Capitulo IV

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Eu e Alessa estávamos sentados numa colina, abaixo de uma enorme árvore de magnólia vendo o pôr do sol.

Depois de arrumar o piquenique, de tentar colidir meu rosto com um cupcake e comer a cesta toda, viamos calmamente o sol se ocultar entre as colinas no horizonte.

- Por que seu nome é Alessa? - perguntei repente quando surgiu-me a dúvida

- É uma longa história - ela disse dando ênfase ao longa

- Já estamos aqui então...

- Tudo bem, tudo bem, - ela levanta as mãos em sinal de rendição - Mas se você cochilar não diga que eu não avisei!

- Certo - concordo

- Minha mãe, sempre teve dificuldade para engravidar, então quando descobriu que estava esperando uma criança, ela e papai ficaram eufóricos - ela conta - Tanto, que aos nove meses de gestação, eles já tinha feito matricula para quando tivesse idade fosse estudar na melhor escola da Itália e a criança se chamaria Alejandro...

- Tudo bem... Mas ainda não entendi onde seu nome se encaixa nisso tudo

- Cale a boca e deixe-me continuar! - ela esbraveja e eu assenti - Continuando... Eles já tinha muitos preparativos para quando a criança nascesse, no entanto, quando o bebê nasceu, eles viram...

- Que era uma menina - completo

- Isso, mas eles não queriam desfazer nada do que planejaram, então deram-me o nome de Alessa e meu pai usou sua grande influência como irmão do rei e eu fui estudar nas escolas de diplomacia mesmo sendo mulher.

- Curioso, e assim eu já tenho a resposta da próxima pergunta - digo e ela ri

- Sim, e antes que pergunte, recentemente, meu primo, o rei da Itália, precisava de um embaixador para vir a Inglaterra, então eu usei msu poder de persuasão sobre ele e o comvenci a me deixar vir.

- Como assim poder de persuasão? - pergunto

- Coloquei ele contra a parede e ameacei nunca mais fazer biscoitos de nata com chocolate e morango se não me deixasse vir - ela diz dando e ombros e eu a olho incrédulo

- O que foi? Luigi é louco por aqueles biscoitos! Ele praticamente como sozinho uma fornada por dia! E se eu e a Nicolleta não o fizessimos dar a volta no lago do castelo todos os dias ele estaria obeso - ela diz e eu continuo com cara de pires

- Certo, acho que estou com medo de você! - falei e ela riu - É sério! Conhecer pessoas como você hoje em dia é difícil!

- Obrigada

- Não tem de quê.

Ficamos mais um pouco em silêncio atê que ela pergunta

- Ouvi rumores, sobre sua primeira esposa... Eu... Queria saber o que aconteceu, mas... Sem problema... Se não quiser contar, não conte.

O estranho, é que por mais dolorosa que fosse aquela lembrança, eu queria contar a ela.

Descrevi tudo, tudo o que aconteceu naquela época tão trágica de minha vida.

Ao terminar meu relato, ela me olhava condolente, não com pena ou nada parecido, mas agia como se soubesse que o que eu precisava era de alguém que apenas me ouvisse.

Ela pega minha mão e a aperta

- Sinto muito, não consigo imaginar o quanto foi doloroso - ela diz com um sorriso triste e aperta minha mão mais ainda

- Sem problema.

Não percebi. Não notei, até que nossas faces estavam coladas.

Não sei se foi ela quem se aproximou ou eu, mas sei que eu queria aquilo.

Acho que quando Alessa se deu conta do que estávamos fazendo, ela tentou se afastar, mar como extinto pus a a outra mão em sua nuca, e ficamos ali, nos beijando por um tempo considerável que fizeram suposições interessantes surgirem em minha mente.

Até que ouvimos passos vindo em nossa direção subindo a colina e, sem escolha nos afastamos.

Alessa estava com os lábios avermelhados, e ofegante, tal como eu.

Mal passamos as mãos por nossas roupas, que Lauri e Scarllet surgiram no nosso campo de visão.

Fuzilei meu irmão com o olhar, e pelo jeito Scarllet foi a única que notou o que estava acontecendo segundos atras, pois deu uma cotovelada no marido.

Olhei de soslaio para Alessa e vi que ela estava corada por quase terem nos visto.

- Então... O que os pombinhos faziam? - pergunta Lauri com uma cara de pau que tenho vontade socá-lo; como eu irmão pode ser tão desligado? E depois eu é que sou lerdo? Misericódia!

- Lauri! Cale-te - reclama Scarllet - Bom... Nós viemos atrás de vocês porquê deveriam ter voltado a uns dez minutos - explica, e só então me dou conta de que as luzes da aurora não mais nos iluminam, e sim o brilho das estrelas.

- Então... É melhor voltarmos! - conclui Alessa e nos levantamos e nos pomos a andar de volta ao palácio.

Mais que noite!

I'm a messOnde histórias criam vida. Descubra agora