem tanto. Desconfio que ele tenha aberto a gaiola e deixado o rato fugir de casa...

-É um Husky Siberiano. Leva ele daqui e eu te dou um pacote de ração de brinde. –Uma voz familiar interrompeu minhas lembranças. Me virei para ver quem era.

-Matt? O que está fazendo aqui? –Estranhei vê-lo ali. Ele estava sorrindo.

-Agora eu trabalho aqui... mas não muda de assunto, vai levar o Samy? -Insistiu.

Cliché Of TeenOnde histórias criam vida. Descubra agora