Apenas Mais Uma Garota

1- O início de tudo

Oi, meu nome é Eloise, tenho 17 anos, e me considero uma garota comum, quero dizer, sei lá, acho que não tenho muito pra falar sobre mim.
Sobre minha aparência? Bom... lá vai, tenho olhos castanhos, cabelos pretos e aproximadamente 1 metro e 60 de altura. Moro com os meus pais em uma casa um pouco afastada do centro.
Sobre os meus pais? Bom, eles estão sempre por perto, parecem o tipo de pais perfeitos, mas toda essa proteção acaba me sufocando.

Hoje é mais um dia normal, que muitas pessoas acham especial, mas pra mim, não passa de mais um dia comum que é o primeiro dia de aula.
Acabei de me mudar para essa cidadezinha chamada Mount Vernon, não conheço ninguém aqui, nos mudamos para cá, segundo a minha mãe, para ficarmos sempre em segurança, pois ela diz que coisas ruins não costumam acontecer em cidades pequenas, e como se isso não bastasse, nossa casa fica afastada do centro, e isso significa que eu não vou conviver com muitas pessoas.

- Eloise, desça já, ou você vai chegar atrasada no seu primeiro dia de aula.
(Grita a minha mãe)

- Como se eu quisesse ir.
(Penso)

Pego minha mochila e desço as escadas, minha mãe havia preparado um café da manhã e tanto, pego apenas uma maçã e caminho até a porta, ao abri-la, dou de cara com uma mulher sorridente.

- Oi, seja bem-vinda a nossa cidade, meu nome é Kamily, este é o meu esposo Marcel, minha filha Lise e meu filho Mathews. Viemos aqui para nos apresentar e dizer que somos seus vizinhos mais próximos, moramos nesta casa aqui a frente, e estamos muito felizes e os receber.
(DISSE A MULHER)

Logo veio minha mãe toda sorridente os receber, elas ficaram conversando por alguns minutos enquanto os filhos da nossa nova vizinha ficaram me olhando, sem saber o que fazer me apresentei, estendendo minha mão para cumprimentar a Lise, que me ignorou como se eu fosse invisível, para quebrar o clima Mathews estendeu a mão e se apresentou. Conversamos por alguns instantes até que Kamily se lembrou que tinha que levar os seus filhos para o colégio, e minha mãe indiscreta me falou para ir com eles.

- Que ótimo! (Pensei). Já não basta ter que ir pra um lugar onde eu não conheço ninguém e minha mãe ainda me obriga a ir com essas pessoas.

No caminho Lise não me direcionou uma só palavras, era como se eu fosse invisível pra ela, enquanto isso, o Mathews falava sobre várias coisas comigo como se me conhecesse há muito tempo.

- Chegamos crianças, boa aula.
(Disse kamily)

Descemos do carro e segui com Mathews, enquanto Lise caminhava na frente.

- Bom, já que hoje é o seu primeiro dia aqui, eu pensei que, que talvez você quisesse alguém para te acompanhar e te mostrar tudo por aqui, acredite, eu conheço esse lugar como a palma da minha mão.
(Disse Mathews, sorrindo)

- Bom, eu, eu adoraria.

Seguimos caminhando pelos corredores enquanto todos os olhos se direcionaram para mim.

- Por favor, me diga por qual motivo todas essas pessoas estão me olhando?
(Perguntei um tanto quanto constragida)

- Acho melhor se acostumar, você é nova aqui, é uma cidade pequena.
(Responde Mathews)

Continuamos caminhando pelos corredores, até que chegamos na porta de uma sala onde Mathews parou dizendo:

- Bom, é aqui o seu destino, nesta folha estão todas as suas aulas de hoje e em qual sala ela será ministrada, boa sorte, te encontro na hora do almoço.

Ele sorriu e se virou me deixando sozinha, eu entrei e me sentei em uma das últimas cadeiras no fundo da sala. Estava olhando o papel em minhas mãos quando escuto uma voz dizendo:

- Você está sentada no meu lugar.

- Me desculpa, eu, eu não sabia. É que eu sou nova por aqui, e...
(Disse me levantando)

- Eu já sei.
(Disse Lise me interrompendo)

Me olhando com ódio pelo simples fato de ter sentado em seu lugar. Acabei me sentando na única cadeira disponível na fileira do meio no centro da sala.
A cada nova aula eu saia procurando pelos corredores dentre tantos rostos desconhecidos o rosto do Mathews, até que saímos na mesma sala na aula de história, me senti mais aliviada por isso. Contei a ele sobre a Lise e ele me disse para não me importar com isso, pois ela era sempre assim.
O sinal toca para o almoço. Matheus e eu caminhamos até o refeitório e nos sentamos em uma mesa vazia no canto do refeitório, conversamos por vários minutos até aquele sinal irritante tocar novamente.
Depois do almoço e tempo passou bem rápido e finalmente o sinal toca para irmos embora, quando saí da sala, lá estava ele, me esperando com um sorriso enorme.

- O que achou do seu primeiro dia?
(Pergunta Mathews)

- Até que não foi tão ruim.

Caminhamos juntos até a porta onde nossas mães já estavam a nossa espera.

- Te vejo amanhã.
(Diz Mathews, sorrindo)

Entro no carro e vou para casa, feliz por te sobrevivido a esse dia, e mais feliz ainda por saber que ele tinha sido melhor do que eu esperava.