Sabia no que estava me metendo assim que Harry me disse para vir para Londres. Conheço o jogo, sei como as coisas funcionam, e não me deixaria enganar.
O plano era passar pelo menos seis meses por perto, e então começar a faculdade, depois de começar a trabalhar, e aí sair da aba dele. Sabia que poderia ser complicado, mais nada era impossível, pelo menos era o que eu pensava até ouvir a história de Leigh-Anne.
- O que? Qual sua história? - pergunto quando estamos na sala de espera do médico.
- Ninguém te contou? - ela diz com um sorriso frígido.
- Não. - eu digo sincera.
- Sou uma das putas do Harry. - ela diz e eu arregalo os olhos.
- Como assim? - eu pergunto sem entender.
- Ele tem muitas casas noturnas, e boates. Eu trabalhei em uma durante quase 6 anos. E agora ele decidiu que me queria na casa grande. - ela diz e revira os olhos.
- A casa grande é a casa onde estamos? - pergunto e ela sorri.
- Você não é uma das putas do Louis, né? Se não, você saberia de tudo isso.
- Não de jeito nenhum - digo e dou uma risadinha. - Sou prima do Harry. E me desculpe desde já por isso, mais família a gente não escolhe né? - digo sem graça. Ela sorri e aperta a minha mão. Freddie está sentado no meu colo focado na televisão que passa um filme de et's.
- Quando eu fiz 18 anos, eu precisava pagar as contas que meu pai adquiriu bebendo. Eram muito altas e eu sabia que se eu não fizesse algo, ele seria morto. Então fui parar em uma boate na zona pobre de Liverpool. Fiquei dois anos lá, e acabei me tornando a melhor dançarina, por essas épocas, meu pai já tinha deixado de dever, mais agora estava doente, e precisava de uma cirurgia urgentemente. Fui até uma das casas noturnas de Harry pedir emprego e fui aceita de prontidão. Passei muito tempo dançando lá, e o dinheiro era bom, consegui pagar o tratamento do meu pai, e as cirurgias. Depois de três anos trabalhando na Casa Noturna pequena, eles me transfiram para a de Londres. Ou seja, acabei virando uma puta de luxo. Lá o tratamento era bem melhor. Não para os capangas de Harry, mais para os sócios, os negociantes de alto escalão, e o próprio Harry, pouco tempo depois, ele me achou. Ficou fascinado porque eu tenho a "cor de jambo" e pediu que eu fosse para a casa dele. - ela diz e eu fico abismada.
- Você é uma prostituta? - eu pergunto sem papas na língua.
- Já fui. Depois que entrei na boate, mais agora, sou acompanhante de luxo. Vou em todos os lugares com seu primo, os lugares que ele quiser. Ele me leva para viajar e paga todas as minhas despesas. Mais eu só durmo com ele se eu quiser. - ela diz e da de ombros.
- E você quer? - eu pergunto e ela dá uma risadinha maléfica.
- Seu primo é um demônio na terra Pezz. Ele não tem coração e nem escrúpulos, não vejo ninguém desafiar ele, ou fazer ele se arrepender de alguma coisa. Ter sentimentos não é com ele, então, a única coisa que eu faço, é deixar ele com vontade. Faz bem para ele, ter algo que não pode ter. - ela diz e nós duas rimos.
O doutor me chama e deixo Freddie com ela.
Converso com ele sobre meu caso e ele me diz que preciso ficar longe de qualquer tipo de droga, incluindo álcool e maconha. Que preciso levar o tratamento a sério, e fazer exames regulares. Fala comigo sobre um psicólogo e sobre o fato de eu não poder ter mais filhos, e eu digo que quanto a isso está tudo bem. Ele pergunta se meu ex noivo foi preso e eu dou risada, digo que não sei mais dele e ele diz que entende.
- Olha senhorita Edward, eu sei que você é familiar do Styles, mais não é por isso que quero ser seu amigo, e sim porque acho que você pode precisar. Está aqui meu número pessoal, me ligue se precisar conversar, ou se achar que tem algo errado. Não sou nenhum mafioso, mais posso ajudar com a sua cabeça. Meu nome é Liam, Liam Payne Bree. Espero que nos tornemos amigos. - ele diz e eu sorrio.
- Eu também.
Digo e saio do seu consultório. Leigh-Anne que foi passar na ginecologista já está lá fora e sorri para mim. Pego Freddie no colo e voltamos para o carro. No caminho, vemos uma loja maravilhosa, e paramos.
- Você não acha que o Harry vai ficar bravo? - pergunto quando vemos vestidos maravilhosos.
- Ele nos queria pronta às 19. Só posso ajudar comprando roupas e marcando cabeleireiro em casa. - ela diz e da risada.
Compramos vestidos e sapatos e marcamos um cabeleireiro em casa, ele fica um pouco assustado com o endereço, mais diz que vai do mesmo jeito. Pagamos no cartão ilimitado de Leigh, e vamos enfim para casa, cheias de compras e rindo.
- Parece que as madames fizeram compras? - Louis diz assim que entramos em casa. Freddie começa a jogar o corpo e ele vem pegar ele.
- Aleluia, meu braço já doía. - eu digo e dou risada. Ele estreita os olhos para mim e eu mando um beijinho para ele.
Subimos e esperamos o cabeleireiro que tem certa dificuldade em passar pelos seguranças, só depois que Leigh desce, é que ele consegue passar.
- Meninas vocês poderiam marcar em outra casa futuramente? - ele diz apavorado enquanto bebe água.
Dou risada e digo que sim.
Ele faz penteados e uma maquiagem linda em nós duas. Adoro o seu modo de conversar enquanto faz seu trabalho, tão calmo e alegre. Quando vai embora, com uma boa quantia de dinheiro nas mãos, e uma ameaça dos olhares do próprio Harry na varanda, ele provavelmente nunca vai voltar aqui.
Depois que terminamos de nos arrumar, no mesmo quarto, vamos para a sala e Louis assobia enquanto Harry bate palmas.
- Me sinto honrado de ter duas belas damas ao meu lado essa noite. - Harry diz e da o braço a Leigh no fim da escada. Ela revira os olhos mais aceita. Percebo um brilho no olhar dele e fico confusa. Louis me oferece o seu braço, e percebo que de salto, fico um pouco maior que ele.
- Você é baixinho. - digo e ele bufa.
- Você que parece uma girafa com esses saltos. - ele diz e eu cutuco ele.
- Quem ficou com o Freddie? - pergunto e ele sorri de canto.
- Minha irmã Lottie. Pedi para ela não beber e nem usar nada, mais por via das dúvidas, Niall vai ficar em casa. - ele diz e eu fico triste.
- Porque Niall não pode vir? - eu pergunto mais alto do que necessário enquanto a limosine de Harry, que tem um HS personalizado aparece.
- Ele pode vir se quiser minha querida. Ele quem não quer. - Harry responde e então Leigh bufa.
- Desde que a Jade foi embora, ele não sai mais com a gente. Tem sido eu e o grandalhão por bastante tempo, por favor, me acompanhe nas festas. - ela diz com olhinhos de gato e o Harry quem bufa. Louis solta um riso mais segura quando Harry vira para trás.
Entramos na limosine e vamos para o tal baile, que é em um belo castelo de Londres. Está todo aceso e cheio de pessoas na porta, muitos seguranças, e percebo que um carro desceu na frente do nosso, os nossos seguranças. Eles sorriem, mais formam um squad em nossa volta até entrarmos, e quatro nos seguem através do baile.
O salão é lindo, cheio de lustres, velas, cores fortes e brilho. Sei que as pessoas aqui são em sua maioria mafiosas ou empresários, mais eles parecem pessoas normais, simples ricos, nada de pessoas que matam por dinheiro. Harry fala com muitos caras engravatados e com cara de mauricinhos. Eu e Leigh ficamos sempre de canto, enquanto Louis completa os assuntos ou fala com outros caras engravatados.
Encontro uma pequena sacada e vou até ela. Respiro ar fresco e olho as ruas de Londres, tão movimentadas é tão vazias ao mesmo tempo.
- Você deve ser Perrie. - alguém diz atrás de mim e levo um susto.
- Sim sou eu, e você quem é? - pergunto para o homem moreno de cabelos longos e de óculos de grau.
- Meu nome é Gilliard. Sou amigo do Harry, seu primo. - ele diz e faz uma apresentação super formal, com direito a beijo na mão e tudo. Fico vermelha.
- Você é da Dinamarca também não é? - ele pergunta e eu concordo. - Fiquei sabendo do ocorrido com o Tyrone. Lamento. Eu tomei as devidas providências. - ele diz e sorri.
- O Harry me contou. Ele está bem? - pergunto e ele faz cara de surpresa.
- Acho que dentro de um caixão, de baixo da terra, aos 30 anos, não é estar tão bem quanto se poderia. - ele diz e da uma gargalhada.
- Ele está morto? - pergunto de olhos arregalados.
- Assim como todos os capangas que ajudaram a espancar você. Não deixaria isso acontecer com a família de um dos melhores sócios que eu tenho, dentro da minha área, sem uma boa punição. - ele diz e pisca para mim. Sorrio para ele.
- E meu ex noivo? - pergunto interessada.
- Não achamos ele ainda. Mais assim que acharmos, ele será devidamente encaminhado para o Harry. E você ficará sabendo querida. - ele diz e se aproxima mais de mim para olhar a vista. Nessa hora Louis chega.
- Nossa Pezz você sumiu. O jantar já vai começar. - ele diz e olha para o cara ao meu lado. - Gilliard. - ele cumprimenta.
- Louis. - o outro responde.
- Precisava de ar. Mais já estou bem. Vamos? - digo e grudo em seu braço. - Se me dá licença Gill. - digo e sorrio.
Ele faz uma reverência, como se eu fosse da família real. E eu e Louis vamos embora.
- Aquele cara é estranho, porém ótimo chefe. - Louis diz e eu olho para ele com um olhar meio de nada.
- Quando iam me dizer que mataram Tyrone? - pergunto e ele se assusta mais logo se recompõe.
- Não queríamos que ficasse assustada, por isso não revelamos o assunto. Me desculpe. - ele completa e eu sorrio.
- Não fiquei triste, mais aceito suas desculpas. - eu digo e ele olha com cara de surpresa assim que entramos na enorme sala de jantar.
- A é? Porque?
- Eu queria ele morto.
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Dangerous Love ||P.E
ФанфикPerrie Edwards é a dinamarquesa, vinda do município de Esbjerg para o Reino Unido, com a ajuda de seu primo mafioso Harry Edward. Depois do término de seu noivado abusivo e destruidor com Zayn Malik, um procurado, que sumirá no mundo, só com uma men...